Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
10/10/2011
HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
"Escondeu-se informação e enganou-se a opinião pública"
O sociólogo e ex-ministro António Barreto fez hoje duras críticas aos dirigentes que governaram Portugal nos últimos anos, acusando-os de iludir a realidade e omitir
factos que contribuíram para as dificuldades
em que o País se encontra.
"A verdade é que se escondeu informação e se enganou a opinião pública. A acreditar nos dirigentes nacionais, vivíamos, há quatro ou cinco anos, um confortável desafogo", afirmou o também presidente do conselho de administração da Fundação Manuel dos Santos, num discurso que fez em Lisboa.
Depois de uma situação que permitia "fazer planos de grande dimensão e enorme ambição", passou-se, "em pouco tempo, num punhado de anos", a uma "situação de iminente falência e de quase bancarrota imediata", acrescentou António Barreto na intervenção intitulada "Portugal, Que futuro?", que proferiu na Academia de Ciências durante a inauguração do 2º ano lectivo do Instituto de Estudos Académicos para Seniores.
"Ainda hoje não sabemos as causas e o processo. Ainda hoje não conhecemos a origem exata dessa terrível aceleração dos défices e das dívidas", afirmou, reconhecendo que, se as "causas externas" são, "em parte, responsáveis", a maioria dos países ocidentais não está na mesma situação que Portugal.
"Algo se passou mais, em nossa casa. Ou fizemos menos, ou fizemos pior. Ou não nos preparámos. Ou não cuidámos da nossa fragilidade. E o facto de saber que dois ou três outros países vivem dificuldades semelhantes, mais ou menos graves, não é suficiente para nos desculpar", sustentou.
E prosseguiu, apontando que "há países e governos, a começar pelo nosso, que foram imprevidentes, complacentes e irresponsáveis". "Pode ser grande a origem externa das nossas dificuldades. Mas a verdade é que é isso mesmo o que se pede aos governantes: que prevejam dificuldades, que previnam problemas e que protejam os seus povos durante as tempestades"
"Tivemos exactamente o contrário: as autoridades acrescentaram às dificuldades, não só pelas suas decisões, como também pelo seu comportamento teimoso e abrasivo", opinou António Barreto, 69 anos, ministro do Comércio e do Turismo e depois da Agricultura no primeiro governo constitucional, que tomou posse em Setembro de 1976.
Numa tentativa de resposta à pergunta que lhe foi proposta como título da intervenção, afirmou: "Temos evidentemente um futuro. Mas não sabemos qual. Esse futuro depende cada vez mais de outros, dos vizinhos, do grupo do Euro, da União Europeia, dos Estados Unidos e até do resto do mundo".
* Mais umas verdades proferidas por quem não sabe mentir!
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HOJE NO
"RECORD"
Ranking ATP: Rui Machado cai um lugar
Ocupa agora a 60.ª posição
Rui Machado caiu, esta segunda-feira, uma posição no ranking mundial e ocupa agora o 60.º lugar, depois de há uma semana ter alcançado a melhor classificação de sempre de um tenista português.
O segundo melhor português na hierarquia é Frederico Gil, que caiu dois postos para o 100.º lugar, enquanto Gastão Elias conseguiu a sua melhor classificação de sempre e é agora 214.º.
O sérvio Novak Djokovic continua a liderar o ranking mundial, seguido do espanhol Rafael Nadal e do suíço Roger Federer, agora mais pressionado pelo britânico Andy Murray, que venceu no domingo o torneio de Tóquio.
No "top-10", destaque ainda para a subida de três postos do checo Thomas Berdych, que ascendeu ao sétimo posto.
* Estes jovens tenistas merecem respeito, o país não dá apoios financeiros suficientes nem estruturas adequadas para fazer escola.
HOJE NO
"JORNAL DE NOTÍCIAS"
Quase 4.000 casas entregues à banca
nos primeiros oito meses do ano
Nos primeiros oito meses do ano foram entregues à banca 3.900 imóveis, divulgou hoje em comunicado a Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP).
De acordo com os dados da associação, este valor "representa um agravamento de 7,9% face a igual período de 2010", sendo que os imóveis foram entregues tanto por famílias como por empresas.
Aliás, segundo os mesmos dados da APEMIP, o número de imóveis entregues à banca por parte dos promotores imobiliários tem vindo a crescer. Em Junho, representava 13,4% do total e em Agosto já pesava 217,1%. No total, o número de imóveis entregues à banca por parte dos promotores represneta agora 27,6% do total.
"O arrefecimento do mercado imobiliário afectou de forma bastante significativa todos os que investiram na promoção imobiliária e no desenvolvimento de novos projectos e empreendimentos, pelo que parte significativa dos imóveis entregues em dação em pagamento provêem destes actores, em particular, em municípios, como os de Alcochete, Ponta Delgada, Vila do Conde e Portimão, em que esta realidade representa, pelo menos, metade da totalidade dos imóveis em causa", pode ler-se no comunicado.
No geral, divulga ainda a APEMIP, as áreas metropolitanas de Lisboa e Porto continuam a concentrar a maior parte das ocorrências, mais precisamente 48,7%. Individualmente, a área metropolitana do Porto representa 18,8% das dações e a de Lisboa 29,9%.
* Qualquer dia a banca tem de instalar uma central de recolha de penicos para hipoteca...
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BAPTISTA BASTOS
Os retratos próprios e os dos outros
Certa ocasião fui de longada até Barcelos. Depois, caminhei por uma estrada de terra solta e vermelha, bordejada por vinhas de enforcado e árvores cujas copas se uniam. Queria chegar a São Martinho de Galegos, lugar de barristas, com particular evidência para Rosa Ramalho, ou Ramalha, cuja notoriedade se devia, em grande parte, a José Ernesto de Sousa, importante homem de cultura, assinalada por uma curiosidade activa de carácter renascentista.
A obra da Ramalha parecia uma representação das teses surrealistas: harpias, Cristos de várias crucificações, demónios e animais estrambólicos, ciclopes medonhos, mistérios e espantos. Era uma velha pequena, seca, magra, astuciosa. Às páginas tantas da conversa perguntei-lhe o porquê daquelas esculturas, tão estranhas quanto tenebrosas. Disse-me: "Sonho muitas vezes assim. Depois, faço os sonhos no barro."
Podia, agora, recorrer a Freud, e à "Interpretação dos Sonhos", livro que marcou parte da minha geração. Mas Freud dá para tudo, e dá, pelo menos neste momento, para lhe citar a frase: "Os sonhos são desejos recalcados e retratos das possibilidades acaso impossíveis." Retratos, máscaras, persona: as equivalências proporcionam várias leituras. Porém, também permitem entender que todo o retrato é deformado, porque não é total. Melhor do que ninguém, o nosso Columbano esclareceu o lugar procurado nos seus retratos: o sentido da alma.
No entanto, mesmo através dessa procura, toda a arte (pintura, romance, novela, conto, cinema, teatro) dá notícias: notícias do que se passa na acção ou no coração dos homens. Se o universo de Rosa Ramalho, distorcido, por vezes repulsivo, possui ligações com a escrita automática surrealista, também estabelece relações secretas, mágicas, com Dante, com Proust ou, até, noutra extensão, com Wagner. Nenhuma destas afirmações é impetuosa ou leviana, exactamente porque todas as manifestações artísticas do homem correspondem a um diálogo emprestado. Com objectivos semelhantes: o conhecimento da condição humana. A vocação de procura e a tendência obscura para a configuração do retrato aproximado de quem somos, afastam-se das ciências cognitivas porque pertencem aos domínios "irracionais" da criação. Nenhum retrato o é, rigorosamente, porque ninguém é o que julga ser, nem aquilo que os outros presumem. É essa complexidade que constitui a riqueza imensa e inquietante da nossa condição.
Infernos e paraísos, opacidades e claridades; porém, tudo efémero. A máscara do retrato altera-se com o espírito do tempo. Nenhum de nós é o que foi. O que, apressadamente, se designa por "coerência" contraria o próprio fundamento evolutivo. Não é só Darwin e Freud que explicam. Bertrand Russel, na sua "Autobiografia", não se cansou de combater a "coerência", entendida como cristalização e, portanto, antagónica da razão. E a metáfora mais aproximada desta evidência está n' "O Retrato de Dorian Gray": a natureza não se contraria.
De novo, os barros de Rosa Ramalho: frequentemente apodados de abstracções, sê-lo-ão se recusarmos, simultaneamente, a razão e a desrazão, os ilimites da criatividade e os constrangimentos a que a própria criatividade para si cria. No fundo: uma arte com alma, no sentido que Henri Agel atribuiu ao filme: "Le Cinéma a-t-il une âme?"; ou a demanda de todo o artista em acrescentar, ao conhecimento que possuímos do homem, o conhecimento que o artista foi adquirindo ao longo dos anos.
O que subjaz ao retrato é a ideia de que há muito de inacabado, de imperfeito e de horrorosamente oculto na construção humana, inclusive no seu pensamento, ele também uma construção, determinada por momentos. O artista vive entre o Génesis e o Apocalipse e o retrato que dos outros faz (no cinema, no teatro, na pintura, no romance) constitui a angustiada pesquisa de si mesmo. Eis porque o artista não tem de abrir a porta de marfim do inferno, como fez Virgílio, e enviar para o mundo bonanças precárias e ilusões efémeras. Mas, embora duvide da terapia social do seu discurso, não pode eliminar a natureza do seu trabalho criativo, que se baseia na identificação do trágico absoluto e na representação de uma forma particular de consciência.
Creio ser essa "consciência" que liga artistas tão aparentemente díspares como Rosa Ramalho ou Jorge Luís Borges; os barros da velha mulher de São Martinho de Galegos às pinturas perturbantes de Delvaux. Metafísica e razão. A razão metafísica dos sonhos. A matéria (ensinou Brecht) de que são feitos os homens.
Os barros da Rosa Ramalho (ou Ramalha) eram um outro lado da visão pessoal de uma mulher velha, que procurava os nossos olhos para um novo entendimento de uma outra realidade. Talvez sinais ocultos da Criação.
IN "JORNAL DE NEGÓCIOS"
07/10/11
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HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"
Crédito malparado sobe
e atinge novos máximos históricos
As famílias e as empresas continuam a denotar dificuldades em conseguir cumprir com as suas obrigações. O crédito malparado entre as famílias está em níveis nunca vistos e entre as empresas está no máximo desde Agosto de 1998, reflexo da crise económica e do elevado desemprego que assola o País.
Os bancos têm em carteira 10,99 mil milhões de euros de crédito malparado de empresas e famílias, de acordo com os dados preliminares de Agosto divulgados pelo Banco de Portugal.
No caso dos particulares, há dívidas de cobrança duvidosa de 4,5 mil milhões de euros, o que corresponde a 3,21% do total dos empréstimos concedidos. Este é o nível de malparado mais elevado desde que há histórico – Dezembro de 1997.
No segmento de crédito ao consumo, as cobranças duvidosas já superam mesmo os 9%, algo nunca visto. No financiamento para outros fins (que inclui educação e trabalhadores por conta própria) o crédito malparado fixou-se, em Agosto, nos 9%, o que também corresponde ao nível mais elevado desde Maio de 1998.
Só no crédito à habitação é que o nível do malparado é inferior (1,81%), o que ainda assim também representa o nível mais elevado desde que há histórico.
Entre as empresas o peso do malparado sobre o total dos empréstimos concedidos aumentou para 5,57%, o nível mais elevado desde Agosto de 1998.
A actual conjuntura económica está a levar a que muitas empresas tenham dificuldades em conseguir fazer frente às suas despesas. Ao mesmo tempo, o desemprego tem vindo a aumentar, deixando famílias sem alguns rendimentos que tinham. Tudo factores que têm provocado aumento do crédito malparado.
* Convém lembrar que em Portugal o maior caloteiro de todos é o Estado Português!
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12– OS MESTRES DO DINHEIRO
A história de como os Bancos Privados se tornaram a mais poderosa e infame dominação do mundo.Aborda o papel dos bancos na história e actualmente. Vindo desde a criação das primeiras Casas de Moeda na antiga Roma até hoje em dia. Como os bancos controlam as nações, impelindo-as as guerras e escravidão do povo através de dívidas e juros para paga-las.
O que as principais guerras na Europa e resto do mundo, desde Napoleão a Segunda Guerra Mundial tem em comum?Tudo isso é abordado exaustivamente num documentário mais do que completo sobre a milenar história da nossa escravidão pelo sistema monentário dos banqueiros.
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ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA
DE LEUCEMIAS E LINFOMAS
Inscreva-se como sóci@ da APLL por apenas € 5/ano. As verbas que recolhidas através dos novos sócios ou donativos revertem integralmente a favor dos doentes: oferecemos pijamas, uma vez que o tratamento de quimio e radioterapia os leva a transpirar imenso, pelo que têm de trocar de pijama várias vezes ao dia; oferecemos um plafond de 200/250 euros/mês, conforme o caso, para compra de medicamentos em farmácia por doentes carênciados, que permitam complementar o tratamento ambulatório - estes casos são analisados pela assistente social do IPO do Porto e remetidos para a APLL.
Dadores de Sangue
As colheitas de sangue podem salvar vidas. Os doentes sujeitos a tratamentos de quimio, rádio e imunoterapia precisam, muitas vezes, de transfusões de sangue aquando do tratamento.
Dadores de Medula
O registo como dador de medula óssea não traz benefícios directos ao dador. No caso de se encontrar um dador compatível com um doente que precise de transplante, o dador poderá, ou não avançar com o processo de dádiva. Nos dias de hoje, o processo é extremamente simples e indolor, podendo ajudar a salvar uma vida.
Associação Portuguesa
de Leucemias e Linfomas
Clinica Oncohematologia
R. Dr. António Bernardino de Almeida,
4200-072 Porto
Tel. 225 084 000 - ext. 3100 | 93 440 50 12
E-mail: geral@apll.org
Associação Portuguesa Contra a Leucemia
Rua D. Pedro V - nº 128
1250-095 Lisboa
Tel: 213 422 204/05
Fax: 213 422 206
E-mail: apcl@contraleucemia.org |
Web: http://www.contraleucemia.org
CEDACE – Registo Português
de Dadores de Medula Óssea
Centro de Histocompatibilidade do Norte
Pavilhão "Maria Fernanda"
R. Dr. Roberto Frias
4200-467 Porto
Tel: 225 573 470
Fax: 225 501 101
HOJE NO
"DESTAK"
Onze mortos em acidentes
de viação no fim de semana
Onze pessoas morreram em 378 acidentes de viação ocorridos no sábado e no domingo na área de jurisdição da GNR, de acordo com os dados provisórios da Guarda.
Nos 169 acidentes registados no sábado morreram seis pessoas e seis ficaram feridas com gravidade.
Os acidentes com mortos ocorreram nos distritos de Braga (1), Coimbra (2), Leiria (1), Santarém (1) e Viseu (1).
No domingo morreram cinco pessoas nos 190 acidentes que ainda fizeram sete feridos graves.
Os desastres com vítimas mortais sucederam em Braga (1), Faro (1), Porto (1) e Santarém (2).
Nos dois dias do fim de semana, 154 pessoas sofreram ainda ferimentos leves nos acidentes registados pela GNR.
* Os selvagens da estrada!!!
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HOJE NO
"i"
Penas de multa. Ministério da Justiça
não sabe quantas estão por pagar
Mais de 50 mil portugueses foram condenados a penas de multa em processos-crime nos tribunais de primeira instância, em 2009. Quantos pagaram? É uma incógnita. O Ministério da Justiça sabe que 50 153 pessoas foram condenadas a uma pena de multa e 2917 a pena de prisão substituída por multa, mas desconhece quantos destes condenados pagaram ou não efectivamente a sua multa. A tutela também não tem conhecimento de quantos reclusos estão a cumprir prisão subsidiária nos estabelecimentos prisionais portugueses por não terem pago voluntariamente as multas.
De acordo com o código penal, as penas de multa não pagas, se não forem substituídas por trabalho comunitário, são convertidas em dias de prisão subsidiária. Ou seja, o condenado tem de cumprir uma pena de prisão de duração equivalente a dois terços da pena de multa: se for condenado, por exemplo, a 100 dias de multa, terá de cumprir 66 dias de prisão subsidiária.
O ministério disse ao i que “a base de dados da Direcção-Geral de Serviços Prisionais não permite o cruzamento de modo a apurar quantos reclusos estão a cumprir pena de prisão em substituição de pena de multa”.
António Martins, presidente da Associação Sindical dos Juízes Portugueses (ASJP), acredita que se trata apenas de um problema estatístico e que a falta de números não se converte numa não execução das penas. Até porque, explica o presidente da ASJP, um processo só pode ser arquivado mediante a assinatura de um juiz. “Se se verifica que a pena de multa não foi cumprida é emitido um mandado de captura para cumprimento da prisão subsidiária, a menos que o caso tenha prescrito.”
Num universo de 50 mil condenados a penas de multa, António Martins está convencido de que os casos que seguem para prisão subsidiária “serão poucos”, já que “uma pessoa fará tudo para evitar a cadeia”. No mesmo sentido aponta a opinião de Fernando Jorge, presidente do Sindicato dos Funcionários Judiciais: “Serão casos residuais os da prisão subsidiária, até porque há várias alternativas. Uma pessoa pode requerer o pagamento da multa em prestações, fazendo prova da sua situação económica, ou substituir por trabalho a favor da comunidade.”
Além de desconhecer o número de multas pagas e não pagas, a tutela não tem dados sobre o valor total das multas decretadas pelos tribunais. Logo, não sabe qual a quantia que entra nos cofres do Ministério da Justiça no cumprimento destas penas, nem quanto deixa de entrar devido ao seu não pagamento.
A pena de multa é fixada em dias, num mínimo de dez e o máximo de 360. A cada dia corresponde uma quantia entre os cinco e os 500 euros. Se cada um dos 53 070 condenados a penas de multa e prisão substituída por multa tivesse de cumprir uma pena de 100 dias de multa, à taxa diária de 5 euros, o ministério encaixaria uma receita de 26,5 milhões de euros. António Martins sublinha, no entanto, que a pena de multa “não pode ser olhada do ponto de vista económico: É uma pena para um indivíduo que cometeu um acto ilícito. O objectivo é servir de punição.”
* - Oh Sra. Ministra, para um governo tecnocrata, economicista e neo-liberal,não saber o que se passa nesta área tem que se lhe diga...
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ONTEM NO
"PÚBLICO"
Holanda recebeu mais de 80% do investimento directo de Portugal
Números da primeira metade deste ano confirmam que regime fiscal atractivo faz com que o país seja usado pelos grupos económicos nacionais.
O Investimento Directo de Portugal no Exterior (IDPE) disparou 134% entre Janeiro e Junho, em comparação com o mesmo período de 2010. Mas 80,5% dos mais de 7 mil milhões de euros (valores brutos) que as empresas nacionais aplicaram no estrangeiro nestes meses foram canalizados para a Holanda, país de eleição para as operações internacionais, seguido de Espanha, Brasil e Estados Unidos.
De acordo com dados do Banco de Portugal, compilados pela Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), 60,7% das transacções aplicaram-se no capital de empresas, 33,2% em créditos, empréstimos e suprimentos e 5,2% foram lucros reinvestidos. Ao mesmo tempo, foram desinvestidos 3,153 mil milhões de euros, 42,2% dos quais também na Holanda. Contas feitas, no total, o IDPE líquido cifrou-se nos 1,6 mil milhões de euros, uma queda de 3,6% face ao primeiro semestre de 2010.
Numa altura em que o Governo quer impulsionar o investimento estrangeiro, os fiscalistas contactados pelo PÚBLICO são unânimes em afirmar que as vantagens fiscais oferecidas por países como a Holanda explicam os números do Banco de Portugal. Ana Pinelas Pinto, sócia da Miranda Correia Amendoeira, refere que esta realidade é o "resultado directo da falta de competitividade do regime fiscal português em geral e do regime das SGPS em especial". As normas nacionais são "fortemente penalizadoras" para dividendos provenientes de participações em sociedades residentes fora da União Europeia, refere. "As empresas portuguesas que investem em Angola e que conseguem reduzir os custos fiscais por beneficiarem de isenções temporárias de imposto sobre os lucros naquele país não poderão beneficiar da isenção nos dividendos em Portugal", exemplifica. Pelo contrário, no Luxemburgo ou na Holanda os dividendos e mais-valias estão isentos de tributação mediante "o preenchimento de condições bastante menos exigentes", aponta.
O economista Eugénio Rosa lembra que quase todos os maiores grupos cotados na Bolsa de Lisboa criaram empresas na Holanda, Luxemburgo e em paraísos fiscais "que utilizam para reduzir o volume de impostos pagos em Portugal". "Um exemplo: quando a Sonae lançou a OPA sobre a PT fê-lo a partir de uma empresa que possui na Holanda para não pagar imposto de selo em Portugal".
Tal como o PÚBLICO já noticiou, das 20 maiores companhias com acções na praça lisboeta, 17 escolheram Amesterdão, Roterdão ou Amstelveen para sediarem filiais.
"A Holanda é frequentemente utilizado como uma plataforma para a realização de investimentos em actividades comerciais ou industriais noutros países, de uma forma fiscalmente mais eficiente", refere também Paula Rosado Pereira, especialista em direito fiscal da SRS Advogados.
Investimento caiu em 2010
Analisando os dados desde 1996 (valores brutos), percebe-se que foi a partir de 2002 que as empresas portuguesas começaram a canalizar a maior parte do investimento no estrangeiro para os Países Baixos, preterindo o Brasil (que sempre foi o primeiro destino entre 1996 e 2000). Em 2001, Espanha captou a maior parte do capital, mas no ano seguinte, e até 2010, as companhias passaram a direccionar as suas operações para três países: Países Baixos, Dinamarca e Luxemburgo (que tem a taxa de IVA mais reduzida da Europa, 15%).
Uma das explicações para esta mudança, diz Paula Rosado Pereira, foi a Convenção para Evitar a Dupla Tributação celebrada entre Portugal e a Holanda em 2000. A sua entrada em vigor "veio tornar os investimentos na Holanda ainda mais atractivos do ponto de vista fiscal".
Nos últimos 15 anos, 26% do IDEP (bruto) foi canalizado para os Países Baixos e Luxemburgo, e cerca de 17% para Espanha. Em 2010, 30,4% seguiu para a Holanda e para o Luxemburgo, uma descida face a 2009, quando o investimento conjunto nestes dois países representava 33,9%. Aliás, o ano passado, e pela primeira vez desde 2002, o saldo líquido do IDPE foi negativo (6,3 mil milhões de euros) e tem vindo a descer desde 2006.
"Uma parte [desta redução] é determinada pelo facto de as empresas portuguesas serem confrontadas com o seu elevado endividamento. E como têm dificuldades em se financiarem, vendem activos que têm no estrangeiro", aponta Eugénio Rosa. Os dados são o reflexo da crise. "As flutuações constantes do nosso regime fiscal e a forte pressão dos últimos anos (com aumentos praticamente semanais aos dias de hoje) da carga fiscal condicionam de forma decisiva a nossa capacidade para atrair investimento e para investir", analisa Ana Pinto. "A matemática é simples: sem investidores não há investimento", remata.
* O que é que a Holanda tem que nós não temos???
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HOJE NO
"A BOLA"
Beckenbauer convencido de que Platini será o próximo presidente da FIFA
O alemão Franz Beckenbauer não tem dúvidas em considerar que Michel Platini será o próximo presidente da FIFA, muito devido ao grande trabalho que tem desenvolvido na liderança da UEFA.
«Penso que Platini será o próximo presidente da FIFA. Sepp Blatter vai terminar por não se candidatar em 2015, devido à idade», estimou Beckenbauer, em entrevista publicada esta segunda-feira pela revista Kicker.
Platini, de 56 anos, está na liderança da UEFA desde Janeiro de 2007 e recentemente recusou comentar a possibilidade de suceder a Blatter, que foi eleito em Junho passado para novo mandato de quatro anos na FIFA.
* Será mais do mesmo, priveligiando quem tem poder...
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HOJE NO
"CORREIO DA MANHÃ"
Cortes não afectam educação sexual
A secretária de Estado do Ensino Básico e Secundário, Isabel Leite, afirma que a educação sexual não fica em causa com o fim da Área Projecto e com os cortes orçamentais em curso. Muitas das iniciativas de educação sexual estavam enquadradas na Área Projecto, mas para Isabel Leite o seu fim "não vai necessariamente pôr em causa" o trabalho desenvolvido.
"Acho que se pode fazer trabalho de excelente qualidade sem exigir mais recursos. Não implica ter mais meios, mas repensar a forma como fazemos as coisas", afirmou a governante, à margem de uma conferência de formação de professores, frisando que "a selecção dos projectos tem de ser mais criteriosa, o que não implica que se acabem com esses projectos"
Isabel Leite defende que a educação sexual deve abordar o "contexto alargado das relações humanas e afectivas".
* A educação sexual pressupõe a eliminação de tabus e preconceitos xenófobos, mas como ensinar o Amor???
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HOJE NO
"DIÁRIO ECONÓMICO"
PSD e PS
preparam substituição dos autarcas
PSD e PS começam a alinhavar equipas para
preparar autárquicas, pois mais de metade
dos autarcas têm que sair.
As eleições para as federações socialistas e o congresso social- democrata, a decorrer entre Maio e Abril do próximo ano, oficializarão o começo da corrida dos dois maiores partidos às eleições autárquicas de 2013, mas o trabalho de casa há muito que se iniciou. Até porque mais de 50% dos actuais autarcas estão impedidos pela lei de se recandidatar. Nos bastidores, as equipas que vão coordenar as substituições dos presidentes de câmara já começaram a ser alinhavadas e nas estruturas locais a batalha já começou a ser travada. No PSD, há 79 autarcas que não podem candidatar-se de novo e no PS são 58. A ‘batalha' pela escolha dos melhores candidatos vai ser renhida, numas eleições que serão também para António José Seguro, líder socialista, uma prova de vida.
No PS, os responsáveis pelo processo de renovação autárquica ainda não foram oficializados, mas no Largo do Rato há três nomes dados como incontornáveis no processo autárquico: José Junqueiro, ex-secretário de Estado da Administração Local de Sócrates, Rui Solheiro, vice-presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses, e Joaquim Raposo, autarca na Amadora. Também na liderança do processo de renovação estará Susana Amador, igualmente membro do secretariado nacional e presidente da câmara de Odivelas, e o deputado Mota Andrade, dirigente nacional do PS e membro da comissão parlamentar do poder local.
No entanto, com eleições nas federações socialistas agendadas para o início do próximo ano, a luta está a travar-se a nível local onde o controlo da estrutura é o primeiro passo para condicionar a escolha do próximo candidato autárquico. "Na nossa democracia, a política local e autárquica é a única em que os partidos escolhem pessoas com presença social, mediática ou política da zona", explica o politólogo António Costa Pinto.
* Novos rostos de boys e girls...
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5 - Onde as crianças dormem
James Mollison viajou ao redor do mundo e decidiu criar uma série de fotografias mostrando quartos infantis, que foi, depois, compilada em um livro, intitulado Onde as crianças dormem. Cada par de fotografias é acompanhada por uma legenda estendida que conta a história da criança. As diferenças entre cada espaço do sono são impressionantes, revelando e confirmando, sob mais um aspecto, como somos desiguais.
Mollison nasceu no Quênia em 1973 e cresceu na Inglaterra. Depois de estudar arte e design na Universidade de Oxford Brookes, e cinema e fotografia em Newport School of Art and Design, ele se mudou para a Itália para trabalhar no laboratório criativo da fábrica da Benetton.
O projeto tornou-se uma referência de pensamento crítico sobre a pobreza e a riqueza, sobre a relação das crianças com as suas posses -ou a falta delas. O fotógrafo espera que seu trabalho ajude outras crianças a pensar sobre a desigualdade no mundo, para que, talvez, no futuro eles pensem como agir para diminuir esta diferença.
O projeto tornou-se uma referência de pensamento crítico sobre a pobreza e a riqueza, sobre a relação das crianças com as suas posses -ou a falta delas. O fotógrafo espera que seu trabalho ajude outras crianças a pensar sobre a desigualdade no mundo, para que, talvez, no futuro eles pensem como agir para diminuir esta diferença.
Kaya, quatro anos, mora com os pais em um pequeno apartamento em Tóquio, Japão. Seu quarto é forrado do chão ao teto com roupas e bonecas. A mãe de Kaya faz todos os seus vestidos e gostos -Kaya tem 30 vestidos e casacos, 30 pares de sapatos, perucas e um sem contar de brinquedos. Quando vai à escola fica chateada por ter que usar uniforme escolar. Suas comidas favoritas são a carne, batata, morango e pêssego. Ela quer ser cartunista quando crescer.
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HOJE NO
"O PRIMEIRO DE JANEIRO"
Patrões rejeitam subida de impostos
Não a novos aumentos
As confederações patronais defendem que o Orçamento do Estado não deverá recorrer a mais aumentos fiscais sobre as empresas. 'O objetivo da política orçamental em 2012 será cumprir a meta para o défice sem recorrer a medidas adicionais do lado da receita fiscal, conciliando este esforço com o estímulo à atividade económica', defende a Confederação Empresarial Portuguesa. Para que tal aconteça, a CIP advoga a redução estrutural da despesa primária através da reforma das administrações públicas e do setor empresarial do Estado e medidas que 'favoreçam o financiamento do setor produtivo, incluindo o pagamento pontual às empresas', A possibilidade de um novo aumento do IVA é uma preocupação comum entre os empresários, em especial os da agricultura, turismo, comércio e serviços. 'Qualquer agravamento do IVA aplicado aos produtos alimentares poderá representar a perda de sustentabilidade económica de muitas explorações agrícolas', avisa a confederação dos agricultores (CAP).
A confederação do turismo rejeita aumentos no IVA, defendendo uma discriminação positiva com a manutenção da taxa mínima nos subsetores onde já vigora e a redução nos casos em que existe a intermédia.
* Se o IVA preocupa os empresários imagine-se com preocupa os desempregados, os que recebem salário mínimo e os que não recebem nada.
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