24/08/2011


UMA GRAÇA PARA O FIM DE DIA


O FAMIGERADO JOÃOZINHO



Joãozinho, aos 70 anos, residindo em uma pequena e pacata cidade, abordou o padre na rua e segredou:

- Padre, eu nunca me confessei mas, como estou ficando velho, acho que chegou a hora !!! Só que eu gostaria de me confessar com um anjo... Tem jeito???

- Mas meu filho, com um anjo??? Isso é meio difícil!!! Olha, se minha presença o inibe, eu posso dar poderes ao sacristão para ouvir sua confissão!!!

- Não, seu padre, eu tenho dois pecados gravíssimos os quais só posso confessar a um anjo, tenho certeza!!!

- Bem, então, no domingo, vá a igreja e assista a missa. Após a missa, eu providenciarei um anjo para ouvir suas confissões.

Joãozinho, eufórico, exultou:
- Muito obrigado, seu padre, o senhor não pode nem imaginar a Paz que o senhor está me devolvendo !!!

E assim ...

Joãozinho, aos 70 anos, aliviado por ter resolvido o seu problema e o padre preocupado com o problema que acabara de arranjar.

Chegando a igreja, o padre chamou o sacristão, contou-lhe a história e começaram a traçar o plano para levar um anjo ao confessionário.
- Faremos o seguinte, disse o padre: vou vesti-lo de anjo, amarro uma corda em volta do seu corpo, vou descendo-o sobre o confessionário e conforme for descendo você abana as asas. O que acha???
- Perfeito, disse o sacristão; O seu Joãozinho está velho, enxerga pouco, não vai notar nada !!!

Domingo, Joãozinho assistiu a missa inteira, aguardou que todos saíssem da igreja e o sacristão fechou a porta.

Levantou-se do banco e se encaminhou para o confessionário.
Passaram-se alguns minutos e lá veio o sacristão abanando as asas sobre o confessionário. Joãozinho se ajoelhou. E o 'anjo', com voz angelical, perguntou:
- Meu filho, por que você não quis se confessar nem com o padre e nem com o sacristão?
- Sabe o que é, seu anjo, é que eu estou comendo a mãe do padre e a mulher do sacristão!!! Entendeu agora porque eu não queria me confessar com eles?

- Entendi, meu filho, disse o 'anjo'. - Então eu lhe dou como penitência, 200 Ave Marias pela mãe do padre e 2000 Pai Nossos pela mulher do sacristão.
Está bem assim, meu filho???
- Justíssimo, seu anjo, respondeu Joãozinho. Por isso que eu queria me confessar com quem entende. 2000 Pai Nossos pela mulher do sacristão, contra 200 Ave Marias pela mãe do padre é mais que justo, pois a mulher do sacristão é 10 vezes mais gostosa que a mãe do padre.

- Muito obrigado seu anjo, já vou agora mesmo, lá pro altar, pagar a penitência !!!

O 'anjo' aguardou um instante, fez um sinal para o padre que o puxou de volta e, curioso, indagou:
- E aí, meu filho, como foi a experiência???

- Horrível seu padre... horrível!!!

Desci como anjo, subi como corno, puxado por um filho da puta!!!

Lá como cá




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3 – À ESPERA DO FUTURO








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PEDRO TADEU



Crespo deixa-me triste 

                 mas Relvas assusta-me


Mário Crespo é um jornalista prestigiado. O director do Expresso, Ricardo Costa, também. Nunca trabalhei com qualquer um deles. Pelo que leio e vejo, há anos, formei uma opinião. Sobre o primeiro, tenho respeito profissional. Sobre o segundo, tenho admiração.

Costa co-assina uma notícia polémica sobre Crespo. A história, que confronta os dois jornalistas empregados de Francisco Pinto Balsemão, começou no site do semanário, quarta-feira, com um título taxativo: "Mário Crespo convidado pelo Governo para correspondente da RTP em Washington."

Vieram os desmentidos. O próprio Crespo, admitindo o gosto em voltar a desempenhar tal tarefa, começa por dizer ao jornal onde é colunista que "nenhuma proposta formal" lhe fora apresentada. Mais tarde, no espaço da SIC Notícias que edita, intervém para garantir que tal informação é "integralmente falsa". A administração da RTP, por seu lado, emite um comunicado onde informa que "não houve nenhuma tentativa de impor qualquer nome".

Sábado, o Expresso, na versão impressa, volta à carga: "Relvas defendeu Crespo em reunião" com o Conselho de Opinião da RTP. No dia seguinte, o presidente do dito Conselho precisa ao JN que foi durante "uma conversa informal com o ministro Miguel Relvas, para apresentar cumprimentos" e que "o ministro assinalou que Mário Crespo foi o único jornalista português a ter tido acreditação do departamento de Estado norte-americano", o que é interpretado, pelos vistos, como um elogio.

Mário Crespo, nos últimos anos, notabilizou-se por ser crítico do Governo de José Sócrates. Estava no seu direito, só tinha de respeitar regras básicas de conduta profissional. Não pode é esperar que qualquer nomeação sua que envolva o actual poder - mesmo indirectamente - não seja interpretada como um prémio por serviços prestados. Será uma injustiça factual, mas tal como nós jornalistas exigimos aos políticos comportamentos exemplares sobre hipotéticos conflitos de interesses - sempre com o argumento de "à mulher de César não basta ser séria, tem de parecê-lo" - não podemos exigir menos de nós próprios.
O que vai na consciência de Crespo será, no entanto, irrelevante para o País. Mas é relevante o que se passa na cabeça de Miguel Relvas, que sobre isto nada desmente ou confirma. Um ministro que, em encontro informal com pessoas que tutela, liberta elogios e críticas, com ar descontraído, sobre jornalistas que os seus interlocutores têm de avaliar, deixa-me muito assustado quanto ao que aí vem na comunicação social. Espero, sinceramente, não ter razão.

IN "DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
23/08/11

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ESTÁTUAS  







CAETANO  VELOSO

SOZINHO



11 – Imaginária é a ponte entre 
hoje e amanhã



HOJE NO
"i"

Facturas escondidas. 
Governo suspeita de ilegalidades 
no Desporto
Instituto do Desporto não paga água, gás e electricidade desde 2010. Actual governo desconhece onde estão 
2 milhões do totonegócio

O governo suspeita de irregularidades e ilegalidades da administração do Instituto de Desporto de Portugal (IDP) sob tutela do anterior governo e vai enviar para o Ministério Público uma denúncia já esta semana.

Em causa estão 687 facturas "não contabilizadas encontradas numa sala fechada do Instituto de Desporto", no valor de quase 7 milhões de euros (6,780 milhões), denunciou ontem no parlamento o ministro dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas. A denúncia que será feita ao Ministério Público baseia-se no facto de as facturas não terem dado entrada na contabilidade do IDP.

A maior parte da fatia de dívidas não contabilizadas, quer em número de facturas quer em valor em dívida, refere-se ao segundo mandato do executivo de José Sócrates, de 2009 a 2011. A primeira factura encontrada data de 2004, ainda estava Santana Lopes no executivo, e refere-se a um serviço de limpeza de mais de 11 mil euros que o IDP não reconhece. As últimas (625) são relativas a 2011. Existem ainda, por exemplo, facturas referentes a obras no Estádio do Jamor.

Parte dos documentos diz respeito a serviços de limpeza, higiene e obras, e há ainda uma parte referente a fornecedores diversos de água, gás e electricidade a quem o IDP não paga desde Janeiro de 2010 - facturas que também não deram entrada no sistema, apurou o i. Relvas garante, no entanto, que não se trata de uma duplicação de documentos. "Questionei se tinha havido uma duplicação de facturação. Não existia", assegurou o ministro.

Para já, o actual governo não vai pagar aos fornecedores: "Não são compromissos assumidos. São facturas que estavam numa sala fechada", disse o ministro. Como não estavam contabilizados na transição de pastas, o actual executivo não vai liquidar de imediato: "Todos os compromissos que foram apresentados aquando da mudança do governo serão cumpridos. Quanto a estes, aguardaremos pelas entidades competentes", rematou. Os credores terão de esperar pelas decisões do Tribunal de Contas e do Ministério Público, para onde o secretário de Estado do Desporto, Alexandre Mestre, vai enviar os resultados da auditoria, "para serem apuradas as responsabilidades", disse Miguel Relvas. Com os pagamentos em atraso houve dois fornecedores que admitiram ter declarado falência.

Totonegócio O governo desconhece ainda o paradeiro de cerca de 2 milhões de euros do totonegócio. O dinheiro deu entrada no IDP, mas não seguiu caminho para o Ministério das Finanças. O ministro dos Assuntos Parlamentares esclareceu que "a receita que estava consignada" ao IDP, que a Santa Casa enviou ao instituto por receitas do Totobola, "não serviu para cumprir os objectivos assumidos". O dinheiro diz respeito a verbas do totonegócio (a forma encontrada para os clubes de futebol pagarem as dívidas) e ao Plano Mateus (o quadro geral de regularização de dívidas ao fisco e à Segurança Social).

A audição na comissão parlamentar de Educação era sobre a fusão de quatro institutos nas áreas do desporto e juventude, mas Miguel Relvas aproveitou para fazer uma denúncia, que envolvia directamente um dos deputados presentes na reunião: o ex-secretário de Estado do Desporto Laurentino Dias. A revelação de Relvas foi precisamente na resposta a uma pergunta do agora deputado socialista, que depois da intervenção do ministro acabou por sair da sala durante alguns minutos. A seguir, numa intervenção final, Laurentino Dias disse que não tinha conhecimento do caso relatado e acusou o ministro de ter tornado pública uma informação antes de confrontar os anteriores responsáveis. Mais tarde, em declarações aos jornalistas reafirmou que não sabia do caso: "Não sei explicar porque não conheço os factos. Nem é para mim admissível que essa situação tenha acontecido. Deve haver um mal-entendido que o governo deve esclarecer junto da anterior administração do IDP. Que eu saiba o IDP não tem tais dívidas."

As facturas foram descobertas quando a nova direcção do IDP tomou posse, no início de Agosto, e depois de alguns dos 176 credores começarem a telefonar para o departamento financeiro, que não encontrava no sistema de contabilidade as facturas referentes aos serviços cobrados.

Os documentos foram encontradas pela equipa financeira e pelo actual presidente do IDP, Augusto Baganha, em cima de uma mesa numa sala fechada. A auditoria posterior foi feita pelo director do departamento jurídico do IDP - antigo adjunto de Laurentino Dias -, que informou o secretário de Estado do Desporto, Alexandre Mestre, dos resultados.


* São estas parcelas escondidas e muito mais outras que nunca se descobrirão, o despesismo do Estado e a ganância da banca que colocaram o país na bancarrota. Essa de "Os portugueses consumirem acima das possibilidades" é a Grande Aldrabice para justificar e manter impunes os autores dos sucessivos desgovernos.


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