Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
29/03/2013
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José da Silva Peneda
Presidente do Conselho Económico e Social
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Carta de
Silva Peneda
Ao ministro das Finanças alemão
Ao ministro das Finanças alemão
O Senhor Ministro afirmou que há países da União Europeia que têm inveja da Alemanha.
A primeira observação que quero fazer, Senhor Ministro, é que as relações entre Estados não se regem por sentimentos da natureza que referiu. As relações entre Estados pautam-se por interesses
Queria dizer-lhe também, Senhor Ministro, que comparar a atitude de alguns Estados a miúdos que na escola têm inveja dos melhores alunos é, no mínimo, ofensivo para milhões de europeus que têm feito sacrifícios brutais nos últimos anos, com redução muito significativa do seu poder de compra, que sofrem com uma recessão económica que já conduziu ao encerramento de muitas empresas, a volumes de desemprego inaceitáveis e a uma perda de esperança no futuro.
E acrescentou o Senhor Ministro: “Os outros países sabem muito bem que assumimos as nossas responsabilidades…”. Fiquei a saber que a nova forma de qualificar o conceito de poder é chamar-lhe responsabilidade!
E disse mais o Senhor Ministro: “Cada um tem de pôr o seu orçamento em ordem, cada um tem de ser economicamente competitivo”. A este respeito gostaria de o informar que já tínhamos percebido, estamos a fazê-lo com muito sacrifício, sem tergiversar e segundo as regras que foram impostas.
Quando o ministro das Finanças do mais poderoso Estado da União Europeia faz afirmações deste jaez, passa a ser um dos responsáveis para que o projeto europeu esteja cada vez mais perto do fim.
Passo a explicar. O grande objetivo do projeto europeu foi garantir a paz na Europa e como escreveu um antigo e muito prestigiado deputado europeu, Francisco Lucas Pires, “… essa paz não foi conquistada pelas armas mas sim através de uma atitude de vontade e inteligência e não como um produto de uma simples necessidade ou automatismo…”. A paz e a prosperidade na Europa só foram possíveis porque no desenvolvimento do projeto político de integração europeia teve-se em conta a grande diversidade de interesses, as diferentes culturas e tradições e os diferentes olhares sobre o mundo. Procurou-se sempre conjugar todas essas variedades, tons e diferenças dos Estados-membros numa matriz de valores comuns.
Esta declaração de Vossa Excelência põe tudo isto em causa, ao apontar o sentimento da inveja como o determinante nas relações entre Estados-membros da União Europeia. Quero dizer-lhe, Senhor Ministro, que o sentimento da inveja anda normalmente associado a uma cultura de confrontação e não tem nada a ver com uma outra cultura, a de cooperação.
Com esta declaração, Vossa Excelência quer de forma subtil remeter para outros Estados a responsabilidade pela confrontação que se anuncia. Essa atitude é revoltante, inaceitável e deve ser denunciada.
A declaração de Vossa Excelência, para além de revelar uma grande ironia, própria dos que se sentem superiores aos outros, não é de todo compatível com a cultura de compromisso que tem sido a matriz essencial da construção do sonho europeu dos últimos 60 anos.
Vossa Excelência, ao expressar-se da forma como o fez, identificando a inveja de outros Estados-membros perante o “sucesso” da Alemanha, está de forma objetiva a contribuir para desvalorizar e até aniquilar todos os progressos feitos na Europa com vista à consolidação da paz e da prosperidade, em liberdade e em solidariedade. Com esta declaração, Vossa Excelência mostra que o espírito europeu para si já não existe.
Eu sei que a unificação alemã veio alterar de forma muito profunda as relações de poder na União Europeia. Mas o que não deveria acontecer é que esse poder acrescido viesse pôr em causa o método comunitário assente na permanente busca de compromissos entre variados e diferentes interesses e que foi adotado com sucesso durante décadas. O caminho que ultimamente vem sendo seguido é o oposto, é errado e terá consequências dramáticas para toda a Europa. Basta ler a história não muito longínqua para o perceber.
Não será boa ideia que as alterações políticas e institucionais necessárias à Europa venham a ser feitas baseadas, quase exclusivamente, nos interesses da Alemanha. Isso seria a negação do espírito europeu. Da mesma forma, também não será do interesse europeu o desenvolvimento de sentimentos anti-Alemanha.
Tenho a perceção de que a distância entre estas duas visões está a aumentar de forma que parece ser cada vez mais rápida e, por isso, são necessários urgentes esforços, visíveis aos olhos da opinião pública, de que a União Europeia só poderá sobreviver se as modificações inadiáveis, especialmente na zona euro, possam garantir que nos próximos anos haverá convergência entre as economias dos diferentes Estados-membros.
As declarações de Vossa Excelência vão no sentido de cavar ainda mais aquele fosso e, por isso, como referiu recentemente Jean-Claude Juncker a uma revista do seu país, os fantasmas da guerra que pensávamos estar definitivamente enterrados, pelos vistos só estão adormecidos. Com esta declaração, Vossa Excelência parece querer despertá-los.
Editada no "PÚBLICO" a 27/03/13
José da Silva Peneda
Presidente do Conselho Económico e Social
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HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS
DA MADEIRA"
IHM fecha 2012 com
5,3 milhões de prejuízo
A Investimentos Habitacionais da Madeira (IHM) fechou
o ano de 2012 com um prejuízo de 5,3 milhões de euros, segundo o
relatório de contas disponibilizado no portal da empresa.
A IHM teve como receita 8,4 milhões de euros, com a renda dos
beneficiários de habitação social a garantir 46% da receita e os apoios
públicos outros 28%, representando os apoios do Governo da Madeira 2,3
milhões de euros.
A empresa registou nas suas contas 43,9 milhões de euros de dívidas
por cobrar, com destaque para os 11,8 milhões que os inquilinos deixaram
por pagar, bem como os 26 milhões de euros que tem a haver do Estado e
do executivo madeirense, por conta das compensações indemnizatórias,
revela o relatório.
As dívidas dos inquilinos constituem uma das maiores preocupações dos
responsáveis da IHM e o ano passado foi implementado um plano de acção
que permitiu que a taxa de eficiência de cobrança das rendas sociais se
situasse acima dos 85%.
No final de 2012, o passivo da IHM atingiu os 90 milhões de euros,
justificado por um empréstimo à banca de 73 milhões de euros e mais de
dois milhões de dívidas a fornecedores.
Os resultados operacionais da empresa no ano económico de 2012 foram negativos, no montante de 3,6 milhões de euros.
A empresa madeirense é responsável pela gestão de 4.000 fracções
habitacionais em regime de arrendamento social, 253 fracções não
habitacionais e 702 mutuários activos do Programa de Recuperação de
Imóveis Degradados (PRID) e do Regime de Apoios à Valorização da
Paisagem (RAVP) e 371 superficiários de lotes cedidos em regime direitos
de superfície.
* Uma gestão cheia de caruncho
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* Os Açores produzem a melhor carne da Europa.
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HOJE NO
"AÇORIANO ORIENTAL"
Raparigas já se interessam
mais pela área da pecuária
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Fábio Oliveira e Beatriz Melo são dois exemplos de jovens
açorianos que apostam na formação na área da lavoura, com os cursos que a
Associação Agrícola de São Miguel oferece aos cidadãos interessados
nesta área.
O primeiro jovem, Fábio Oliveira, trabalha na área da
pecuária com o pai, por isso refere que “estes cursos são sempre
importantes, para renovarmos e aprendermos novas informações que sejam
úteis depois para os concursos”.
Por já participar neste curso há três anos, afirma que “consegui participar num concurso internacional em Itália, onde ganhei o melhor prémio no desfile, e ainda acrescenta “fiquei em terceiro lugar na categoria de melhor preparador de animais, e depois na pontuação geral do concurso, acabei em terceiro lugar”.
“A área da pecuária neste momento é a única que ajuda a região açoriana andar para a frente”, daí ser necessário não só este curso, como o de higiene e limpeza, área fundamental para se ter leite de qualidade”, refere Fábio Oliveira.
Já Beatriz Melo afirma que participa neste curso de preparadores de animais, porque “a minha família está toda ligada à área da lavoura, e como ajudo nos tempos livres, entendo que estes cursos tornam-se importantes para os lavradores”.
Por já participar neste curso há três anos, afirma que “consegui participar num concurso internacional em Itália, onde ganhei o melhor prémio no desfile, e ainda acrescenta “fiquei em terceiro lugar na categoria de melhor preparador de animais, e depois na pontuação geral do concurso, acabei em terceiro lugar”.
“A área da pecuária neste momento é a única que ajuda a região açoriana andar para a frente”, daí ser necessário não só este curso, como o de higiene e limpeza, área fundamental para se ter leite de qualidade”, refere Fábio Oliveira.
Já Beatriz Melo afirma que participa neste curso de preparadores de animais, porque “a minha família está toda ligada à área da lavoura, e como ajudo nos tempos livres, entendo que estes cursos tornam-se importantes para os lavradores”.
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PEDRO NORTON
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O feitiço contra o feiticeiro
Quando falha o Excel, rui todo o edifício em que se fez assentar a legitimidade da ação política
O pecado original deste Governo, está longe de ser a primeira
vez que o digo, é a sua falta de dimensão política. Falta, e isso ficou
sobejamente provado ao longo do último ano e meio, capacidade de
coordenação política, capacidade de gestão de crises políticas,
capacidade de comunicação política. A menos, bem entendido, que se tenha
uma admiração inabalável pela bondade e eficácia desta cultura
comunicacional saloia e vivaça que é própria de jotas serôdios.
Mas falta também liderança política. É verdade que o momento excecional que o País atravessa reclama do primeiro-ministro, de qualquer primeiro-ministro, um respaldo ao titular das Finanças que requer coragem e nervos de aço. Mas liderança não se pode confundir com simples teimosia. Nem com uma simples delegação acrítica de competências. Pressupõe horizontes. Pressupõe flexibilidade tática. Pressupõe capacidade de lançar pontes, de procurar consensos. Pressupõe muita inteligência emocional. Ou simples bom senso. Que é infelizmente um bem muito mais escasso do que possa parecer.
Mas porventura mais importante que tudo isto, falta, a este Governo, dimensão política no sentido de espessura e de sofisticação política. Falta uma qualquer mundividência, falta um desígnio político, falta cultura política, falta um projeto político minimamente federador e mobilizador. A menos, ça va de soi, que se considere que meia dúzia de leituras e a repetição catatónica de dogmas económicos mal digeridos e pior compreendidos possam orientar, inspirar ou iluminar quem quer que seja.
Tenho bem consciência de que, em tempos de desenfreados populismos e de grilhetas politicamente corretas, ninguém vai longe a fazer este tipo de apologia da política, ainda que o faça pensando no que de mais nobre existe na arte, na ciência e na teoria política. Muito pelo contrário. Está instalado, um pouco por toda a Europa, um fascínio pelas tecnocracias inodoras e asséticas. Foi assim com Monti, como foi assim com Gaspar. Décadas de degradação da praxis e da fauna política desembocaram neste beco absurdo.
O problema, como pode agora penosamente perceber-se, é que o outsourcing de ideias políticas para técnicos de econometria tem um preço. Que nem teria sido difícil de calcular. Quando falha o Excel, rui todo o edifício em que se fez assentar a legitimidade da ação política. Digo bem: em que se fez assentar a legitimidade. Porque esta foi uma opção livre, deliberada e - espero - minimamente consciente do Executivo. Em circunstâncias normais, nenhum constitucionalista nem nenhum politólogo, em pleno uso das suas faculdades mentais, se lembraria de associar a legitimidade política ao exemplar funcionamento da tabuada orçamental.
Quem elevou a econometria ao estatuto de feitiçaria ou de fé, com todos os rituais próprios das grandes religiões do mundo, foi o Governo. É caso para se dizer que o feitiço se virou contra o feiticeiro. E nem era preciso ser bruxo para adivinhar que assim seria.
Mas falta também liderança política. É verdade que o momento excecional que o País atravessa reclama do primeiro-ministro, de qualquer primeiro-ministro, um respaldo ao titular das Finanças que requer coragem e nervos de aço. Mas liderança não se pode confundir com simples teimosia. Nem com uma simples delegação acrítica de competências. Pressupõe horizontes. Pressupõe flexibilidade tática. Pressupõe capacidade de lançar pontes, de procurar consensos. Pressupõe muita inteligência emocional. Ou simples bom senso. Que é infelizmente um bem muito mais escasso do que possa parecer.
Mas porventura mais importante que tudo isto, falta, a este Governo, dimensão política no sentido de espessura e de sofisticação política. Falta uma qualquer mundividência, falta um desígnio político, falta cultura política, falta um projeto político minimamente federador e mobilizador. A menos, ça va de soi, que se considere que meia dúzia de leituras e a repetição catatónica de dogmas económicos mal digeridos e pior compreendidos possam orientar, inspirar ou iluminar quem quer que seja.
Tenho bem consciência de que, em tempos de desenfreados populismos e de grilhetas politicamente corretas, ninguém vai longe a fazer este tipo de apologia da política, ainda que o faça pensando no que de mais nobre existe na arte, na ciência e na teoria política. Muito pelo contrário. Está instalado, um pouco por toda a Europa, um fascínio pelas tecnocracias inodoras e asséticas. Foi assim com Monti, como foi assim com Gaspar. Décadas de degradação da praxis e da fauna política desembocaram neste beco absurdo.
O problema, como pode agora penosamente perceber-se, é que o outsourcing de ideias políticas para técnicos de econometria tem um preço. Que nem teria sido difícil de calcular. Quando falha o Excel, rui todo o edifício em que se fez assentar a legitimidade da ação política. Digo bem: em que se fez assentar a legitimidade. Porque esta foi uma opção livre, deliberada e - espero - minimamente consciente do Executivo. Em circunstâncias normais, nenhum constitucionalista nem nenhum politólogo, em pleno uso das suas faculdades mentais, se lembraria de associar a legitimidade política ao exemplar funcionamento da tabuada orçamental.
Quem elevou a econometria ao estatuto de feitiçaria ou de fé, com todos os rituais próprios das grandes religiões do mundo, foi o Governo. É caso para se dizer que o feitiço se virou contra o feiticeiro. E nem era preciso ser bruxo para adivinhar que assim seria.
IN "VISÃO"
21/03/13
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HOJE NO
Economista sugere que passageiros comecem a pagar “de acordo com
* É uma ideia bizarra, mas sugerimos outro modo, pagar pelo peso dos erros, aí os políticos só poderiam viajar em avião de carga e com etiqueta de produto perigoso.
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"i"
Economista sugere que passageiros comecem a pagar “de acordo com
o peso” nos aviões
Um economista norueguês sugeriu que os passageiros de aviões
comecem a pagar as viagens “de acordo com o peso”. Para ele, esta medida
seria benéfica em termos de saúde, financeiras e ambientais, além de
permitir reduzir o combustível gasto.
TRANSPORTAVA POLÍTICOS |
“À medida que os passageiros perderem peso para reduzir as tarifas,
há benefícios evidentes para os passageiros”, disse Bharat Bhatta.
O professor universitário sugere três modelos. O primeiro que
consistiria em pesar os passageiros e a sua bagagem sendo depois
aplicada uma taxa por quilo de modo a que uma pessoa que pese 60 quilos
pague metade de outra que pese 120 quilos.
No segundo modelo seria aplicada uma taxa fixa e depois os
passageiros considerados obesos pagariam os custos correspondentes ao
seu peso.
Por fim, no terceiro modelo, as companhias aéreas estabeleceriam um
peso fixo e depois quem estivesse acima dele pagaria mais e quem ficasse
abaixo pagaria um valor menor.
* É uma ideia bizarra, mas sugerimos outro modo, pagar pelo peso dos erros, aí os políticos só poderiam viajar em avião de carga e com etiqueta de produto perigoso.
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A Federação de futebol da Macedónia reconheceu que o capitão Goran Pandev queria que o seu voto fosse para o treinador José Mourinho, mas que devido a um erro acabou por ir para o espanhol Vicente Del Bosque.
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HOJE NO
"A BOLA"
Macedónia reconhece que Pandev
queria votar em Mourinho
A Federação de futebol da Macedónia reconheceu que o capitão Goran Pandev queria que o seu voto fosse para o treinador José Mourinho, mas que devido a um erro acabou por ir para o espanhol Vicente Del Bosque.
VAI TER QUE REZAR |
«Quando
chegaram os formulários da FIFA para melhor treinador e melhor jogador, a
Federação contactou Goran Pandev para que fizesse as suas escolhas.
Pandev escolheu como melhor treinador José Mourinho. Só que por erro a
preencher questionário marcamos o nome de Vicente Del Bosque. É claro
que Pandev queria votar em Mourinho», revela o porta-voz da Federação da
Macedónia (FFM), em declarações no as.
Na semana passada José Mourinho tinha lançado o alerta de irregularidade na votação para o melhor treinador do mundo, com Goran Pandev a confirmar que tinha votado no treinador português, mas a FIFA revelou o formulário que indicava o voto em Del Bosque.
Na semana passada José Mourinho tinha lançado o alerta de irregularidade na votação para o melhor treinador do mundo, com Goran Pandev a confirmar que tinha votado no treinador português, mas a FIFA revelou o formulário que indicava o voto em Del Bosque.
* A FIFA não perde tempo a tirar o cavalinho da chuva...
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HOJE NO
"PÚBLICO"
Multas até 60 mil euros para quem
deixar cães perigosos à solta
Penas de prisão para quem promover lutas entre animais sobem de um para três anos. Pessoas condenadas por crimes violentos ou tráfico de droga deixam de poder ter cães a seu cargo.
Os descuidos com cães perigosos em espaços públicos vão passar a
custar mais caro ao bolso dos seus proprietários. O novo regime jurídico
de criação, reprodução e detenção de animais perigosos ou
potencialmente perigosos, já aprovado em Conselho de Ministros e ao qual
o PÚBLICO teve acesso, prevê multas que podem chegar aos 60 mil euros,
no caso de pessoas colectivas, e cinco mil euros, no caso de pessoas
singulares.
As
coimas, que são aumentadas em cerca de 30% relativamente ao previsto no
diploma que vigorava até aqui, podem ser aplicadas ao dono, por
exemplo, quando não forem observados os “deveres de cuidado ou
vigilância” e o “animal ofenda o corpo ou a saúde de outra pessoa,
causando-lhe ofensas à integridade física que não sejam consideradas
graves”, refere o novo regime.
Entre as situações passíveis
de punição com multa estão ainda a falta de licença, identificação,
registo do animal, falta de seguro de responsabilidade civil, a
circulação do animal em lugares públicos ou partes comuns de prédios sem
estar acompanhado por maiores de 16 anos e a falta de treino do cão
entre os seis e os 12 meses.
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Tal como o PÚBLICO noticiou na semana
passada, a nova lei impossibilita que as juntas de freguesia atribuam
licenças para detenção destes animais a quem tiver sido condenado por
homicídio, “crime doloso contra a vida, a integridade física, a
liberdade pessoal, a liberdade e autodeterminação sexual, a saúde
pública ou a paz pública, tráfico de estupefacientes e substâncias
psicotrópicas, tráfico de pessoas, tráfico de armas, ou por outro crime
doloso cometido com uso de violência”.
O diploma exige ainda o
treino dos cães a cargo de treinadores credenciados. A fiscalização
caberá essencialmente à PSP e à GNR, mas a aplicação das coimas fica a
cargo da Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária.
Incidentes recentes
O
Governo já admitiu que a alteração à lei se tornou necessária face a um
conjunto de incidentes recentes envolvendo cães de raça perigosa. Em
Janeiro, um bebé de 18 meses morreu depois de ter sido atacado por um pitbull
dentro de casa, em Beja. O PÚBLICO tentou, sem sucesso, falar com a
presidente da associação Animal, Rita Silva, sobre as alterações à lei
agora propostas pelo Governo.
A proposta de lei aumenta
ainda a moldura penal a aplicar no âmbito dos crimes relativos às lutas
entre animais. A pena de prisão passa de um para três anos para quem
promover estas lutas. Já quem participar com animais em lutas arrisca
cumprir dois anos de prisão. Até aqui, a moldura era apenas de um ano.
Num
parecer à proposta de lei, o Conselho Superior da Magistratura destaca a
“intenção do legislador na diferenciação das condutas”, considerando a
dos promotores de lutas entre animais “de maior gravidade”.
Contudo,
a nova lei mostra-se menos gravosa numa das penas acessórias previstas.
A sanção de privação de detenção de cães perigosos passa a durar dez
anos, quando antes vigorava para sempre uma vez aplicada. Esse é um dos
reparos que a Associação Nacional de Freguesias (Anafre), também
consultada, faz num parecer em que critica ainda outros aspectos da nova
lei, que, diz, “peca por ser tardia”.
Já a Associação Nacional
de Municípios Portugueses (ANMP) critica o diploma por atribuir às
juntas de freguesia a autoridade para emitir as licenças. “Muitas juntas
de freguesia não têm pessoal ou não têm pessoal sensibilizado”, diz a
ANMP, que defende que o registo e a emissão de licenças deveriam ser
feitos directamente nos serviços veterinários dos municípios.
*
1- Os cães "perigosos" têm donos muito mais perigosos e não tem a ver com a raça.
2- A emissão de licenças e ficheiro de cadastros deve ser da responsabilidade dos serviços veterinários camarários.
3- Achamos esta lei indispensável
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HOJE NO
"CORREIO DA MANHÃ"
Hospital cobra parque
O estacionamento no Centro Hospitalar do Barlavento Algarvio (CHBA), em
Portimão, vai passar a ser pago pelos utentes a partir do dia 5 do
próximo mês. A administração daquela unidade de saúde concessionou o
parque a uma empresa privada.
José Ramos, presidente da administração do CHBA,
justificou a medida com o objetivo de acabar com a "utilização abusiva"
do parque por não utentes do hospital, bem como "melhorar a segurança",
dado que – diz – têm sido registados furtos.
O
custo do estacionamento é de 10 cêntimos por cada 15 minutos. Mas haverá
15 minutos de tolerância (sem pagamento) para permitir que alguém possa
transportar um doente ao hospital e sair de seguida.
Os
funcionários ficarão isentos de pagamento, dispondo de parques
específicos para parqueamento das suas viaturas. Igualmente não será
cobrado qualquer valor aos voluntários do hospital e dadores de sangue.
O
privado a quem foi concessionado o parque irá pagar uma renda, mas o
CHBA não revela o montante. No dia 1 de abril serão disponibilizadas no
site do CHBA informações pormenorizadas aos utentes.
O estacionamento pago promete gerar polémica. O Bloco de Esquerda já veio a público dizer que se trata de "um roubo".
* Não percebemos a questão. Os parques dos hospitais devem ser pagos, devem exceptuar-se os carros privados que transportam doentes. Se não forem pagos toda a gente que mora ou trabalha junto do hospital iria lá deixar o pópó, deixando de haver lugares para quem precisa, grande mama.
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HOJE NO
"O PRIMEIRO DE JANEIRO"
Mira Amaral e a compra do BPN
"Balanço muito positivo"
O BIC comprou há um ano o BPN ao Estado português e, na hora do balanço dos primeiros 12 meses, o presidente do banco de capitais luso-angolanos, Mira Amaral, destaca que este período foi "muito positivo".
Questionado sobre os altos e baixos deste primeiro ano de integração do Banco Português de Negócios (BPN) no Banco BIC Português, Mira Amaral destacou, pela positiva, "o comportamento empenhado" dos colaboradores e "a resposta muito positiva" dos clientes. "Como ponto baixo, naturalmente, a má situação económica do país", acrescentou.
Já sobre a evolução do negócio, Mira Amaral revelou que, "quer em termos de crédito, quer em termos de depósitos", foram superadas as expectativas.
No ano passado, o BIC registou um resultado líquido negativo de 7,5 milhões de euros, justificado pelos custos da integração do BPN. Sem o impacto deste negócio, o BIC teria um lucro na ordem dos 5 milhões de euros, semelhante ao obtido em 2011. "O crescimento sustentado do Banco BIC" no mercado português é o desejo expresso por Mira Amaral para o futuro próximo.
Foi a 30 de março de 2012, no Ministério das Finanças, em Lisboa, que foi assinado o contrato de compra e venda do BPN entre o Estado e o BIC.
O BPN foi nacionalizado em novembro de 2008 por proposta do segundo Governo de José Sócrates, na primeira nacionalização em Portugal desde o 25 de Abril.
Na altura, o então ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, justificou a medida com a situação "excecional", "delicada" e "anómala" vivida por aquela instituição bancária, isto no auge da crise financeira que se seguiu à falência do Lehman Brothers, alegando existir o perigo de um contágio ao restante setor bancário.
Depois de uma tentativa de reprivatização falhada do BPN em 2010, o ano passado, o memorando de entendimento assinado entre Portugal e a 'troika' (Fundo Monetário Internacional, Comissão Europeia e Banco Central Europeu) acordou a venda do banco, sem um preço mínimo, até final de julho ou a sua liquidação, tendo sido então selecionada pelo executivo de Passos Coelho a venda ao Banco BIC por 40 milhões de euros.
* Melhor que um "negócio da china" só um "negócio de cafres"
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HOJE NO
" DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
Piloto português de François Bozizé
chega a Lisboa
O piloto português de François Bozizé, Presidente deposto na tomada de poder na República Centro Africana, chegou hoje de manhã a Lisboa trazendo "apenas a roupa" que vestia mas feliz por ter sobrevivido a ameaças e ataques à própria vida.
OS QUE MAIS SOFREM |
Vítor António, de
59 anos, piloto do Presidente François Bozizé, chegou ao aeroporto da
Portela hoje de manhã, vindo de um voo a partir de Paris e acompanhado
pelo filho, Bruno António.
"Estive sob intenso tiroteio de
intimidação (...), tive de me resguardar algumas vezes. Houve tentativas
várias de grupos isolados para me retirarem de dentro de casa", disse
aos jornalistas o piloto, que garante ter temido pela vida diversas
vezes na última semana.
A capital da República Centro-Africana,
Bangui, está em sobressalto desde domingo, quando rebeldes da coligação
Séléka tomaram de assalto o palácio presidencial e assumiram o poder no
país, depondo o Presidente François Bozizé, que acusam de não respeitar o
acordo de paz assinado no início do ano.
O piloto Vítor António,
que se encontrava no país há três anos, considera-se atualmente
"desempregado", até porque o seu "patrão está refugiado e isolado".
Um
eventual regresso ao país, sublinha, apenas sucederá "se estiverem
reunidas as condições de segurança" que, diz, lhe foram retiradas.
TÃO NOVOS E JÁ MATAM |
"Nessa
medida voltarei mas não para fazer as operações como estava a fazer até
agora, uma vez que eram classificadas e de alto risco e não mereciam da
comunidade internacional qualquer tipo de apoio", declarou.
Vítor
António destacou também o trabalho desenvolvido pelas entidades
portuguesas e francesas na sua retirada em segurança do país.
O
filho do piloto, por sua vez, diz que nunca houve uma situação "tão
grave como esta" envolvendo o seu pai, mostrando-se feliz com o regresso
a Portugal de Vítor António.
Contudo, admite, se o pai quiser voltar à República Centro-Africana, não será o filho a "impedir a situação".
O
chefe de Estado deposto da República Centro-Africana conseguiu escapar
ao ataque dos rebeldes e, segundo já foi confirmado, está refugiado nos
Camarões, enquanto a família foi acolhida na vizinha República
Democrática do Congo.
O cônsul de Portugal na República
Centro-Africana disse na terça-feira à agência Lusa que a situação no
país começou a normalizar.
* No fio da navalha
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