Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
19/01/2013
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ALMORRÓIDA
ALMORRÓIDA
Jovens, desempregados e professores. Todos foram
alvo de declarações de membros do Governo incentivando-os a procurarem
emprego onde existe: lá fora. Mas hoje Passos Coelho afirmou que nunca
houve esse conselho. O Negócios relembra o que foi dito.
"Ninguém aconselhou os
portugueses a emigrarem". A declaração foi feita esta quinta-feira, 17
de Janeiro, pelo primeiro-ministro Pedro Passos Coelho, em França. A
emigração, disse, não pode ser um estigma (Passos Coelho já tinha feito
idêntica afirmação em relação ao desemprego), significando, no
entanto, que muitos portugueses não encontram no país "as oportunidades
de realização profissional e de emprego de que dependem também para
poder satisfazer as suas responsabilidades familiares".
A ideia não é nova. Não há emprego em Portugal, é procurar
oportunidades lá fora. Apesar do desmentido de hoje de Passos Coelho,
vários seus governantes tiveram, ao longo da actual legislatura,
idêntico discurso e conselho. Até o próprio primeiro-ministro considerou
que os professores não colocados podem olhar para o mundo da língua
portuguesa para conseguirem emprego.
O Negócios lembra as várias declarações do Governo sobre o tema emigração.
A primeira polémica aconteceu a 31 de Outubro de 2011, quando a
Lusa emitiu uma notícia, citando o secretário de Estado do Desporto e
da Juventude, Alexandre Mestre, dizendo que: "se estamos no desemprego, temos de sair da zona de conforto e ir para além das nossas fronteiras".
O conselho foi dado
pelo secretário de Estado numa conferência no Brasil. Dias depois, ao
"Correio da Manhã", Alexandre Mestre desmentia a declaração, mas a Lusa
manteve-a.
E os estilhaços
chegaram ao Parlamento. Miguel Relvas, ministro-adjunto dos Assuntos
Parlamentares, foi instado a comentar as declarações de Alexandre
Mestre, qualificando-as de normais. Respondendo à oposição, Miguel Relvas, a 16 de Novembro de 2011, declarou: "Quem
entende que tem condições para encontrar [oportunidades] fora do seu
país, num prazo mais ou menos curto, sempre com a perspectiva de poder
voltar, mas que pode fortalecer a sua formação, pode conhecer outras
realidades culturais, [isso] é extraordinariamente positivo", afirmou.
"Nós temos hoje uma geração extraordinariamente bem preparada,
na qual Portugal investiu muito. A nossa economia e a situação em que
estamos não permitem a esses activos fantásticos terem em Portugal hoje
solução para a sua vida activa. Procurar e desafiar a ambição é sempre
extraordinariamente importante", reforçou Miguel Relvas, ideia que
repetiu em outros foruns.
Nesse mesmo ano, em Dezembro, Passos Coelho, em entrevista ao "Correio da Manhã", acrescenta aos jovens, aos desempregados e professores não colocados na lista de potenciais emigrantes.
A pergunta ia direccionada: "Nos professores
excedentários, o senhor primeiro-ministro aconselhá-los-ia a abandonar a
sua zona de conforto e procurarem emprego noutros sítios?". A resposta:
"Angola, mas não só Angola, o Brasil também, tem uma
grande necessidade ao nível do ensino básico e do ensino secundário de
mão de obra qualificada e de professores.Sabemos que há
muitos professores em Portugal que não têm nesta altura ocupação e o
próprio sistema privado não consegue ter oferta para todos. Nos próximos
anos haverá muita gente em Portugal que ou consegue nessa área fazer
formação e estar disponível para outras áreas ou querendo-se manter,
sobretudo como professores, podem olhar para todo o mercado de língua
portuguesa e encontrar aí uma alternativa". Depois destas declarações, foram os próprios professores e desempregados que aconselharam o primeiro-ministro a emigrar.
IN "JORNAL DE NEGÓCIOS"
17/01/13
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MARIA DO CARMO MARQUES PINTO
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Relatora para os Assuntos Europeus
IN "DIÁRIO ECONÓMICO"
18/1/01/13
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UE: valores que valem tanto a pena
Plataforma para o crescimento sustentável.
Esta é uma reflexão que se impõe: Que tem a União Europeia de especial que continua a ser vista, pelos que lhe batem à porta, e apesar da crise económica, política e de valores, profunda que atravessa, como a terra prometida?
Uma União que não está disponível para dotar-se dos recursos necessários ao desenvolvimento das suas ambições? Uma União que avança aos solavancos, pressionada pelos mercados, por outros países, por outros blocos, que reage, mais do que age?
Uma União sem bandeiras, sem uma missão clara, cada vez mais afastada da sua cidadania?
Irá ser possível a esta União minimalista ser solidária com os futuros membros e oferecer-lhes o enquadramento que precisam para construir a paz e prosperidade que jamais tiveram?
Como encaixar estas peças todas de forma a que possamos ter uma imagem global e coerente do que estamos a construir entre todos? Olhando para os debates em Bruxelas, o que vemos é uma querela mesquinha em torno daquilo que não queremos ser.
O processo de integração passou a ser, todo ele, um custo, um fardo, um não ser. E no entanto...há quem queira entrar. Porquê?
A explicação está no que não se debate em Bruxelas, no que Bruxelas deixou pelo caminho: os valores. Aqueles que presidiram à constituição das primeiras Comunidades e que têm sido as alavancas que, nos momentos-chave, fizeram avançar o processo de integração: a paz, a liberdade, a segurança, o bem-estar, a prosperidade, a coesão, a solidariedade, a justiça, a igualdade, entre outros.
Enquanto a União Europeia for vista pelos que dela formamos parte, como um somatório de custos e não de valores e o debate, em Bruxelas, girar em torno dos valores dos custos e não sobre os custos dos valores, a União só faz verdadeiramente sentido para aqueles que sabem que os valores que representa lhes são vitais. Para esses países, pertencer à União vale qualquer custo.
Chegados aqui, é pois saudável recordar que em 1951, aquando da constituição da CECA, o valor da paz primou sobre o custo da sua realização. O bem-estar animou ingleses, gregos, portugueses, espanhóis e outros a aderir. A solidariedade foi o que justificou o alargamento histórico a leste. E hoje? Hoje olhamos para o projeto mais transcendente da História da Europa como um custo acrescentado.
Enquanto à porta da nossa consciência bate urgentemente a necessidade de recentramos a construção europeia na sua verdadeira razão de ser: os valores. É isso o que quem entra, espera. Foi por isso que a União recebeu, justamente, o Prémio Nobel. Pelo valor inestimável que é a paz. Valeu a pena!
Relatora para os Assuntos Europeus
IN "DIÁRIO ECONÓMICO"
18/1/01/13
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Viagra ajuda a combater obesidade
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HOJE NO
"CORREIO DA MANHÃ"
Viagra ajuda a combater obesidade
O popular fármaco para disfunção eréctil, Viagra, pode ter outros benefícios sob a saúde. Já provou ser eficaz na obtenção de erecções e também ajuda a controlar a hipertensão arterial pulmonar. Agora, também se pode tornar num aliado na luta contra a obesidade.
Numa investigação feita pela Universidade de Bonn, na
Alemanha, publicada na revista cientifica ‘The Journal of the
Federation of American Societies for Experimental Biology’, este fármaco
é capaz de atuar em células de gordura branca.
Segundo
o site do jornal espanhol ‘ABC’, no estudo, realizado em ratos, os
investigadores constataram que este composto ‘modifica’ as células de
gordura branca nos roedores.
De acordo com os autores, "poderá, potencialmente, derreter a gordura na cintura", além de reduzir o risco de complicações causadas pela obesidade.
De acordo com os autores, "poderá, potencialmente, derreter a gordura na cintura", além de reduzir o risco de complicações causadas pela obesidade.
A
equipa de investigação, liderada por Alexander Pfeifer, diretor do
Instituto de Farmacologia e Toxicologia da Universidade de Bonn,
administrou Viagra aos ratos, durante sete dias, período suficiente para
revelar "efeitos incríveis”.
Mais
concretamente, esta equipa detetou que as células de gordura branca se
"transformam", derretendo a gordura acumulada. Além disso, os
especialistas confirmaram que Viagra 'impede' a acumulação de lipídeos e
liberta hormonas que causam inflamação.
O
líder da investigação conclui que este fármaco "pode reduzir o risco de
excesso de peso." No entanto, descarta a hipótese de que o Viagra pode
eliminar "rapidamente" os quilos a mais.
* Duplo efeito, pau duro e sem pneu, eh, eh.
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HOJE NO
"RECORD"
Carlos Nascimento e Cátia Azevedo batem recordes nacionais
na categoria de juniores
Os atletas do Sporting Carlos Nascimento, nos 60 metros, e Cátia
Azevedo, nos 400 metros, bateram este sábado recordes nacionais de
juniores no Campeonato Nacional da categoria, que está decorrer em
Pombal.
Nascimento correu os 60 metros em 6,80 segundos,
melhorando em sete centésimos o recorde que Carlos Fernandes (Benfica)
detinha desde 1987.
Cátia Azevedo gastou 55,96 segundos nos 400 metros, melhorando os 56,14 conseguidos por Patrícia Lopes (JOMA) em 2001.
No
final da 1.ª jornada, o Benfica lidera no setor masculino, com 96
pontos, contra 60 da Juventude Vidigalense, enquanto o Sporting é
primeiro no setor feminino, com 96,5 pontos, mais 5,5 que o Benfica. O
campeonato termina no domingo.
* É nestas idades que se forjam campeões.
Nem no site da FPA encontrámos uma foto de Cátia Azevedo, estranho.
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HOJE NO
"i"
Exército argelino descobriu cadáveres de 15 reféns e terroristas na central de gás
As forças especiais do exército argelino descobriram nas últimas
horas cadáveres de 15 reféns e terroristas na central de gás em In
Amenas, unidade tomada desde quarta-feira por um grupo armado, segundo o
jornal Ennahar.
O jornal nacional garante que, entre os corpos, estão tanto raptores como reféns, não avançando detalhes.
Segundo o Ennahar, os cadáveres estão calcinados e foram descobertos entre a noite de sexta-feira e a manhã de hoje.
Os últimos dados oficiais, conhecidos durante a noite, apontavam
para a morte de 12 reféns e de 18 terroristas, no entanto, cerca de 30
reféns estrangeiros permanecem dentro do complexo de produção de gás.
Os terroristas avançam números diferentes e dizem que são sete os reféns de nacionalidade não argelina.
Um grupo de homens armados atacou na quarta-feira a central de gás -
que a empresa britânica BP explora juntamente com a norueguesa Statoil e
a argelina Sonatrach - em In Amenas, no sudeste da Argélia, e
sequestrou um número indeterminado de reféns argelinos e estrangeiros.
A situação é confusa na central, onde o exército argelino continua a
operação que começou há dois dias para tentar resgatar os reféns que
continuam retidos, com números não confirmados sobre baixas entre os
sequestrados argelinos e estrangeiros.
* A quem convém o terrorismo para desviar as atenções???
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HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
Cidadãos que denunciam corrupção
"não são bufos"
A Procuradora-Geral Adjunta Cândida Almeida exortou, na noite de sexta-feira, os cidadãos a denunciarem crimes de corrupção, frisando que, ao fazê-lo, "não são bufos", antes pessoas que lutam pela democracia.
Não são bufos
quando denunciam a corrupção. Estão é a lutar pela democracia que deve
imperar na nossa vivência coletiva", disse Cândida Almeida, em
Cantanhede, dirigindo-se à assistência durante um debate promovido pela
associação de pais da escola secundária local.
A também diretora
do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) frisou que
os magistrados, órgãos de polícia criminal e sociedade civil possuem "o
direito e o dever" de se unirem "e colaborarem todos com a investigação"
de casos de corrupção.
Cândida Almeida disse existirem "várias
soluções na lei" que permitem a colaboração "imprescindível" dos
cidadãos, sem a qual, alertou, a luta contra a corrupção não será
vencida.
"E, portanto, estamos, digamos, numa espiral de
criminalidade, de fraude fiscal, de branqueamento [de capitais], de
corrupção", alertou.
A magistrada revelou ainda que a linha para
receber denúncias contra a corrupção, criada pela Procuradoria Geral da
República (PGR), recebeu mais de 2.000 denúncias desde novembro de 2011.
"Mas são mais denúncias de pedidos de ajuda do que propriamente
de corrupção. Há muitas denúncias de fraude fiscal, mas de corrupção são
muito poucas", referiu.
"Mas as pessoas podem denunciar atos
corruptivos de que tenham conhecimento, identificando-se ou não se
identificando", adiantou.
Cândida Almeida explicou ainda que "nada" nas denúncias dá automaticamente origem a um processo.
"Faz-se
uma averiguação, a lei prevê averiguações preventivas para apurar da
fiabilidade desta denúncia e, se houver indícios, passa para uma
investigação", frisou.
* Mal é que os grandes corruptos, aqueles que tudo comem, têm muito dinheiro para pagar quase tudo.
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Estamos no
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Estamos no
Inverno
Quedas de Minnehaha, onde os rios Mississipi
e o Minnehaha se encontram
Glaciar de Briksdal que faz parte do Jostedalsbreen Glacier, Noruega, o maior da Europa
Lagos congelados de Plitvice , Croatia
Formas concêntricas congeladas
no estado do Nevada, USA
no estado do Nevada, USA
Lago Baikal na Siberia, Russia.
Bolhas de água quente congeladas
no lago Abraham, USA
no lago Abraham, USA
Junto ao rio na Suiça
Antártida, Norsel Point, na ilha de Anvers
Reykjavik, Islândia
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Rúben Faria (KTM) terminou a 34.ª edição do rali Dakar no segundo lugar da prova de motos, ficando atrás do companheiro de equipa, o francês Cyril Despres, que conquistou a quinta vitória no todo-o-terreno mais exigente do Mundo.
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HOJE NO
"A BOLA"
Dakar:
Rúben Faria termina em segundo,
quinta vitória para Despres
Rúben Faria (KTM) terminou a 34.ª edição do rali Dakar no segundo lugar da prova de motos, ficando atrás do companheiro de equipa, o francês Cyril Despres, que conquistou a quinta vitória no todo-o-terreno mais exigente do Mundo.
O chileno Francisco López, também da KTM, foi penalizado
em 15 minutos por ter trocado de motor na sexta-feira, e ofereceu a
vitória a Rúben Faria na 14.ª e última etapa, bem como o segundo lugar
na geral.
Hélder Rodrigues (Honda), terceiro nas duas últimas edições, concluiu a última tirada, que ligou La Serena a Santiago do Chile num total de 630 quilómetros, no terceiro lugar e ficou em sétimo na geral. Mário Patrão (Suzuki) foi quarto e Paulo Gonçalves (Husqvarna) sexto na etapa, concluindo a prova no 30.º e 10.º posto da geral, respetivamente.
Classificação da etapa:
1. Rúben Faria (POR) 01:43:06
2. Bort Barreda (ESP) a 00:00:08
3. Hélder Rodrigues (POR) 00:00:24
4. Mário Patrão (POR) 00:01:21
5. Olivier Pain (FRA) 00:02:14
6. Paulo Gonçalves (POR) 00:02:32
...
14. Cyril Despres (FRA) 00:03:58
30. Pedro Bianchi Prata (POR) 00:11:21
Classificação geral:
1. Cyril Despres (FRA) 43:24:22
2. Rúben Faria (POR) a 00:10:43
3. Francisco Lopez (CHL) 00:15:00
4. Ivan Jakes (SVQ) 00:23:54
5. Pedrero (ESP) 00:15:00
...
7. Hélder Rodrigues (POR) 00:15:00
10. Hélder Gonçalves 00:15:00
30. Mário Patrão (POR) 01:00:00
52. Pedro Bianchi Prata (POR) 01:30:00
Hélder Rodrigues (Honda), terceiro nas duas últimas edições, concluiu a última tirada, que ligou La Serena a Santiago do Chile num total de 630 quilómetros, no terceiro lugar e ficou em sétimo na geral. Mário Patrão (Suzuki) foi quarto e Paulo Gonçalves (Husqvarna) sexto na etapa, concluindo a prova no 30.º e 10.º posto da geral, respetivamente.
Classificação da etapa:
1. Rúben Faria (POR) 01:43:06
2. Bort Barreda (ESP) a 00:00:08
3. Hélder Rodrigues (POR) 00:00:24
4. Mário Patrão (POR) 00:01:21
5. Olivier Pain (FRA) 00:02:14
6. Paulo Gonçalves (POR) 00:02:32
...
14. Cyril Despres (FRA) 00:03:58
30. Pedro Bianchi Prata (POR) 00:11:21
Classificação geral:
1. Cyril Despres (FRA) 43:24:22
2. Rúben Faria (POR) a 00:10:43
3. Francisco Lopez (CHL) 00:15:00
4. Ivan Jakes (SVQ) 00:23:54
5. Pedrero (ESP) 00:15:00
...
7. Hélder Rodrigues (POR) 00:15:00
10. Hélder Gonçalves 00:15:00
30. Mário Patrão (POR) 01:00:00
52. Pedro Bianchi Prata (POR) 01:30:00
* A melhor classificação de um português nesta prova, ah valente
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HOJE NO
"PÚBLICO"
Ciclistas exigem "mais respeito"
e "modos suaves"
Em protesto contra atropelamentos e situações de insegurança, foram convocadas concentrações para várias cidades.
Ciclistas equipados a preceito em bicicletas de todo-o-terreno
enlameadas, jovens com bicicletas imaculadas de design estilizado e
muitas pessoas que fazem das duas rodas o veículo do dia-a-dia – largas
dezenas reuniram-se esta tarde no Terreiro do Paço, em Lisboa, para
apelar ao que chamam “modos suaves” na estrada.
Também no Porto, cerca de cem ciclistas
concentraram-se em frente à câmara municipal, para protestarem contra os
atropelamentos que se têm sucedido nas últimas semanas e para pedirem
“mais respeito” pelos peões e ciclistas. As concentrações foram
convocadas para várias cidades pela Federação Portuguesa de Cicloturismo
e Utilizadores de Bicicletas (FBCUP).
O deputado do PSD Pedro
Roque, dirigente da federação, juntou-se ao protesto em Lisboa, numa
tarde em que o mau tempo deu algumas tréguas e quase não choveu. Admitiu
que “a maior parte dos automobilistas” já é sensível à circulação de
bicicletas, mas defendeu serem necessárias alterações ao Código da
Estrada para proteger mais quem anda em duas rodas. A perda de
prioridade das bicicletas, por exemplo, é uma das regras que considera
já não fazer sentido, até porque, argumenta, muitos automóveis já tendem
a dar prioridade a um ciclista que se apresente pela direita.
Também
o duo de comediantes Homens da Luta, numa bicicleta dupla (Falâncio à
frente, Neto atrás) circulou pela praça lisboeta. Mas não foram apenas
fazer comédia. Dizendo que ia despir o personagem tanto quanto possível,
Vasco Duarte (Falâncio) juntou-se a Pedro Roque e ao presidente da
FBCUP, José Manuel Caetano, num pequeno palco onde se apelou a “mais
respeito” por peões e ciclistas e onde foi lido um manifesto intitulado
“Basta de atropelamentos”.
Os manifestantes fizeram depois, em marcha lenta e com muitas bicicletas pela mão, o curto percurso até aos Restauradores.
Mais dez minutos, menos 240 euros
Ricardo
Cruz, professor, foi um dos que esteve presente na concentração no
Porto. Há três anos, andava de automóvel e achava os ciclistas “uns
cromos”. Agora, do alto do selim da sua bicicleta, acredita que não
podia ter feito uma escolha mais certa e garante que só há vantagens
neste modo de transporte. Do Carvalhido à Maia demora 30 minutos, “mais
dez do que de automóvel”, mas poupa “230 a 240 euros” por mês e anda bem
menos stressado. “Tenho uma atitude zen”, brinca Ricardo.
O Porto
não parece uma cidade feita para andar de bicicleta, mas a arquitecta
Ana Brütt não concorda. O problema "não são os declives da cidade, mas
sim os buracos e a falta de civismo", retorque Ana, que lamenta que
ainda haja tantos automobilistas a mandá-la subir para o passeio no seu
circuito diário entre Francos e o Bolhão.
A concentração foi
rápida, até porque o tempo não estava de feição, e os ciclistas
começaram a dispersar depois de Sérgio Moura ter lido o manifesto da
FPCUB, que defende "o direito à estrada para todos os modos de
transporte" e alerta para o problema dos atropelamentos."Quem vai ao
volante deve ter consciência de que está a conduzir o que pode ser uma
arma letal" rematou.
* O respeito tem de ser mútuo...
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