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Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
01/05/2013
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Se no dia indicado acima não teve oportunidade de ficar mais esclarecido sobre "O Estado do País", dispense-se tempo para se esclarecer agora, este fabuloso programa é extenso mas terrívelmente claro.
Fique atento às declarações do Dr. Luís Portela
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O
ESTADO
DO PAÍS
CLIQUE EM "Programa OLHOS NOS OLHOS"
Se no dia indicado acima não teve oportunidade de ficar mais esclarecido sobre "O Estado do País", dispense-se tempo para se esclarecer agora, este fabuloso programa é extenso mas terrívelmente claro.
Fique atento às declarações do Dr. Luís Portela
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HELENA FREITAS
Parque Nacional
da Gorongosa:
“O homem sonha, a obra nasce”
A restauração do Parque Nacional da Gorongosa é hoje um projecto emblemático para a conservação da natureza em África, depois de ter sido destruído durante a guerra civil em Moçambique.
O Parque Nacional da Gorongosa, no Centro de Moçambique, estende-se
por uma área de cerca de 4000 quilómetros quadrados. Foi declarado
Parque Nacional em 1960, em grande medida devido à sua reputação
enquanto reserva de caça e destino turístico.
As fronteiras deste parque
foram recentemente modificadas, por forma a integrarem o monte adjacente
da Gorongosa. Um alargamento fundamental, não apenas pela riqueza e
singularidade da biodiversidade aqui presente, mas também pelo serviço
de regulação dos fluxos hidrológicos que a montanha presta em toda a
extensão do parque. Ainda assim, a pressão humana tem conduzido à sua
rápida desflorestação, em especial nos últimos 15 anos. Está em curso um
programa de reflorestação que é um notável trabalho de cooperação entre
cientistas e populações locais e vai contar com investigadores
portugueses.
A restauração do Parque Nacional da Gorongosa é hoje
um projecto emblemático para a conservação da natureza em África, depois
de ter sido quase completamente destruído durante a guerra civil em
Moçambique. Há alguns anos que acompanho com entusiasmo este esforço de
recuperação. Recordo-me, aliás, de ter invocado a importância deste
projecto, quando o Governo português preparava a Cimeira da Terra,
realizada em 2002, na África do Sul. Quando se discutiam as propostas
que Portugal levaria a este evento, defendi então que deveríamos
apresentar uma proposta de colaboração nacional no projecto de
recuperação do Parque Nacional da Gorongosa.
Mas o nosso desígnio marítimo prevaleceu então, como quase sempre em
que há momentos de representação política internacional na área da
conservação da natureza. Não quero questionar ou contestar essa opção
nesse ou noutros contextos, mas julgo que teria sido um projecto de
grande interesse para as universidades portuguesas e moçambicanas,
estimulando o conhecimento na área da ecologia e da biodiversidade, e
incentivando o estudo das colecções nacionais de história natural, tão
relevantes para o conhecimento do património natural de África.
O
notável trabalho de reabilitação da Gorongosa deve muito ao filantropo
norte-americano Greg Carr. E, naturalmente, ao empenho do Governo de
Moçambique, que em boa hora assumiu este projecto como estratégico para a
conservação da natureza e para a economia moçambicana, através de uma
parceria público-privada entre o Governo e o Projecto de Restauração da
Gorongosa.
Este é um claro exemplo de como a utopia de um homem se
pode tornar realidade. Dirão alguns que a sua disponibilidade
financeira facilitou, mas importa reconhecer que foi sobretudo a visão, o
empenho, a dedicação e a persistência deste americano, para quem o
português já é uma segunda língua. Com o esforço de mobilização das
entidades e autoridades moçambicanas, das populações residentes, dos
antigos funcionários do parque, de muitos conservacionistas atentos a
este parque de excepção no continente africano foi possível construir um
projecto que servirá de exemplo em África e no resto do mundo.
No
domínio da conservação da natureza, é evidente que há muito trabalho a
fazer em Portugal, mas África continua a ser uma colaboração inadiável.
IN "PÚBLICO"
30/04/13
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AS NINFAS DE RIO MAIOR
IN "SOL"
30/04/13
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AS NINFAS DE RIO MAIOR
João Barbosa foi às suas memórias de infância buscar a Adega Porta de
Teira. Ergueu uma empresa familiar e rodeia-se de amigos para fazer as
vindimas. Tudo em nome de um sonho transmitido pelo seu avô.
A
discussão sobre a preferência de vinhos de uma determinada região em
detrimento de outras é já um clássico e ainda que alguns painéis de
opinião apontem o vinho do Alentejo como o preferido dos portugueses,
ninguém cala os argumentos dos defensores do Douro ou do Dão, por
exemplo.
Ancorados na sábia máxima ‘gostos não se discutem’, cada
um vai defendendo as suas preferências, mas nesta ‘guerra’ territorial
parece-me que há pelo menos uma região que à partida ainda perde para as
outras (excepção do Algarve). Refiro-me aos vinhos do Tejo, outrora com
o original carimbo Ribatejo, e que viveram um passado conturbado,
vítimas de tantas tropelias e ‘marteladas’. Talvez eu também enferme da
desconfiança nascida nesses tempos de vinho agreste, imagem que hoje
muitos pequenos produtores vêm apagando com a aposta clara na qualidade.
Foi por isso com expectativa que galguei meia dúzia de quilómetros para
visitar a Adega Porta de Teira, situada no Alto da Serra, junto a Rio
Maior e com as históricas salinas a seus pés. É verdade. Também aqui há
vinho. E que vinho!
João Barbosa, neto do fundador das célebres
Caves D. Teodósio, comanda esta empresa familiar onde as vindimas são
apenas feitas por amigos. Quando ele e o seu avô passavam pelas terras
onde hoje se ergue a Porta de Teira, aquele dizia-lhe que ali havia o
melhor vinho branco da zona. João Barbosa nunca mais esqueceu estas
palavras e aos poucos foi comprando terrenos precisamente naquele local
abrigado dos ventos do Norte.
Os seis hectares de vinha foram
plantados em 2000 e três anos depois a primeira colheita tornou-se
realidade. Grande apaixonado pelos vinhos da Borgonha e adepto confesso
da casta Pinot Noir, é com ela que faz o espumante Ninfa, que esgota
praticamente à saída da adega. Quanto aos vinhos brancos, também com o
nome Ninfa (que se deve ao facto de ter sido descoberta na vila romana
de Rio Maior a estátua de uma ninfa), provámos o Escolha 2011 e o
Colheita 2011, ambos feitos a partir da casta Sauvignon Blanc que, à
semelhança da Pinot Noir, ocupa 1 hectar na propriedade de solos
argilo-calcários. É desta vinhas viradas a Sul, plantadas num declive
que propicia uma óptima drenagem, que saem uvas concentradas e com
potencial de acidez, que originam vinhos frescos e com longevidade.
Tivemos
ainda oportunidade de provar um vinho tinto do Alto Alentejo, o Lapa
dos Gaviões 2009, onde João Barbosa tem uma outra propriedade (Valle de
Junco). Cheio de volume, de taninos finos e apresentando frescura e
mineralidade, é também escolha acertada.
IN "SOL"
30/04/13
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