30/10/2011

- UMA GRAÇA PARA O FIM DO DIA


O senhor é médico?!...

Uma senhora, com seu filho de 5 anos, está a comer num restaurante.

De repente, a criança mete uma moeda na boca e engasga-se.
A mãe tenta fazê-lo cuspir a moeda dando-lhe palmadas nas costas, sem sucesso.
O menino começa a mostrar sinais de asfixia e a mãe, desesperada, grita por auxílio.

Um homem levanta-se de uma mesa próxima, e com surpreendente calma, sem dizer uma palavra, ele baixa as calças do miúdo, segura os seus pequenos testículos, aperta com força, e puxa para baixo violentamente.
Automaticamente, o garoto, com dor irresistível, cospe a moeda, e o fulano, com a mesma facilidade com que se aproximou, voltou para sua mesa, sem dizer uma palavra.

Após algum tempo, a senhora, já tranquilizada, aproxima-se para
agradecer ao senhor por salvar a vida de seu filho, e pergunta:
- O senhor é médico?!...
- Não senhora, eu sou funcionário das Finanças, e a minha
especialidade é "espremer tomates até sacar a última moeda".


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Maus e bons e bons e maus
(clique 2xs para ler bem)







NR: Esta notícia foi publicada em Maio de 2006. mas achámos útil editar.

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1 – DICA ÚTIL



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ESTA SEMANA NA
"VETERINÁRIA ATUAL"

Évora: dois cavalos morreram 
por alegada intoxicação alimentar

Dois cavalos morreram e outros três estão em estado grave, desde o dia 23 de outubro, por alegada intoxicação alimentar provocada pelo uso de uma ração, disse à agência Lusa a cavaleira tauromáquica Joana Andrade, proprietária dos animais.

“Os cavalos apanharam uma intoxicação alimentar e, de repente, ficaram completamente débeis. Já morreram dois e três estão em estado muito grave”, acrescentou Joana Andrade.

A toureira adiantou ainda que o que se está a passar na sua quadra de cavalos, sedeada em Redondo, Évora, “não é um caso isolado, uma vez que há dias morreu em Almeirim um outro cavalo, com os mesmos sintomas”.

Joana Andrade adiantou que a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) já esteve em sua casa a recolher análises, tendo ficado na posse das restantes sacas de ração. As análises feitas aos seus cavalos nos últimos dias apresentaram níveis de sangue alterados e que os veterinários suspeitam que se possa tratar de uma “monensina sódica, devido aos sintomas que apresentam”.


* SOS VETERINÁRIOS, para todos os tipos de animais!

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7 –ANÚNCIOS RADICAIS



Diversão debaixo de água

E se uma desconhecida o convidar para mergulhar sem roupa na piscina da casa onde estão numa festa...
Este anúncio da cerveja Budweiser Ligjt foi um dos sucessos na Superbowl de 2007, mas não obteve permissão para passar daí para os ecrãs de televisão.

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ESTA SEMANA NA
"SAÚDE DA MULHER"

10 dicas para um sono perfeito
Sabia que dormir bem pode fazer milagres? Que um sono perdido jamais é resgatado? Que a sua qualidade de vida pode estar directamente ligada com a sua qualidade de sono? Depois deste artigo, dará muito mais importância às suas noites de descanso do que imagina!

Existem mais de 80 distúrbios do sono, porém, os mais frequentes são a insónia, o ressonar e a apnéia. A insónia acontece devido às preocupações do dia-a-dia, o ressono ocorre em função da obstrução das vias aéreas superiores e a apnéia é o que se pode chamar de pausas respiratórias durante o período de sono. A mudança de colchão, da almofada ou dos hábitos diários ajudam a resolver esse problema que atormenta milhões de pessoas em todo o mundo. Se é uma delas, siga as nossas dicas e tenha uma boa noite!

*Esqueça os problemas e as ansiedades do dia-a-dia. Antes de ir para o quarto. Só vá para a cama depois de tomar um banho morno e relaxante.

*Desligue a TV e os outros aparelhoes do seu quarto. As luzes desses aparelhos podem atrasar a produção das substâncias responsáveis pelo aviso de que é hora de dormir.

*Exercícios físicos devem ser feitos no máximo até quatro horas antes de dormir. Antes do sono, só está liberada a actividade sexual, que faz bem para o corpo e é óptima para relaxar a mente.

*Um bom chá ajuda a descansar, porém é preciso escolher as ervas certas. Nada de beber chá preto ou verde. Infusões de melissa e camomila são as ideais.

*Coma pouco a noite. Faça uma refeição leve usando ingredientes como espargos, arroz, batata, aveia e soja.

*Alimente-se de forma moderada antes de dormir. Aquele bife suculento não deve jamais ser comido à noite, pois a sua proteína activa o sistema nervoso simpático, responsável por deixar o corpo em estado de alerta.

*Relaxe o corpo. Depois do banho morno, acenda uma lâmpada azul e pingue algumas gotas de óleo de lavanda na almofada. Esta técnica acalma os pensamentos e induz a um sono melhor.

* Um copo de leite morno ajuda a encontrar o sono tranquilo, pois possui o triptofano (em poucas quantidades), que é um precursor de serotonina, outro neurotransmissor associado ao relaxamento profundo.

*Evite o álcool. A bebida alcoólica, ao contrário do que muitos pensam, não relaxa. Após alguns goles, ela pode afrouxar as estruturas da região da faringe, comprometendo a respiração. O resultado é o ressonar, que prejudica as fases do sono.

*Conheça as suas necessidades. Cada um de nós precisa de um tempo mínimo de sono. Procure dormir, pelo menos,
sete horas por noite. Vá para a cama sempre no mesmo horário.

O sono perdido é recuperado?

Estudos já comprovaram que não importa quando uma pessoa vai dormir ou despertar. Porém, se ela tem um sono regular e passa a dormir mais tarde, estará sujeita a sentir- se cansada e indisposta durante todo o dia. Não é possível recuperar grandes perdas de sono. Uma boa maneira de fazer com que se sinta melhor é “tirar uma soneca” em períodos curtos durante o dia. Achar o seu próprio ritmo e dormir regularmente pode ser a chave para um sono ideal durante toda a semana.

Os exercícios ajudam a dormir melhor?

Pessoas com problemas para dormir não devem fazer exercícios durante a noite, pois podem ter dificuldades para relaxar o corpo. Para elas, o mais indicado são actividades que trazem relaxamento, como as aquáticas e yoga. Para melhorar a sua qualidade do sono, exercite-se antes do jantar. Comece lentamente e respeite os seus limites. Se deixar o seu corpo stressado, sem dúvida, não dormirá muito bem. E claro, faça uma alimentação sem exageros antes de ir para a cama.

A melhor amiga

A almofada é fundamental para se ter um bom sono. É preciso considerar o material de que ela é feita e a posição em que será colocada. A altura da almofada tem que permitir que o pescoço fique recto e é melhor que seja larga para não sair do lugar com qualquer movimento do corpo durante a noite.


* Saúde da Mulher é muito boa para homem...também.

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7 - A GRANDE FARSA DO AQUECIMENTO GLOBAL






Documentário produzido pelo canal 4 da TV inglesa que fala sobre a grande mentira criada sobre um aquecimento global causado pelo homem que hoje se tornou quase uma verdade absoluta, incontestada pela mídia e por governos mundo a fora. Uma farsa elaborada para frear o desenvolvimento do terceiro mundo e impor altos impostos sobre o carbono, todo derivado de petróleo ou qualquer outra material divulgado como a principal causa deste "aquecimento global". Entrevistados neste filme, vários cientistas, historiadores e especialistas nesta área da ciência, negam haver qualquer relação entre o CO2 produzido pelo Homem com o aparente aquecimento global, mas o contrário, aparentemente o CO2 é resultado de tal aquecimento e não seu causador. As pesquisas e dados são reveladas e a verdade vem à tona, o aquecimento global causado pelo Homem é apenas uma propaganda mediática para arrecadar fundos para o novo governo mundial que está sendo implantado. Veja e tire suas conclusões.

ESTA SEMANA NO
"GUIA DO AUTOMÓVEL"

Nissan Leaf é o Carro do Ano 2011

O Nissan Leaf foi eleito “Carro do Ano 2011”, pelo júri internacional “Car of the Year” (COTY), no qual o Guia do AUTOMÓVEL tem também assento.

O Nissan Leaf foi eleito “Carro do Ano 2011”, pelo júri internacional “Car of the Year” (COTY), no qual o Guia do AUTOMÓVEL tem também assento, através do seu director técnico, Francisco Mota. O Nissan Leaf torna-se, assim, o primeiro veículo eléctrico a receber aquele que é prémio automóvel mais prestigiado na Europa. O Leaf conquistou um total de 257 pontos. Seguiu-se-lhe o Alfa Romeo Giulietta com 248 pontos, o Opel Meriva com 244 pontos, o Citroën DS3 com 175 pontos, o Volvo S60 com 145 pontos e o Dacia Duster com 132 pontos. O júri do COTY é composto por 59 jornalistas especializados de 23 países.


* Para um veículo elétrico é obra!

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JOÃO MIGUEL TAVARES



Carta aberta 
   a um funcionário público

Sei que esta é a pergunta que mais vezes tem feito a si próprio: porque é que eu tenho de sofrer mais do que todos os outros? Porque é que só eu sou espoliado de dois meses de ordenado em 2012 e 2013? Será que o funcionário público passou a ser o bode expiatório da nação?

Percebo o que sente. A medida é injusta, como é injusto todo o Orçamento de 2012. Os portugueses não mereciam ter de passar por isto. Mas desde 1974 que elegemos os nossos próprios governantes. Fomos nós que colocámos em São Bento os responsáveis pelo estado a que chegámos. Portanto, respire fundo e tente pensar claro. Existe uma razão económica que o faz sofrer mais do que os outros. Se o Estado cortasse nos salários do sector privado ficando ele com o dinheiro (como no corte de metade do subsídio de Natal), estaria apenas a aumentar impostos. Se o Estado cortasse nos salários do sector privado permitindo às empresas ficarem elas com o dinheiro, o Estado acabaria por receber menos impostos (porque as pessoas ganhariam menos). Já se o Estado cortar no seu salário, está a cortar no sítio certo – na despesa pública.

Mas se esta razão técnica não o satisfaz, então fique com a razão essencial: você sofre mais porque o seu patrão não presta. Você sofre mais do que um trabalhador privado porque lhe mentiram, dizendo-lhe que o Estado era o paraíso laboral, pois nunca despedia e tudo oferecia. Infelizmente, o Estado foi apenas glutão, irresponsável e incompetente. Você sofre mais do que todos os outros porque a empresa onde trabalha faliu. As portas continuam abertas, é certo. Mas não se engane: o seu patrão mudou. Para sempre.

IN "CORREIO DA MANHÃ"
28/10/11


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ESTA SEMANA NA
"SUPER INTERESSANTE"

Pesquisadores do MIT descobrem maneira de ver através de paredes de concreto

A ciência quer transformar soldados normais em supersoldados. As pesquisas científicas que tentam criar armas e equipamentos mais sofisticados para o uso militar estão cada vez mais avançadas. A última novidade é um estudo de um time de cientistas que quer dar superpoderes aos soldados. O pessoal do Lincoln Lab (um laboratório que faz parte do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT)) acaba de inventar um modo de visionar através de paredes de concreto.

A criação é um tipo de radar com amplificador que mostra em tempo real o que acontece por detrás de paredes sólidas de concreto. Mais de 99% do sinal é perdido na ida e mais 99% do que sobrou também é perdido na volta. Mas o restinho que sobrevive é suficiente para saber se tem alguém do lado de lá ou não. É quase nada comparado à visão de raio-X do Superman. Mas é um grande passo.

Quanto mais longe do muro a pessoa estiver, mais difícil será localizá-la. Ainda que os resultados exijam uma boa melhoria na tecnologia do radar, as manchas vermelhas se movendo na tela já ajudam a eliminar o elemento surpresa do ataque do inimigo.

Ficou interessado no funcionamento mais técnico da coisa? Assista ao video explicativo abaixo (em inglês). Já deixamos avisado: é meio complicado para os leigos.



* Muito complicado é que haja ciência para a guerra e não apenas para a paz.

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1 - A HARMONIA 

DOS 

MUNDOS




ESTA SEMANA NA
"SÁBADO"


Doidos para chamar o INEM

Hora de ponta na Avenida Fontes Pereira de Melo, no centro de Lisboa. Um homem gordo cai subitamente em frente a uma paragem de autocarros, bloqueando a estrada. Fica estendido, de olhos fechados, e imóvel. Várias pessoas o rodeiam, uma mulher telefona prontamente para o 112 e a polícia corta o trânsito no sentido Saldanha-Marquês de Pombal. Gera-se o caos. Toda a gente acredita que o homem teve um ataque fulminante e que está a morrer. Pouco depois, chega a ambulância, de onde saltam dois técnicos do INEM preparados para socorrer uma paragem cardiorrespiratória. Já se preparam para iniciar as manobras de reanimação quando olham para a cara da vítima. Num ápice, o semblante de preocupação dá lugar a um sorriso:

“Ó António, somos nós, acabou, levanta-te lá daí”, diz um dos técnicos.

O homem abre os olhos, balbucia um “outra vez, não” e levanta-se, abandonando o local em passo descontraído, perante a ira e a estupefacção da polícia e dos populares. Era só mais uma falsa emergência desencadeada por António dos Autocarros, o cliente mais assíduo do INEM.

“Só eu, já o apanhei dezenas de vezes”, diz Jorge Ramos, 41 anos, técnico de ambulância de emergência do INEM.

“Da primeira vez, o António estava a fazer-se de inconsciente dentro de um autocarro em frente ao Centro Comercial Amoreiras. O autocarro parou, toda a gente saiu e, quando entrei, vi um homem com uns cento e tal quilos deitado no banco de trás, bem vestido e apresentável, com o cabelo todo espetadinho para o lado. O meu colega já o conhecia e mandou-o acordar. Trazia um cartão de doente psiquiátrico do Hospital de São Francisco Xavier e uma foto em que aparecia ao colo da tia. Esta tia, que já faleceu, alimentava-o e tratava dele. Agora está mais magro e muito degradado.”

Passaram-se quatro anos e centenas de ambulâncias foram accionadas para socorrer o mesmo homem em autocarros e paragens. António quer atenção e nada melhor que um autocarro cheio para o fazer.

“Também nos pede para o levarmos para o hospital, onde lhe dão comida”, diz Alexandre Costa, um dos técnicos com mais tempo de INEM. A jogada é arriscada. “Muitas pessoas sentem-se tão indignadas que, quando se apercebem da farsa, querem bater-lhe”, diz Jorge.

António não é o único obcecado pelas ambulâncias amarelas. Paulinho Mendes adora simular crises convulsivas.

“Até sabe como espumar da boca”, sublinha Jorge Ramos. “Faz isso para as pessoas tratarem dele e para andar de ambulância. Pendura-se na janela e arregala muito os olhos.”

Quando o INEM chega, normalmente à zona de Arroios, e percebe que vai ser desmascarado, começa a gritar que tem “bichos na cabeça” e se os técnicos se recusam a transportá-lo para o hospital berra por auxílio, acusando-os de “lhe estarem a bater”. “Por vezes, torna-se embaraçoso”, diz Jorge.

A trilogia só fica completa com Vítor Conde, um alcoólico inveterado. “Perdi a conta ao número de vezes que o fui buscar”, diz Carlos Lopes, no INEM há 11 anos.

“Primeiro, era aos domingos. O Conde vinha da Brandoa para a Feira do Relógio, arrumava uns carrinhos e ia gastar as moedas em copos. Depois, ficava com fome. O que fazia? Procurava um sítio movimentado e atirava-se para o chão. A primeira pessoa que passava chamava o INEM e lá íamos nós. Ainda me enganou duas vezes. Depois, nunca mais.”

Este cinquentão, de barba por fazer e ligeiramente coxo, apercebeu-se de que o truque resultava e expandiu o raio de acção. Hoje, tanto pode actuar no Saldanha como no Cais do Sodré.

“O Vítor tem ficha em todos os hospitais de Lisboa, aonde vai para comer”, diz Carlos Lopes. “É infalível a fazer-se de inconsciente. Não se mexe! Já o vi na Alameda rodeado por três carrinhas da PSP e em frente ao Hospital Curry Cabral, a ser imobilizado por tripulantes de uma ambulância privada. Só se levanta na presença do INEM porque sabe que o conhecemos.”

Estes casos aparentemente inofensivos são uma amostra de um gasto público desnecessário de fundos e de meios. Em 2010, o INEM recebeu 1.430.656 chamadas, 739.637 das quais resultaram no envio de viaturas médicas. E teve uma despesa total de 83 milhões de euros anuais. O INEM não dispõe de dados oficiais quanto ao número de falsas emergências, mas os técnicos são unânimes em dizer que 60% dos serviços que fazem não são casos com sintomas de urgência.

Pior é a utilização desnecessária de meios. “Tentamos explicar a estas pessoas que não podem chamar o INEM sem fundamento e há muita gente que nos critica porque eles são uns ‘pobres coitados’. Pergunto-lhes se continuavam a pensar dessa forma se um familiar precisasse de uma ambulância e ela estivesse ocupada com um bêbedo ou um louco”, desabafa Carlos Lopes.

A compulsividade de António ou de Conde é apenas um exemplo, mas há muitos outros casos: o álcool e a solidão representam a maior parte das falsas emergências.

Lumiar, 23h. Uma senhora septuagenária espera pelo INEM sentada no cadeirão da sala, enquanto vê televisão. Está sozinha. Os técnicos perguntam-lhe desde quando. Ela responde “desde sempre”. Diz-se com tonturas, mas não apresenta quaisquer sinais de preocupação. Mesmo assim, pede para ir ao hospital. Por precaução, o CODU (Centro de Orientação de Doentes Urgentes) ordena o transporte. A senhora levanta-se, troca de roupa, penteia-se em frente ao espelho, espalha batom rosa pelos lábios e vai pelo próprio pé para a ambulância. Por fim, admite que só na sala de espera das urgências arranja companhia para falar.

“Tínhamos uma senhora, de Alvalade, que nos chamava todos os dias pouco depois das 24h, queixando-se de dores no peito e de falta de ar. Tinha sempre a porta aberta e, quando chegávamos, só queria desejar-nos boa noite. Pedia-nos para a taparmos e desligarmos a luz”, conta Alexandre Costa.

O abandono de idosos “é um fenómeno crescente”, também para José Azevedo, técnico do INEM do Porto. “E não apenas nas classes sociais mais desfavorecidas. Muitas vezes, entro em mansões que julgo estarem cheias de gente, até que chego a um quarto onde está uma velhinha sozinha. As famílias desprezam-nos.”

No Natal ou noutras épocas festivas, esse abandono aumenta:

“Nos dias 21 ou 22 de Dezembro, crescem as chamadas para ir buscar idosos acamados. Os filhos querem ir de férias sem eles e inventam urgências para que sejam transportados para o hospital. Assim que se vêem livres deles, desligam os telemóveis e trancam a porta de casa até ao início do ano. Os hospitais são obrigados a retê-los, transformando-se em depósitos de acamados. As pessoas ficam a dormir em macas nos corredores”, diz Alexandre Costa.

Em muitos outros casos, o INEM é chamado apenas para levantar um doente inválido ou deficiente que caiu da cama. Ainda há quem recorra às ambulâncias para pedir boleia ou quem se apresente com sacos de plástico cheios de medicamentos e radiografias para pedir uma opinião médica aos técnicos do INEM – que não estão autorizados a dá-la – ou para solicitar transporte até ao hospital:

“Há pouco tempo pediram-nos para transportar um homem para uma consulta externa no Curry Cabral. O transporte foi autorizado e a consulta nem estava marcada. O doente entrou pela ‘porta do cavalo’, porque tinha combinado uma hora para falar com o médico. E foi numa ambulância pública!”, conta Carlos Lopes.

“Já para não falar dos que nos chamam porque se assustam com algum sintoma anormal de um familiar e, em vez de o transportarem de carro, esperam por nós e vão de automóvel atrás da ambulância. As pessoas ainda acreditam que se chegarem de ambulância ao hospital podem ser atendidas mais rapidamente.”

A SÁBADO sabe que o INEM emitiu uma norma interna para transportar os doentes em todas as ocorrências, mesmo que existam grandes suspeitas de se tratar de uma emergência falsa. “É mais fácil transportar tudo do que arcar com as consequências se um desses casos correr mal. Os riscos de um processo judicial são maiores do que o gasto”, diz fonte do INEM, que prefere o anonimato.

Muitos técnicos do INEM dizem que nem todos os serviços podem ser gratuitos – as falsas emergências, por exemplo, deviam ser taxadas. Além disso, defendem uma forte campanha de divulgação sobre emergência médica nas escolas e na televisão pública. Em 2006, o INEM lançou uma acção televisiva contra as chamadas falsas: dizia que recebiam diariamente 66 chamadas sem fundamento, correspondentes à saída inútil de 25 ambulâncias. Os telefonemas falsos diminuíram, o mesmo não acontecendo com as falsas emergências.

É ao CODU (Centro de Orientação de Doentes Urgentes) que vão parar todos os telefonemas, depois de uma primeira triagem feita pela polícia. Os técnicos são formados para detectar falsos alarmes, principalmente pela análise da emoção do interlocutor ao telefone. Mas há quem minta muito bem.

“Este Verão, um homem fez-se passar por pescador e disse-nos que tinha resgatado um banhista do mar, na praia da Trafaria. Garantiu que a vítima não respirava e, ao telefone, simulou que lhe estava a fazer respiração boca a boca e massagem cardíaca. Quando a ambulância e o veículo da VMER (Viatura Médica de Emergência e Reanimação) lá chegaram, não encontraram ninguém”, diz Jaime Naia, coordenador dos operadores do CODU de Lisboa.

Tal como os técnicos de ambulância, os operadores telefónicos também têm utentes habituais que ligam para o 112 só para falar. Muitos já sabem que sintomas indicar para terem direito a ambulância: falta de ar, dor no peito ou dormência prolongada nos membros. Outros ligam para pedir um táxi ou o número da Telepizza mais próxima de casa. E não falta quem recorra a argumentos absurdos para exigir uma ambulância:

“Já me ligaram para dizer que entalaram um dedo na porta, que bateram com o braço e fizeram um hematoma, que tiveram um pesadelo e não conseguem dormir ou que o filho está a chorar há horas. Estes telefonemas só servem para entupir a linha e aumentar o tempo de espera”, diz Jaime Naia.

Na rua, Alexandre e os colegas desesperam sempre que se cruzam com mais uma falsa emergência. Estão cansados do Sergei, que cai de bêbedo e leva as pessoas a chamar o INEM; do César, que se atira para o chão, à espera do mesmo; do Hermelando, que se deita em cima das linhas do eléctrico, fingindo ter sido atropelado; do Vitalino, tantas vezes encontrado falsamente inanimado à saída das rotundas do Bairro da Cruz Vermelha; e do Quim Maluco, que se atira para o meio da estrada para ter boleia da ambulância para o Hospital de São João, que fica ao lado de sua casa, no Porto.

“O Fernando, um cliente habitual do INEM Porto, já conseguiu accionar quatro ambulâncias em 45 minutos”, conta José Azevedo.

A todos estes casos, os técnicos do INEM contam a história infantil de Pedro e o Lobo, para tentar explicar que, um dia, podem precisar realmente de uma ambulância e ninguém acreditará neles. Hugo Neves, técnico na base da Amadora, viveu essa história, com um fim trágico:

“Enquanto bombeiro, fui chamado diversas vezes a casa de um homem com problemas psiquiátricos e de alcoolismo, que se chegava a mutilar para ir para o hospital. Algumas vezes levei-o, outras, não. Um dia, a irmã, com quem vivia, e que tinha diabetes e problemas de alcoolismo, precisou mesmo de ser transportada para o hospital. Ele pediu-me muitas vezes para ir com ela, mas nós só podemos levar uma pessoa na ambulância e não o levei. Assim que deixámos a mulher na urgência do Amadora-Sintra, reparei que havia uma grande agitação no IC 19. O rapaz correra atrás da ambulância, atravessara bêbedo o IC 19 e fora brutalmente atropelado por um táxi. Mesmo não querendo, pensei muitas vezes se não teria salvo aquela vida se o tivesse transportado.”


* A Abnegação em face da loucura,do medo e do abandono, cabe tudo nesta notícia.

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MIA ROSE
Será





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ESTA SEMANA NA
"VISÃO"
 
Governo pretende pedir à troika 
para renegociar plano de ajuda financeira
No final da XXI cimeira Ibero-Americana, no Paraguai, Passos Coelho admitiu que Portugal pretende 
propor, no próximo mês, algumas alterações 
ao plano de ajuda financeira

Pedro Passos Coelho admite que Portugal venha a propor, no próximo mês, algumas alterações ao plano de ajuda financeira. Ontem no Paraguai, o primeiro-minstro disse que nas actuais circunstâncias não é possível financiar a economia se não houver dinheiro para pagar a divida das empresas públicas. Um problema que o Governo português irá apresentar à "troika", em Novembro.

O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, afirmou que pretende concertar com o PS um "ajustamento" ao programa de assistência financeira a Portugal que permita "garantir um mais adequado financiamento à economia" portuguesa.

Em conferência de imprensa, no final da XXI cimeira Ibero-Americana, em Assunção, no Paraguai, Passos Coelho não confirmou, mas também não desmentiu de forma direta a notícia avançada hoje pelo semanário Expresso segundo a qual "Portugal mais 25 mil milhões de euros" além dos 78 mil milhões que fazem parte do programa acordado com a "troika" internacional.

"Não tenho conhecimento de nenhumas declarações do senhor ministro das Finanças nesse sentido e posso mesmo acrescentar que muito estranharia que fizesse declarações nesse sentido", começou por dizer o primeiro-ministro.


* Ainda há pouco diziam que renegociar a dívida nem pensar, é mais difícil apanhar um coxo...


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ESTA SEMANA NO
"JOGO"

Dulce Félix corre a pensar 
em Nova Iorque

Três anos depois, Almeirim volta a acolher esta manhã (10 horas) a Taça dos Campeões Europeus de estrada. A nota de realce é a cada vez mais fraca oposição estrangeira, expressa nos poucos clubes (nove masculinos e quatro femininos) presentes, pelo que o domínio, como tem sido norma, será dos portugueses. Na corrida feminina estará Dulce Félix, a atleta mais renomada e principal favorita, que fará uma prova contida, pois na próxima semana terá a Maratona de Nova Iorque. Hermano Ferreira é o maior candidato nos homens, enquanto o Maratona e a Conforlimpa discutem o título colectivo.


* Uma prova a exigir mais atenção dos dirigentes do atletismo europeu

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7 - DESENHOS . . .


 






ESTA SEMANA NO
"i"

Director da PSP e Comandante-Geral da GNR viajam em executiva

O Director-Nacional da PSP e o Comandante-Geral da GNR vão viajar em classe executiva para Luanda, onde participarão, amanhã, numa reunião de chefes de polícia dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa.

Segundo o Diário de Notícias, as passagens dos chefes das duas forças de segurança, o superintendente-chefe Guilherme Guedes da Silva e o General Luís Newton Parreira, custam cerca de 10 mil euros e contraria a recomendação do governo para reduzir as despesas nas deslocações oficiais.

A comitiva portuguesa integra também o Director-Nacional do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), Manuel Jarmela Palos, e o Director da Unidade Nacional de Contra-Terrorismo (UNCT) da PJ, Luís Neves, em representação do Director-Nacional desta polícia. No entanto, estes terão optado por viajar em económica.


* GENTE FINA É OUTRA COISA

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ESTA SEMANA NO
"VIDA ECONÓMICA"


Rui Aires de Queiroz, 
autor de um livro sobre poupança, 
dá o alerta
"Portugueses desperdiçam dinheiro no consumo imediato em vez de investirem no seu crescimento"

"Está no nosso sangue olhar para o nosso 'prazer' imediato, ou seja, gastar dinheiro em consumo, em vez de investirmos no nosso crescimento". As palavras duras são do autor de um livro sobre poupança, Rui Aires de Queiroz. "Grandes vidas - viva melhor gastando menos" é o título da obra editada pela Marcador.

O especialista explica à VE que o desperdício dos portugueses reside no seu próprio paradigma de vida, aquele que nos foi passado pelos nossos pais e avós. Questionado pela VE sobre as áreas, onde mais precisamos de poupar, a resposta surge pronta: "no ego". Rui Aires de Queiroz insiste na ideia que grande parte dos problemas que vivemos, atualmente, reside nos nossos hábitos culturais, na forma como nos comportamos. "Os portugueses gostam muito de se mostrar em sociedade, de mostrar o seu sucesso", destaca. E acrescenta: "O desperdício que nós temos é, principalmente, no supérfluo, no telemóvel de última geração, no carro que mostra o nosso status, na roupa que tem 'aquela' etiqueta que tantos nos vai fazer subir na escala social." Os resultados a nível pessoal são negativos, mas extrapolados para uma sociedade inteira são ainda mais desastrosos.
É para isto que nos alerta o autor ao referir que "esta postura gera, diretamente, enorme despesismo nas organizações, despesismo esse que é um atentado às pessoas que o fazem, aos seus filhos, familiares, vizinhos, sendo que, no final, ninguém ganha com esta postura". E o aviso chega também às empresas quando estas, num ato de compra, preferem adquirir determinado bem a um conhecido, mesmo, quando ele é mais caro. "Além de tudo, esta postura gera uma ineficiência nas empresas, em Portugal, que acabam por se preocupar mais em ajudar os amigos do que a serem, de fato, eficientes naquilo que fazem", revela. No final, as organizações perdem competitividade, restando-lhes "'chorar' perante o Estado" quando percebem que os outros já estão à sua frente, diz Rui Aires de Queiroz.

Há sempre margem para poupar

Para o autor não há margem para dúvidas: há sempre margem para poupar, mesmo em tempos de crise, mesmo, para pessoas com baixos rendimentos. "Consigo dar a qualquer pessoa, com qualquer tipo de rendimentos, dicas úteis que lhe permitam reduzir a sua despesa, até a pessoas que ganham abaixo do salário mínimo." O problema, considera, está, uma vez mais, naquilo a que nos habituámos ao longo do tempo. "As pessoas têm grandes dificuldades em se ajustarem para baixo, em perder aquilo que foi dado como adquirido e muitas vezes negam que o tenham de fazer", explica Rui Aires de Queiroz.
Ainda assim, é sempre possível gastar menos em áreas como a água, supermercado, televisão paga. Aqui, o autor questiona, mesmo, as pessoas sobre a necessidade de usufruirem deste serviço. "Será que a TV paga é fundamental na sua felicidade?" O mesmo tipo de questões se aplicam a outros gastos, como por exemplo, a casa, o carro ou os tempos livres. Se, no primeiro e segundo casos, podemos sempre optar por uma casa ou carro mais pequeno, por uma habitação mais próxima do emprego ou pelos transportes públicos, no último caso, a escolha pode ir para algo que é gratuito. Sendo que, em todo este processo, é sempre importante o planeamento. Para uma família em plenas dificuldades, revela o autor, o planeamento deverá ser diário, cêntimo a cêntimo. Já se o objetivo é atingir uma poupança de 20% a 40% do rendimento mensal, então, aí, as famílias poderão relaxar um pouco mais e optarem por um orçamento mensal, bem como um controlo mensal.
Tudo isto será mais fácil, contudo, se as pessoas interiorizarem, de facto, o conceito da poupança. De outra forma, vamos continuar, como até aqui, a hipotecar o nosso futuro. "O meu grande objetivo com este livro é despoletar o 'momento de clarividência' de cada um de nós para uma vivência de poupança, para aquele segundo em que nos consciencializamos para o facto de termos de mudar, porque isso é melhor para nós e para quem nos rodeia", remata.


* Os portugueses seguem o mau exemplo dos esbanjadores que os governam.

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ESTA SEMANA NO
"SOL"

Hospital vendido por 11 milhões e comprado por 
.21 milhões minutos depois

A Estamo, sociedade responsável pela compra e venda de imóveis do Estado, alienou em Novembro de 2004 os terrenos do antigo Hospital de Arroios – um imóvel já muito degradado, em Lisboa – por 11,2 milhões de euros, a duas empresas do grupo Fibeira. No mesmo notário e imediatamente a seguir, o terreno localizado na avenida Almirante Reis foi revendido por 21 milhões de euros a uma sociedade imobiliária espanhola (a Reyal Urbis).

Quatro dias antes destas operações, a Câmara de Lisboa aprovara a construção de habitação e comércio no terreno do antigo hospital quando este ainda era propriedade da Estamo. Este facto poderia explicar a diferença de valores, mas, mesmo assim, o preço pago pelos espanhóis levantou dúvidas à Inspecção-Geral de Finanças (IGF). Segundo este organismo, que investigou o caso em Junho de 2010, o valor de 21 milhões de euros «ultrapassou largamente, em cerca de 48%, o valor máximo de mercado disponível para a zona» naquele momento – lê-se no relatório da IGF a que o SOL teve acesso.

Corrupção e fraude fiscal, entre outros

O actual presidente da Estamo, Francisco Cal, nega peremptoriamente a possibilidade de ter havido pagamento de ‘luvas’, mas o valor sobre-avaliado pago pela Reyal Urbis levantou suspeitas, tendo a Direcção-Geral de Contribuições e Impostos (DGCI) enviado toda a documentação para o Departamento de Investigação e Acção (DIAP) de Lisboa.

No departamento liderado por Maria José Morgado estão agora a ser investigadas suspeitas de corrupção, fraude fiscal, branqueamento de capitais e peculato.

Ao que o SOL apurou, Ondas Fernandes, administrador da Estamo responsável pelas vendas de imóveis, foi constituído arguido. Ondas Fernandes confirma que foi a Polícia Judiciária quem o constituiu arguido aquando da realização de buscas, mas acrescenta: «Não tendo sido validada a minha constituição de arguido pelo Ministério Público (MP) nos dez dias subsequentes, considero que, neste momento, já não estou nessa condição», afirmou. Contudo, o facto de o MPainda não ter ouvido Ondas Fernandes não significa que ele não seja arguido.

O administrador da Estamo considera ainda o inquérito do DIAP como «normal», mas enfatiza que a IGF não detectou nenhuma ilegalidade e que até elogiou a Estamo.


* Vigarice a céu aberto


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ESTA SEMANA NO
"EXPRESSO"
 Sucesso mundial 'made in Covilhã'
A empresa Waydip, criada na Universidade da Beira Interior (UBI), na Covilhã, foi selecionada como uma das 50 novas firmas mais inovadoras do mundo, num concurso da Kauffman Foundation. A PT também escolheu a Covilhã para inovar.


A empresa Waydip, criada na Universidade da Beira Interior (UBI), na Covilhã, foi selecionada como uma das 50 novas firmas mais inovadoras do mundo, num concurso da Kauffman Foundation.

A firma foi fundada há um ano por dois alunos, Filipe Casimiro e Francisco Duarte, que inventaram o Wayenergy, um sistema de pavimento que produz energia elétrica de cada vez que alguém ou alguma viatura passa sobre ele. Entre os mais inovadores do mundo

Em 2010, a invenção ganhou os prémios EDP/Inovação Richard Branson e MIT Inovação. Este ano, os dois sócios submeteram a empresa ao juízo da Kauffman Foundation, fundação norte-americana dedicada ao empreendedorismo, e acabaram por figurar na lista das 50 novas firmas mais inovadoras do mundo.

Todas as distinções "ajudam a promover a empresa, em especial numa altura em que nos preparamos para avançar para o mercado", explicou Francisco Duarte à Agência Lusa.
Pisar e produzir energia

No primeiro semestre de 2012, a Waydip vai instalar os primeiros pavimentos para produzirem energia elétrica em centros comerciais e terminais de transportes.

Para o segundo semestre está prevista a internacionalização da empresa, "depois de validados e consolidados todos os processos em Portugal, durante a primeira metade do ano".

Cada mosaico do sistema Wayenergy esconde pequenos motores sob a superfície que quando são pressionados produzem energia que é acumulada em baterias.

Um sistema pré-comercial vai ser instalado durante o mês de novembro na entrada da Faculdade de Engenharias da Covilhã, para alimentar os sistemas de iluminação e sinalização do edifício.
PT investe €90 milhões na Covilhã

A Covilhã ambém volta a estar no mapa dos grande investimentos tecnológicos com o lançamento da obra que vai dar origem a um dos maiores centros de dados do mundo.

A obra pertence à Portugal Telecom e está orçada em €90 milhões. Vai gerar 1400 postos de trabalho a maioria dos quais de alta especialização. A empresa envolveu já neste seu projeto a Universidade da Beira Interior.

Quanto às características técnicas do projeto, a PT estima que os 30 PB de capacidade de armazenamento deste centro de dados permitam guardar mais de 75 milhões de filmes de alta definição (HD). O projeto tem ainda em conta uma vertente ecológica: com o recurso a sistemas de refrigeração free cooling (que recorre ao ar ambiente), a PT prevê poupar 40% no consumo de energia e emitir muito menos dióxido de casrbono para a atmosfera.
Frio do Inverno potencia projeto

Recorde-se que antes de optar pela Covilhã a PT analisou 26 locais pissíveis em todo o país. As baixas temperaturas que ali se fazem sentir durante uma boa parte do ano também pesaram na decisão, pois vai gastar-se menos em refrigeração que noutras zonas do país.

O centro de dados deverá estar operacional em 2012 e poderá ser usado para potenciar serviços na área do cloud computing, tanto para consumo interno como para exportação.


* Ao tempo não líamos uma notícia tão maravilhosa quanto esta

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VERDADEIRO COPIANÇO




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2 - VULTOS DA CULTURA DO SECULO XIX »»» almeida garrett













Nascimento 4 de Fevereiro de 1799
Porto
, Portugal
Morte 9 de Dezembro de 1854 (55 anos)
Lisboa
, Portugal
Nacionalidade Português
Ocupação Escritor, dramaturgo, poeta, político
Escola/tradição Romantismo

Primeiros anos

João Baptista da Silva Leitão de Almeida Garrett nasceu no Porto a 4 de Fevereiro de 1799, filho segundo de António Bernardo da Silva Garrett, selador-mor da Alfândega do Porto, e Ana Augusta de Almeida Leitão. Passou a sua infância na Quinta do Sardão, em Oliveira do Douro (Vila Nova de Gaia), pertencente ao seu avô materno José Bento Leitão. Mais tarde viria a escrever a este propósito: "Nasci no Porto, mas criei-me em Gaia". No período de sua adolescência foi viver para os Açores, na Ilha Terceira, quando as tropas francesas de Napoleão Bonaparte invadiram Portugal e onde era instruído pelo tio, D. Alexandre, bispo de Angra. Foi também aí que engravidou sua companheira Luisa Midosi.

De seguida, em 1816 foi para Coimbra, onde acabou por se matricular no curso de Direito. Em 1821 publicou O Retrato de Vénus, trabalho que fez com que lhe pusessem um processo por ser considerado materialista, ateu e imoral. É também neste ano que ele e sua família passam a usar o apelido de Almeida Garrett.

Presença nas lutas liberais

Almeida Garrett participou na revolução liberal de 1820, de seguida foi para o exílio na Inglaterra em 1823, após a Vilafrancada. Antes casou-se com uma muito jovem senhora Luísa Midosi, que tinha apenas 14 anos. Foi em Inglaterra que tomou contacto com o movimento romântico, descobrindo Shakespeare, Walter Scott e outros autores e visitando castelos feudais e ruínas de igrejas e abadias góticas, vivências que se reflectiriam na sua obra posterior.



Em 1824, pode partir para França e assim o fez, nessa viagem escreveu o muitíssimo conhecido Camões (1825) e Dona Branca (1826)não tão conhecido mas não menos importante, poemas geralmente considerados como as primeiras obras da literatura romântica em Portugal. No ano de 1826 foi chamado e regressou à pátria com os últimos emigrados dedicando-se ao jornalismo, fundando e dirigindo o jornal diário O Português (1826-1827) e o semanário O Cronista (1827).

Teria de deixar Portugal novamente em 1828, com o regresso do Rei absolutista D. Miguel. Ainda no ano de 1828 perdeu a sua filha recém-nascida. Novamente em Inglaterra, publica Adozinda (1828).

Juntamente com Alexandre Herculano e Joaquim António de Aguiar, tomou parte no Desembarque do Mindelo e no Cerco do Porto em 1832 e 1833. Também fundou o Jormal "Regeneração" em 1851 a propósito do movimento político da regeneração.

Vida política

A vitória do Liberalismo permitiu-lhe instalar-se novamente em Portugal, após curta estadia em Bruxelas como cônsul-geral e encarregado de negócios, onde lê Schiller, Goethe e Herder. Em Portugal exerceu cargos políticos, distinguindo-se nos anos 30 e 40 como um dos maiores oradores nacionais. Foram de sua iniciativa a criação do Conservatório de Arte Dramática, da Inspecção-Geral dos Teatros, do Panteão Nacional e do Teatro Normal (actualmente Teatro Nacional D. Maria II, em Lisboa). Mais do que construir um teatro, Garrett procurou sobretudo renovar a produção dramática nacional segundo os cânones já vigentes no estrangeiro.
Com a vitória cartista e o regresso de Costa Cabral ao governo, Almeida Garrett afasta-se da vida política até 1852. Contudo, em 1850 subscreveu, com mais de 50 personalidades, um protesto contra a proposta sobre a liberdade de imprensa, mais conhecida por “lei das rolhas”.

Garrett sedutor

A vida de Garrett foi tão apaixonante quanto a sua obra. Revolucionário nos anos 20 e 30, distinguiu-se posteriormente sobretudo como o tipo perfeito do dândi, ou janota, tornando-se árbitro de elegâncias e príncipe dos salões mundanos. Foi um homem de muitos amores, uma espécie de homem fatal. Separado da esposa, Luisa Midosi, com quem se casou, em 1822, quando esta tinha 11 anos de idade, passa a viver em mancebia com D. Adelaide Pastor até a morte desta, em 1841.

A partir de 1846, a sua musa é a viscondessa da Luz, Rosa Montufar Infante, andaluza casada, desde 1837, com o oficial do exército português Joaquim António Velez Barreiros, inspiradora dos arroubos românticos das Folhas caídas.

Por decreto do Rei D. Pedro V de Portugal datado de 25 de Junho de 1851 Garrett é feito Visconde de Almeida Garrett em vida (tendo o título sido posteriormente renovado por 2 vezes). Em 1852 sobraça, por poucos dias, a pasta do Negócios Estrangeiros em governo presidido pelo Duque de Saldanha.


Na foto Passos Manuel, Garrett, Alexandre Herculano e José Estevão de Magalhães, nos Passos Perdidos, Assembleia da República.
Falece em 1854, vítima de cancro, em Lisboa, na sua casa situada na actual Rua Saraiva de Carvalho, em Campo de Ourique.

Obras

Teatro
Dá início ao seu projecto de regeneração do teatro português, levando à cena em 1838 Um Auto de Gil Vicente, pouco antes Filipa de Vilhena e, em 1842, O Alfageme de Santarém, todas sobre temas da história de Portugal.

Em 1844 é publicada a sua obra-prima, Frei Luís de Sousa, que um crítico alemão, Otto Antscherl, considerou a "obra mais brilhante que o teatro romântico produziu". Estas peças marcam uma viragem na literatura portuguesa não só na selecção dos temas, que privilegiam a história nacional em vez da antiguidade clássica, como sobretudo na liberdade da acção e na naturalidade dos diálogos e em 1845 foi representada a peça, "Falar a Verdade a Mentir".

Prosa
Em 1843, Garrett publica o Romanceiro e o Cancioneiro Geral, colectâneas de poesias populares portuguesas, e em 1845 o primeiro volume d'O Arco de Santana (o segundo apareceria em 1850), romance histórico inspirado por Notre Dame de Paris de Victor Hugo. Esta obra seduz não só pela recriação do ambiente medieval do Porto, mas sobretudo pela qualidade da prosa, longe das convenções anteriores e muito mais próxima da linguagem falada.

A obra que se lhe seguiu deu expressão ainda mais vigorosa a estas tendências: Viagens na minha terra, livro híbrido em que impressões de viagem, de arte, paisagens e costumes se entrelaçam com uma novela romântica sobre factos contemporâneos do autor e ocorridos na proximidade dos lugares descritos (outra inovação para a época, em que predominava o romance histórico). A naturalidade da narrativa disfarça a complexidade da estrutura desta obra, em que alternam e se entrecruzam situações discursivas, estilos, narradores e temas muito diversos.

 Poesia
Na poesia, Garrett não foi menos inovador. As duas coletâneas publicadas na última fase da sua vida (Flores sem fruto, de 1844, e sobretudo Folhas Caídas, de 1853) introduziram uma espontaneidade e uma simplicidade praticamente desconhecidas na poesia portuguesa anterior.

Ao lado de poemas de exaltada expressão pessoal surgem pequenas obras-primas de singeleza ímpar como «Pescador da barca bela», próximas da poesia popular quando não das cantigas medievais. A liberdade da metrificação, o vocabulário corrente, o ritmo e a pontuação carregados de subjectividade são as principais marcas destas obras.

Cronologia das obras

* 1819 Lucrécia
* 1821 O Retrato de Vénus; Catão (representação); Mérope (representação)
* 1822 O Toucador
* 1825 Camões
* 1826 Dona Branca
* 1828 Adozinda
* 1829 Lírica de João Mínimo; Da Educação (ensaio)
* 1830 Portugal na Balança da Europa (ensaio)
* 1838 Um Auto de Gil Vicente
* 1841 O Alfageme de Santarém (1842 segundo algumas fontes)
* 1843 Romanceiro e Cancioneiro Geral - tomo 1; Frei Luís de Sousa (representação)
* 1845 O Arco de Sant'Ana - tomo 1; Flores sem fruto
* 1846 Viagens na minha terra; D. Filipa de Vilhena (inclui Falar Verdade a Mentir e Tio Simplício)
* 1848 As profecias do Bandarra; Um Noivado no Dafundo; A sobrinha do Marquês
* 1849 Memória Histórica de J. Xavier Mouzinho da Silveira
* 1850 O Arco de Sant'Ana - tomo 2;
* 1851 Romanceiro e Cancioneiro Geral - tomos 2 e 3
* 1853 Folhas Caídas
* 1871 Discursos Parlamentares e Memórias Biográficas (antologia póstuma)

 Publicações periódicas
* 1827 O cronista
* 1830 Memórias de uma África sofrida

 Bibliografia ordenada e completa
 Poemas
* Hino Patriótico, poema. Porto, 1820
* Ao corpo académico, poema. Coimbra 1821
* Retrato de Vénus, poema Coimbra, 1821
* Camões, poema. Paris, 1825
* Dona Branca ou a Conquista do Algarve, poema. Paris, 1826 (pseud. de F. E.)
* Adozinda, poema. Londres, 1828
* Lyrica de João Mínimo. Londres, 1829
* Miragaia, poesia. Lisboa, 1844 (eBook)
* Flores sem Fruto, poesia. Lisboa, 1845
* Os Exilados, À Senhora Rossi Caccia , poesia. Lisboa, 1845
* Folhas Caídas, poesia. Rio de Janeiro e depois Lisboa,1853
* Camões, poema. 4ª ed. revista, com estudo de Camilo Castelo Branco. Porto, 1854

Obras póstumas
* Dona Branca ou a Conquista do Algarve, poema. Porto Alegre, 1859
* Dona Branca ou a Conquista do Algarve, poema. Nova York, 1860
* Bastardo do Fidalgo, poema. Porto, 1877
* Odes Anacreônticas: Ilha Graciosa. Évora, 1903
* A Anália, poesia inédita de Garrett. Lisboa 1932 (redac., Porto 1819)
* Magriço ou Os Doze de Inglaterra, poema. Coimbra, 1948
* Roubo das Sabinas, poemas libertinos I. Lisboa, 1968
* Afonseida, ou Fundação do Império Lusitano, poema. Lisboa 1985 (pseud.: Josino Duriense, redac., Angra 1815-16)
* Poesias Dispersas. Lisboa, 1985
* Magriço e os Doze de Inglaterra, poema incompleto, Lisboa, 1914
Numa escultura de Barata Feyo

 Peças teatrais
* Catão, tragédia. Coimbra, 1822
* Catão, tragédia. Londres, 1830
* Catão, tragédia. Rio de Janeiro, 1833
* Mérope, tragédia. Lisboa, 1841
* O Alfageme de Santarém ou A Espada do Condestável. Lisboa, 1842
* Um Auto de Gil Vicente. Lisboa, 1842
* Frei Luís de Sousa, 1843 (eBook)
* Dona Filipa de Vilhena, comédia. Lisboa, 1846
* Falar Verdade a Mentir, comédia. Lisboa 1846
* A Sobrinha do Marquês, 1848
* Camões do Rossio, comédia. Lisboa, 1852 (co-autoria de Inácio Feijó)

Obras póstumas
* Um noivado no Dafundo ou cada terra com seu uso cada roca com seu fuso: provérbio n'um acto. 1ª ed. Lisboa, 1857 (redac., Lisboa, 1847)
* Átala, drama. Lisboa, 1914 (redac., Coimbra 1817),
* Lucrécia, tragédia, Lisboa, 1914
* Afonso de Albuquerque, tragédia; Lisboa, 1914
* Sofonisba, tragédia; Lisboa, 1914
* O Amor da Pátria, elogio dramático; Lisboa, 1914
* La Lezione Agli Amanti, ópera bufa; Lisboa, 1914
* Conde de Novion, comédia; Lisboa, 1914
* Édipo em Colona, tragédia. Lisboa, 1952 (redac.: Porto 1820)
* Ifigénia em Tauride, tragédia. Lisboa, 1952 (redac., Angra do Heroísmo 1816)
* Falar Verdade a Mentir, comédia. Rio de Janeiro, 1858
* As Profecias do Bandarra, comédia. Lisboa, 1877 (redac., Lisboa 1845)
* Os Namorados Extravagantes, drama. Coimbra 1974 (redac., Sintra 1822)
* Impronto de Sintra, comédia. Lisboa, Guimarães, Libanio, ???? (redac., Sintra, 1822)

 Artigos, ensaios, biografias e folhetos
* Proclamações Académicos, Coimbra, 1820, folhetos
* O Dia Vinte e Quatro de Agosto, ensaio político. Lisboa, 1821, 53 p.
* Aos Mortos no Campo da Honra de Madrid, folheto. Lisboa, Jornal da Sociedade Literária Patriótica, 1822
* Da Europa e da América e de Sua Mútua Influência na Causa da Civilização e da Liberdade, ensaio político. Londres 1826
* Da Educação. Londres, 1829
* Portugal na Balança da Europa: do que tem sido e do que ora lhe convém ser na nova ordem de coisas do mundo civilizado, Londres, 1830
* Relatório dos Decretos nº 22, 23 e 24 (Reorganização da Fazenda, Administração Pública e Justiça). Lisboa, 1832, folheto
* Manifesto das Cortes Constituintes à Nação, folheto. Lisboa, 1837
* Necrologia do Conselheiro Francisco Manuel Trigoso de Aragão Morato, Lisboa, 1838
* Relatório ao Projecto de Lei sobre a Propriedade Literária e Artística, Lisboa, 1839
* Memória Histórica do Conselheiro A. M. L. Vieira de Castro, Lisboa, 1843
* Conselheiro J. B. de Almeida Garrett, autobiografia. Lisboa, 1844
* Memória Historica da Duqueza de Palmella: D. Eugénia Francisca Xavier Telles da Gama, Lisboa, 1845
* Memória Histórica do Conde de Avilez, 1ª ed., Lisboa, 1845
* Da Poesia Popular em Portugal, ensaio literário. Lisboa, 1846
* Sermão pregado na dedicação da capela de Nª Srª da Bonança, folheto, Lisboa, 1847
* A Sobrinha do Marquês, Lisboa, 1848, 176 p.
* Memória Histórica de J. Xavier Mousinho da Silveira, Lisboa, 1849
* Necrologia de D.ª Maria Teresa Midosi, Lisboa, 1950
* Protesto Contra a Proposta sobre a Liberdade de Imprensa, abaixo-assinado/folheto. Lisboa 1850 (subscrito, à cabeça, por Alexandre Herculano e mais cinquenta personalidades, contra o projecto de «lei das rolhas» apresentado pelo governo)


Obras póstumas
* Discursos Parlamentares e Memorias Biographicas, Lisboa, Imprensa Nacional, 1871, 438, p.
* Necrologia do Sr. Francisco Krus; Monumento ao Duque de Palmela, D. Pedro de Sousa Holstein, Lisboa, 1899 (redac., Lisboa, 1839);
* Memórias Biográficas, Lisboa, Empreza da História de Portugal, 1904
* Necrologia à Morte de D. Leocádia Teresa de Lima e Melo Falcão Vanzeler, Lisboa, 1904 (redac., Lisboa, 1848)
* Apontamentos Biográficos do Visconde d'Almeida Garrett, autobiografia. Porto, 1916
* Entremez dos Velhos Namorados que Ficaram Logrados, Bem Logrados, Lisboa, 1954 (redac., 1841)
Em cima à esquerda numa escultura de António Pinheiro

 Romances, cancioneiros e contos
* Bosquejo da História da Poesia e da Língua Portuguesa, Paris, 1826
* Lealdade, ou a Vitória da Terceira, canção. Londres, 1829
* Romanceiro e Cancioneiro Geral, vol. I. Lisboa, 1843
* O Arco de Sant'Ana, romance. Lisboa, na Imprensa Nacional, 1845, vol. 1
* Viagens na Minha Terra, romance. Lisboa, Typ. Gazeta dos Tribunais, 1846, 2 v. (Vol. I (eBook); Vol. II (eBook); 2 vol. juntos (eBook))
* O Arco de Sant'Ana, romance. Lisboa, na Imprensa Nacional, 1850, vol. 2
* Romanceiro e Cancioneiro Geral, vols. II e III, Lisboa 1851

Obras póstumas
* Helena: fragmento de um romance inédito. Lisboa, 1871
* Memórias de João Coradinho, aventuras picarescas. Lisboa, 1881 (redac., 1825)
* Joaninha dos Olhos Verdes. Lisboa, 1941
* Komurahi - História Brasileira, conto. 1956 (redac., 1825)
* Cancioneiro de romances, xácaras e soláus e outros vestígios da antiga poesia nacional. Lisboa, 1987 (redac., 1824)

 Cartas e diários
* Carta de Guia para Eleitores, em Que se Trata da Opinião Pública, das Qualidades para Deputado e do Modo de as Conhecer, ensaio político. Lisboa, 1826
* Carta de M. Cévola ao futuro editor do primeiro jornal liberal que em português se publicar, panfleto político. Londres, 1830 (pseud.: Múcio Cévola)
* Carta sobre a origem da língua portuguesa, ensaio literário. Lisboa, 1844

Obras póstumas
* Diário da minha viagem a Inglaterra, Lisboa 1881 (redac., Birmingham, 1823)
* Cartas a Agostinho José Freire, Lisboa, 1904, 132 p. (redac., Bruxelas, 1834)
* Cartas Íntimas, edição revista, coordenada e dirigida por Teófilo Braga. Lisboa, Empresa da História de Portugal, 1904, 172 p.
* Cartas de Amor à Viscondessa da Luz, Lisboa, 1955
* Correspondência do Conservatório, Lisboa, 1995 (redac.: Lisboa 1836 – 1841)
* Cartas de Amor à Viscondessa da Luz

 Discursos
* Oração Fúnebre de Manuel Fernandes Tomás, Lisboa, 1822
* Parnaso Lusitano ou Poesias Selectas de Autores Antigos e Modernos, Paris, 1826-1827, 5 v.
* Elogio Fúnebre de Carlos Infante de Lacerda, Barão de Sabrozo, Londres, 1830
* Da formação da segunda Câmara das Côrtes: discursos pronunciados pelo deputado J. B. de Almeida Garrett nas sessões de 9 a 12 de Outubro de 1837, Lisboa, Imprensa Nacional, 1837
* Discurso do Sr. Deputado pela Terceira J. B. de Almeida Garrett na discussão, Lisboa, 1840
* Discussão da Resposta ao Discurso da Coroa, pronunciado na sessão de 8 de Fevereiro de 1840, Lisboa, 1840
* Discurso do Sr. Deputado por Lisboa J. B. de Almeida Garrett, na discussão da Lei da Decima, Lisboa, 1841
* Elogio Histórico do Sócio Barão da Ribeira de Saborosa, Lisboa, 1843
* Parecer da Comissão sobre a Unidade Literária, Lisboa, 1846 (dito Parecer sobre a Neutralidade Literária, da Associação Protectora da Imprensa Portuguesa, assinado por Rodrigo da Fonseca Magalhães, Visconde de Juromenha, Alexandre Herculano e João Baptista de Almeida Garrett)

Obras póstumas
* Política: reflexões e opúsculos, correspondência diplomática. Lisboa, 1904, 2 v.

 Participação em publicações periódicas
* Toucador - Periódico sem política, dedicado às senhoras portuguesas. Lisboa, 1822 (direcção e redacção)
* Heraclito e Demócrito. Lisboa, 1823
* Português - Diário político, literário e comercial. Lisboa, 1826 – 1827 (direcção e redacção)
* Cronista - Semanário de política, literatura, ciências e artes. Lisboa, 1827 (direcção e redacção)
* Chaveco Liberal. Londres, 1829 (direcção e redacção)
* Precursor. Londres, 1831
* Português Constitucional. Lisboa, 1836 (direcção e redacção)
* Entreacto, Jornal de Teatros. Lisboa, 1837 (fundação, direcção e redacção)
* Jornal do Conservatório. Lisboa, 1841 (fundação)
* Jornal das Belas-Artes. Lisboa, 1843 – 1846 (fundação)
* Ilustração - Jornal Universal. Lisboa, 1845 – 1846 (fundação)

 Algumas obras disponíveis em formato digital na Internet
* Biblioteca Digital Garrettiana
* Obras de Almeida Garrett no Project Gutenberg

 Relevância na literatura portuguesa
No século XIX e em boa parte do século XX, a obra literária de Garrett era geralmente tida como uma das mais geniais da língua, inferior apenas à de Camões. A crítica do século XX (notavelmente João Gaspar Simões) veio questionar esta apreciação, assinalando os aspectos mais fracos da produção garrettiana.
No entanto, a sua obra conservará para sempre o seu lugar na história da literatura portuguesa, pelas inovações que a ela trouxe e que abriram novos rumos aos autores que se lhe seguiram. Garrett, até pelo acentuado individualismo que atravessa toda a sua obra, merece ser considerado o autor mais representativo do romantismo em Portugal.

WIKIPÉDIA 

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