Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
26/01/2013
DANIEL DEUSDADO
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IN "JORNAL DE NOTÍCIAS"
24/01/13
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Portagens, comboios: sequestro
Era metê-los a todos na cabine do maquinista... A frase não pretende
desejar nada de mal a Pedro Passos Coelho, Paulo Portas, Cavaco Silva ou
Álvaro Santos Pereira. Todos os dias dezenas de maquinistas circulam
com comboios pela Linha do Norte sem que tivéssemos a ideia (até
segunda-feira) de que estavam liminarmente a arriscar a vida à mais
pequena falha.
Mas o desastre do Intercidades torna de novo evidente uma coisa claríssima: a Linha do Norte, mandada construir por Fontes Pereira de Melo a meio do século XIX, está mais que velha, galopantemente inoperacional, perigosa, com uma taxa de saturação de 95% de acordo com os últimos estudos. É um problema sem solução à vista uma vez que, com garbo nacionalista, a equipa PSD-CDS lutou anos contra um imaginário TGV sem saber exatamente do que falava. Por isso o caos na principal linha do país vai manter-se por décadas.
Mas o desastre do Intercidades torna de novo evidente uma coisa claríssima: a Linha do Norte, mandada construir por Fontes Pereira de Melo a meio do século XIX, está mais que velha, galopantemente inoperacional, perigosa, com uma taxa de saturação de 95% de acordo com os últimos estudos. É um problema sem solução à vista uma vez que, com garbo nacionalista, a equipa PSD-CDS lutou anos contra um imaginário TGV sem saber exatamente do que falava. Por isso o caos na principal linha do país vai manter-se por décadas.
Este acidente não é apenas uma fortuita ocorrência. As
circunstâncias têm de ser rigorosamente apuradas porque só um milagre -
realmente um milagre - fez com que não lamentássemos dezenas de vítimas e
estivéssemos agora a discutir a sério a Linha do Norte. Como dizia
ontem este jornal, se o Alfa Pendular estivesse a circular pela outra
linha aquando do choque (e passou pouco tempo antes...), estaríamos
perante uma das maiores tragédias ferroviárias de sempre em Portugal.
E
o que se sabe sobre as circunstâncias do acidente? É prosaico:
lubrificante a mais na linha... Basta isto para se provocar acidentes de
comboio? Não digam isto a nenhuma organização terrorista... Por isso é
preciso ir um pouco mais longe. Desde logo ao facto de a via ferroviária
do eixo mais importante do país (Braga-Porto-Lisboa) ser uma estrada
nacional velhinha por onde andam em simultâneo comboios regionais,
intercidades, alfas e os de mercadorias. Quase todos os troços
ferroviários da Linha do Norte têm apenas duas linhas, cruzados
sistematicamente por comboios regionais que ora esperam ora avançam em
relação a comboios de velocidade elevada. Acidentes como estes só não se
repetem mais vezes por excelente gestão de linhas.
Depois de
milhões e milhões em obras mafiosas e sucateiras na Linha do Norte, as
coisas poderiam não ser assim, claro. Mas os governos de Cavaco e
Guterres não investiram numa 'autoestrada ferroviária' como fez Espanha,
que inaugurou a sua linha AVE em 1992 entre Madrid e Sevilha. 1992.
Apetece perguntar: TGV? Qual TGV? Linhas, meus senhores, discutam
linhas, e não comboios. Que governante com dois dedos de testa é contra a
ideia de Portugal modernizar a mais importante linha férrea do país com
a provecta idade de 150 anos e comparticipações comunitárias até 80%? A
modernização da Linha do Norte talvez avance no dia em que o
excelentíssimo sr. ministro, sr. primeiro-ministro ou sr. presidente da
República tiverem a delicadeza de viajar entre Lisboa e Porto junto ao
maquinista - e verem com os próprios olhos a desgraça em que aquilo
está.
Obviamente isto pouco importa a quem sai pouco da capital.
Os custos são na periferia. O aumento radical do número de portagens (ou
ausência de transportes públicos) é um breve ruído político, apenas
mais um, sem consequência. Se o Governo acha que é importante obter
entre 47 e 70 milhões com mais 14 portagens no Norte e duas à volta de
Lisboa, fica por perceber por que não tem tanto amor ao dinheiro quando a
'clandestina' portaria 251/2012 atribui 300 milhões a fundo perdido às
empresas elétricas para o investimento nas novas barragens - como as do
Tua e Tâmega. Há sempre dinheiro para os grandes e tantas vezes inúteis
negócios.
A verdade é que o país está sequestrado física e
economicamente. O custo dos combustíveis e das portagens torna cada vez
mais difíceis as deslocações e a vida das empresas. Os transportes
públicos mingam ou são cada vez mais caros - para os que ainda os têm.
Parece mesmo que os únicos "bons acessos" são os que nos abrem a via aos
'mercados financeiros'. Para contrair dívida? Realmente está tudo a
correr maravilhosamente. Exceto a vida real.
IN "JORNAL DE NOTÍCIAS"
24/01/13
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Em Novembro de 2003, era Ricardo
Rodrigues secretário regional da Agricultura e Pescas do governo de
Carlos César, rebenta o escândalo de pedofilia nos Açores, conhecido
também por «caso garagem do Farfalha». Várias figuras conhecidas de
Ponta Delgada vêem o seu nome enredado no escândalo, entre elas um
conhecido médico e um procurador-adjunto, (convenientemente transferido
para o Tribunal de Contas do Funchal)
Ricardo Rodrigues vê, também, o seu nome implicado e, antes que a coisa atinja outras proporções, demite-se do Governo Regional. Porém, apesar do falatório, o agora deputado nunca foi constituído arguido no processo.
No início de Janeiro de 2004, são conhecidas ligações de Ricardo Rodrigues a um outro escândalo, neste caso financeiro, que envolvia uma burla tendo por alvo a agência da Caixa Geral de Depósitos de Vila Franca do Campo, S. Miguel, a poucos quilómetros de Ponta Delgada.
A comunicação social passou a denunciar o que se segredava à boca pequena e, «indignado», o responsável socialista resolveu processar um jornalista que, não só referiu este caso, como também o malfadado escândalo de pedofilia. Cinco anos depois, o Tribunal da Relação de Lisboa não lhe deu razão e, espanta-se, no acórdão, por o deputado não ter sido investigado nem ter ido a julgamento, no processo de Vila Franca do Campo.
Ligações perigosas
Ricardo Rodrigues apareceu ao lado de uma loira espampanante que se apresentou nos Açores como uma milionária que estava disposta a fazer avultados investimentos na Região.
Emigrante no Canadá, dizia-se possuidora de uma considerável fortuna e teve direito a imensas atenções da comunicação social local. A seu lado lá estava Ricardo Rodrigues, como advogado e procurador da senhora. À conta disso, passeou pelo mundo. As coisas correram mal e a agência da Caixa Geral de Depósitos de Vila Franca do Campo meteu um processo à senhora por uma burla de muitos milhões de euros.
O inquérito policial que investigou Ricardo Rodrigues por crimes de «viciação de cartas de crédito e branqueamento de capitais» remonta a 1997 (nº 433/97.8JAPDL), sendo que relatórios da PJ enfatizam a sua estreita ligação à principal arguida, Débora Maria Cabral Raposo, entretanto detida e em cumprimento de pena, depois de vários anos com mandados de captura internacionais, e classificada pela polícia como «burlona e traficante de estupefacientes».
Rodrigues foi sócio e advogado de Débora, sendo que com ela frequentou os melhores hotéis e utilizou os serviços das mais conceituadas agências de viagens, tendo deixado um considerável rasto de «calotes»...
(...)O estratagema encontrado para lesar a Caixa Geral de Depósitos foi arquitectado por Débora, ex-bancária e apontada como «cérebro da operação». Esta e o gerente da CGD, Duarte Borges, (primo de Carlos César e irmão de um conhecido magistrado judicial) engendraram um esquema de acesso a empréstimos fraudulentos servindo-se de um singular expediente. Como Borges usufruía de capacidade para conceder empréstimos até 2.500 contos, apenas com a finalidade de «adquirir novilhas para recria», angariavam supostos agricultores para acederem ao crédito, a troco de algumas dezenas de contos.
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HOJE NO
"PÚBLICO"
Socialista Ricardo Rodrigues lamenta o “ziguezaguear” de Seguro
Deputado eleito pelos Açores defende que o PS não se deve desviar do horizonte de vencer as autárquicas.
O deputado socialista Ricardo Rodrigues lamentou neste sábado o
“ziguezaguear” da direcção política do PS, que “há uns dias não tinha
pressa” e agora parece querer avançar com a realização de um congresso
antecipado.
Em declarações ao PÚBLICO, o deputado eleito pelo
círculo dos Açores, presente no XV Congresso regional do partido, a
decorrer neste fim-de-semana na cidade da Horta, Faial, confessou estar
“admirado com o ziguezaguear que não se espera de uma direcção política
do PS”.
“O PS é um partido responsável, um partido alternativo de
poder. Não nos devemos desviar dos nossos horizontes. Este Governo
trouxe-nos para uma realidade de empobrecimento do país sem precedentes.
O objectivo imediato do PS deve ser vencer as autárquicas”, disse
Ricardo Rodrigues.
O socialista manifestou ainda o receio de que
os portugueses não compreendam que o partido se detenha em disputas
internas num momento como o que o país atravessa. “Não estou convencido,
neste momento, que os portugueses diferenciem o que são eleições
autárquicas daquilo que é a liderança do partido. Se isso interferir,
não devemos fazer um congresso antecipado”, defendeu.
Ontem,
António Costa foi o “convidado de honra” do congresso dos socialistas
açorianos. Numa intervenção de mais de meia hora, o presidente da Câmara
de Lisboa evitou as questões internas e preferiu destacar a enorme
“realização” das funções autárquicas que ocupa na capital. Defendeu que
este é um ano difícil em que o partido deve estar “unido e concentrado”
na vitória nas próximas eleições autárquicas.
* O deputado Ricardo Rodrigues é um adepto "socretino" hábil de mãos gosmas, ziguezaguiantes em direcção a gravadores de jornalistas e é também um "ex-considerado pedófilo". Tem andado a rastejar e agora que outro "socretino", o Silva Perreira, abre o bico a pedir congresso o bom do RR ergue o pescoço.
António José Seguro faz bem em ir a votos, mostra que não tem medo e não é obrigatório que António Costa se candidate e ganhe, para ele será melhor continuar as "sabáticas" à frente da CML porque nesta altura não tem nenhuma razão para combater o actual secretário-geral.
AVIVANDO A MEMÓRIA
Ricardo Rodrigues vê, também, o seu nome implicado e, antes que a coisa atinja outras proporções, demite-se do Governo Regional. Porém, apesar do falatório, o agora deputado nunca foi constituído arguido no processo.
No início de Janeiro de 2004, são conhecidas ligações de Ricardo Rodrigues a um outro escândalo, neste caso financeiro, que envolvia uma burla tendo por alvo a agência da Caixa Geral de Depósitos de Vila Franca do Campo, S. Miguel, a poucos quilómetros de Ponta Delgada.
A comunicação social passou a denunciar o que se segredava à boca pequena e, «indignado», o responsável socialista resolveu processar um jornalista que, não só referiu este caso, como também o malfadado escândalo de pedofilia. Cinco anos depois, o Tribunal da Relação de Lisboa não lhe deu razão e, espanta-se, no acórdão, por o deputado não ter sido investigado nem ter ido a julgamento, no processo de Vila Franca do Campo.
Ligações perigosas
Ricardo Rodrigues apareceu ao lado de uma loira espampanante que se apresentou nos Açores como uma milionária que estava disposta a fazer avultados investimentos na Região.
Emigrante no Canadá, dizia-se possuidora de uma considerável fortuna e teve direito a imensas atenções da comunicação social local. A seu lado lá estava Ricardo Rodrigues, como advogado e procurador da senhora. À conta disso, passeou pelo mundo. As coisas correram mal e a agência da Caixa Geral de Depósitos de Vila Franca do Campo meteu um processo à senhora por uma burla de muitos milhões de euros.
O inquérito policial que investigou Ricardo Rodrigues por crimes de «viciação de cartas de crédito e branqueamento de capitais» remonta a 1997 (nº 433/97.8JAPDL), sendo que relatórios da PJ enfatizam a sua estreita ligação à principal arguida, Débora Maria Cabral Raposo, entretanto detida e em cumprimento de pena, depois de vários anos com mandados de captura internacionais, e classificada pela polícia como «burlona e traficante de estupefacientes».
Rodrigues foi sócio e advogado de Débora, sendo que com ela frequentou os melhores hotéis e utilizou os serviços das mais conceituadas agências de viagens, tendo deixado um considerável rasto de «calotes»...
(...)O estratagema encontrado para lesar a Caixa Geral de Depósitos foi arquitectado por Débora, ex-bancária e apontada como «cérebro da operação». Esta e o gerente da CGD, Duarte Borges, (primo de Carlos César e irmão de um conhecido magistrado judicial) engendraram um esquema de acesso a empréstimos fraudulentos servindo-se de um singular expediente. Como Borges usufruía de capacidade para conceder empréstimos até 2.500 contos, apenas com a finalidade de «adquirir novilhas para recria», angariavam supostos agricultores para acederem ao crédito, a troco de algumas dezenas de contos.
Com a devida vénia a: "alertaconstante.blogspot.com"
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HOJE NO
"CORREIO DA MANHÃ"
Chineses com telemóvel
já são 1110 milhões no final
O número de cidadãos chineses utilizadores de telefones móveis atingiu
1110 milhões de pessoas em 2012, dos quais 125,9 milhões eram novos
utilizadores, indicam dados oficiais.
Em comunicado, o Ministério da Industria e Tecnologias da Informação indica que o número de utilizadores de
telefones móveis é equivalente a 80 % do total de clientes de serviços
telefónicos do país.
O número de
telefones móveis por cada 100 habitantes era no final de 2012 de 82,6
unidades, mais nove do que em 2011, acrescenta a nota.
Dos
novos utilizadores de telefone móvel na China, 104,38 milhões optaram
pela tecnologia 3G, elevando os utilizadores desta vertente para 232,8
milhões de pessoas.
O número de
subscritores de serviços de Internet ascendeu, por outro lado, a 564
milhões, mais 51 milhões do que em 2011 e dos quais 74,5 % ou 420
milhões utilizam os telefones móveis para navegar na rede.
A
China é o país com mais utilizadores de Internet no mundo, apesar das
autoridades do país manterem controlado o acesso a muitas páginas,
populares em todo o mundo como o Facebook ou o Youtube que estão
bloqueadas na República Popular.
No
final de dezembro, as autoridades chinesas anunciaram uma nova lei que
obriga os cibernautas a registarem-se com o nome verdadeiro para terem
acesso à rede e a outros serviços de telecomunicações.
* Telemovel não é liberdade
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* Uma guerra que não acaba.
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HOJE NO
"RECORD"
Armstrong acusado de mentir a Oprah
O diretor da agência norte-americana antidoping (USADA) , Travis
Tygart, acusou o ex-ciclista Lance Armstrong de mentir na entrevista com
Oprah Winfrey, na qual admitiu ter utilizado substâncias dopantes para
melhorar o seu rendimento.
Numa entrevista que será emitida
domingo Tygart, que investigou o antigo ciclista durante anos, afirmou
que Armstrong mentiu em várias questões importantes.
Travis
Tygart disse também que deu um prazo até 6 de fevereiro ao ex-ciclista
para que colabore "plena e sinceramente" em troca de uma possível
redução da sua suspensão desportiva.
Na entrevista com Oprah
Winfrey, gravada a 14 de janeiro, Armstrong garantiu que a última vez
que se tinha dopado tinha sido em 2005 e que não o tinha feito em 2009 e
2010 quando voltou à competição para correr de novo no Tour de França.
Tygart
garante não ser, contudo, verdade e refere análises sanguíneas feitas
ao atleta que comprovam o contrário. "Vês as amostras do Tour de França
de 1999 e dão positivas, as mais altas que alguma vez vimos", comentou o
responsável ao sustentar que Armstrong também mentiu ao dizer que
utilizou pouca quantidade de substâncias dopantes e ao dizer que nunca
tinha intimidado os colegas a fazerem o mesmo.
Para Travis
Tygart, Armstrong "era o chefe". "As provas deixam claro que era um dos
cabecilhas de uma conspiração que enganou milhões de adeptos e atletas",
afirmou.
Armstrong perdeu os sete títulos da Volta à França e
está afastado para sempre do ciclismo sendo que o organismo
norte-americano antidoping considera que participou no programa de
doping "mais sofisticado, profissional e com sucesso que o desporto
alguma vez viu".
* Uma guerra que não acaba.
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HOJE NO
"i"
Estado gasta 100 milhões
em experiências desconhecidas
São anos de investigação deitados fora. O governo quer garantir que tanto dinheiro vai servir para resolver problemas reais
O Ministério da Agricultura tem uma série de centros experimentais e
estações agronómicas onde foram investidos milhões mas, apesar do vasto
património, poucas entidades, públicas ou privadas, conhecem estes
serviços.
Estes polos de investigação estavam até há bem pouco tempo na esfera do
INIA – Instituto Nacional de Investigação Agrária (actual Instituto
Nacional de Recursos Biológicos), que, de acordo com alguns ex-ministros
da Agricultura contactados pelo i, era dos mais dispendiosos do ministério. Apesar disso, hoje poucos lhes reconhecem relevância no campo da investigação.
Hoje, estes organismos foram reorganizados e ganharam novas
dependências, mas um orçamento do INRB relativo a 2010 mostra
necessidades financeiras superiores a 100 milhões de euros.
O governo reconhece que os objectivos não estão a ser cumpridos e que
falta coordenação entre investigadores e agricultores para trazer
competitividade ao sector. Apesar disso, lembra que existem casos de
sucesso, alguns deles bastante recentes, em áreas como o arroz, o olival
ou a vitivinicultura.
“As várias áreas de experimentação existentes no Ministério da
Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território, nomeadamente,
nas direcções regionais de agricultura e pescas (DRAP) e no Instituto
Nacional de Investigação Agrária e Veterinária (INIAV) são de grande
importância no trabalho que realizam junto dos agricultores”, defende o
ministério.
“A nossa visão para a investigação aplicada passa por um maior
envolvimento e aprofundamento das inter-relações com todos os agentes,
privados e públicos, nas várias actividades desenvolvidas, através da
implementação de planos estratégicos ao nível das fileiras produtivas”,
disse ao i.
Neste contexto, e independentemente da sua estrutura organizacional, o
ministério “pretende reforçar a articulação entre as DRAP, o INIAV e as
organizações de produtores, com o objectivo de garantir uma maior
coerência nas acções, melhorar a eficiência na afectação de recursos e
de trabalho para dar resposta a problemas reais e situações concretas de
inovação”.
A listagem de centro de experimentação que publicamos nesta página peca
por defeito e não inclui, por exemplo, as estações agronómicas. Ainda
assim são 15 centros com cerca de 4 mil hectares, mais de quatro mil
campos de futebol. Sem contar com recursos humanos e financeiros, que
foi impossível contabilizar.
O secretário de Estado da Agricultura, José Diogo Albuquerque, disse ao i
que os centros de experimentação estão muito orientados para as regiões
em que estão inseridos e trabalham muito em conjunto com as associações
e os produtores locais, mas afirmou que o futuro passa por uma
investigação mais aplicada, seja ela feita por universidades, através do
Estado ou de outros agentes ligados ao sector.
Alguns responsáveis do sector consideram que parte do problema passa
pela transferência do conhecimento dos centros de experimentação e
investigação para as empresas, mas também há os que defendem que
Portugal parou no tempo em matéria de conhecimento e só lhe resta ir
buscar o que se faz lá fora, como acontece na fileira do olival, em que a
investigação importante vem de Espanha.
Capoulas Santos e Armando Sevinate Pinto, ex-ministros da Agricultura
de governos liderados por diferentes partidos políticos, concordam que a
investigação na orla do Estado foi perdendo peso ao longo dos anos,
sobretudo à medida que o ensino superior agrário foi emergindo sem, no
entanto, ter vingado nesta matéria.
Isto resultou no envelhecimento e em algum retrocesso em estações de
floricultura, florestas, zootecnia e outras mais. Ainda há investigação
de excelência mas isso não é uma generalidade é, antes pelo contrário,
uma raridade.
Depois, Portugal entrou no circulo internacional de investigação e
acabou por trocar projectos nacionais por financiamentos externos, de
certa forma desfocando a questão, que passou a ser direccionada não
tanto para as necessidades internas mas para projectos de outros países
que traziam algum dinheiro para dentro de casa.
Hoje, uma boa parte deste centros de experimentação e investigação
competem directamente com os restantes produtores em matéria de ajudas
financeiras e, como qualquer agricultor, vivem de RPU, o regime de
pagamento único comunitário, como confirmou ao i o director da DRAP Norte, Manuel Cardoso.
Em 27 anos, Portugal teve 10 ministros da Agricultura, um factor que
também não terá contribuído para manter um fio condutor nesta matéria.
José Diogo Albuquerque admite que possam ter existido erros, mas garante
que o futuro será mais eficiente.
* Quando o sr. secretário de estado diz que o futuro será mais eficiente oxalá não tenha razão porque a eficiência é inimiga da eficácia, estamos fartos de governantes eficientes mas ineficazes e esbanjadores do dinheiro do contribuinte
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HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
Pires da Rosa
Juiz do Supremo Tribunal
admite direito "à não existência"
O juiz do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) Pires da Rosa admitiu que há em Portugal um "direito à não existência", desde que foi aprovada a lei de descriminalização da interrupção voluntária da gravidez.
No acórdão sobre o caso de um bebé que nasceu sem braços e com várias outras deformações, que o impedem para sempre de ter uma vida independente e normal, Pires da Rosa admitiu, "em tese", o "direito à não existência".
Um direito que considera existir desde que a lei portuguesa consagrou a despenalização da interrupção voluntária da gravidez, "colocando a vida, nesses precisos casos, nas mãos dos homens, mais especificamente da mulher/mãe".
Segundo Pires da Rosa, aquele direito foi reforçado ainda mais recentemente, desde que a lei portuguesa "abriu as portas ao testamento vital".
Naquele processo, uma clínica de radiologia de Matosinhos e o seu diretor clínico foram condenados ao pagamento de uma indemnização de 200 mil euros à mãe do bebé, por erro médico, uma vez que as ecografias não detetaram as deformações do feto.
A mãe pedia também uma indemnização para o bebé, por danos não patrimoniais.
Alegava que, "no interesse" do filho, deveria ter abortado, "evitando a vida de angústia e sofrimento" por que ambos os passam.
O STJ indeferiu esta indemnização, defendendo que, se fosse atribuída, se chegaria à conclusão que, afinal, poderá existir um "direito à não vida", o que "poria em causa princípios constitucionais estruturantes plasmados" na Constituição, "no que tange à proteção da dignidade, inviolabilidade e integridade da vida humana.
No entanto, o juiz Pires da Rosa votou vencido nesta questão, já que defendia que o bebé tinha direito a ser indemnizado por danos não patrimoniais.
Sublinhou que as ecografias foram efetuadas no âmbito de um contrato celebrado entre uma clínica e uma mulher, "não uma qualquer mulher, mas uma mulher pejada, grávida".
"A mãe e o seu feto -- porque o feto é ainda mãe, enquanto não nascer com vida -- foram atingidos no seu direito a poderem optar pelo não nascimento, por uma mesma e única violação contratual", acrescentou.
Pires da Rosa lembra que a lei permite o aborto até às 24 semanas de gravidez.
"Ou se coloca nas mãos da mãe o direito de o exercer em representação do seu filho, que é ainda um feto, ou se subtrai por completo esse direito ao filho, em nome de cuja dignidade é exercido.
Não é possível deixar para o tempo da capacidade do filho um direito que só existe enquanto o filho é ainda feto. Alguém tem que ter a capacidade do exercício do direito no tempo em que o direito pode ser vivido", refere ainda a declaração de vencido.
Para Pires da Rosa, não tem cabimento considerar que indemnizar o filho é atingir a dignidade da sua pessoa, diminuindo-o na sua condição humana.
"Indignidade será, a meu ver, não lhe possibilitar, pela via indemnizatória, uma quantia que lhe permita suportar o enormíssimo encargo da sua condição, de uma forma mais digna", defendeu.
* Na nossa muito modesta interpretação uma tese brilhante.
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O português Tiago Machado (RadioSchack) terminou a quinta e penúltima etapa do Tour Down Under, na Austrália, na quinta posição, ascendendo mais duas posições na classificação geral, para sexto.
HOJE NO
"A BOLA"
Tiago Machado volta a subir
no Tour Down Under
O português Tiago Machado (RadioSchack) terminou a quinta e penúltima etapa do Tour Down Under, na Austrália, na quinta posição, ascendendo mais duas posições na classificação geral, para sexto.
A vitória na tirada
deste sábado coube ao australiano Simon Gerrans (Orica GreenEdge),
gastando 3.36,25 horas para cumprir os 151,5 quilómetros entre McLaren
Vale e Pld Willunga Hill.
O português ficou a 13 segundos do vencedor, o que lhe permitiu chegar a sexto na classificação geral, agora liderada pelo holandês Tom Jelte Slagter (Blanco Pro Cycling).
O português ficou a 13 segundos do vencedor, o que lhe permitiu chegar a sexto na classificação geral, agora liderada pelo holandês Tom Jelte Slagter (Blanco Pro Cycling).
* Mais um valente em busca de sucesso
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