16/08/2011

- UMA GRAÇA PARA O FIM DO DIA


O FAMIGERADO JOÃOZINHO


Joãozinho, aos 70 anos, residindo numa pequena e pacata cidade, abordou o padre na rua e segredou:

- Padre, eu nunca me confessei mas, como estou ficando velho, acho que chegou a hora !!! Só que eu gostaria de me confessar com um anjo... Tem jeito???
- Mas meu filho, com um anjo??? Isso é meio difícil!!! Olha, se minha presença o inibe, eu posso dar poderes ao sacristão para ouvir sua confissão!!!
- Não, padre, eu tenho dois pecados gravíssimos os quais só posso confessar a um anjo, tenho certeza!!!
- Bem, então, no domingo, vá a igreja e assista a missa. Após a missa, eu providenciarei um anjo para ouvir suas confissões.
Joãozinho, eufórico, exultou:
- Muito obrigado, seu padre, o senhor não pode nem imaginar a Paz que o senhor está me devolvendo !!!

E assim ...
Joãozinho, aos 70 anos, aliviado por ter resolvido o seu problema e o padre preocupado com o problema que acabara de arranjar.
Chegado à igreja, o padre chamou o sacristão, contou-lhe a estória e começaram a traçar o plano para levar um anjo ao confessionário.
- Faremos o seguinte, disse o padre: vou vesti-lo de anjo, amarro uma corda em volta do seu corpo, vou descendo-o sobre o confessionário e conforme for descendo você abana as asas. O que acha???
- Perfeito, disse o sacristão; O seu Joãozinho está velho, enxerga pouco, não vai notar nada !!!

Domingo, Joãozinho assistiu a missa inteira, aguardou que todos saíssem da igreja e o sacristão fechou a porta.
Levantou-se do banco e se encaminhou para o confessionário.
Passaram-se alguns minutos e lá veio o sacristão abanando as asas sobre o confessionário. Joãozinho se ajoelhou. E o 'anjo', com voz angelical, perguntou:
- Meu filho, por que você não quis se confessar nem com o padre e nem com o sacristão?
- Sabe o que é, seu anjo, é que eu estou comendo a mãe do padre e a mulher do sacristão!!! Entendeu agora porque eu não queria me confessar com eles?
- Entendi, meu filho, disse o 'anjo'. - Então eu lhe dou como penitência, 200 Ave Marias pela mãe do padre e 2000 Pai Nossos pela mulher do sacristão.
Está bem assim, meu filho???
- Justíssimo, seu anjo, respondeu Joãozinho. Por isso que eu queria me confessar com quem entende. 2000 Pai Nossos pela mulher do sacristão, contra 200 Ave Marias pela mãe do padre é mais que justo, pois a mulher do sacristão é 10 vezes mais gostosa que a mãe do padre.
- Muito obrigado seu anjo, já vou agora mesmo, lá pro altar, pagar a penitência !!!

O 'anjo' aguardou um instante, fez um sinal para o padre que o puxou de volta e, curioso, indagou:
- E aí, meu filho, como foi a experiência???
- Horrível  padre... horrível!!!

Desci como anjo, subi como corno, puxado por um filho da puta!!!


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Agosto é para relaxar











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Não foi posto ali por acaso




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FERNANDA CÂNCIO

FERNANDA CÂNCIO

Bom dia pobreza


A pobreza está a alastrar." É a declaração de princípio do Plano de Emergência Social apresentado há uma semana pelo Governo. E acrescenta: "O risco de cair em situação de pobreza também." Para fundamentar tão assertivas afirmações, nada. Poderia o ministro da Solidariedade apresentar factos, números, estimativas; mas não, prefere fazer de oráculo.
Ora - conselho grátis nestes tempos de anunciada escassez - é de desconfiar quando, existindo dados sobre um assunto, quem tutela organismos que compilam esses dados e tem a obrigação de sobre eles fundamentar políticas escolhe não os citar. O mais certo é contradizerem o que quer dizer. E o que o ministro quer dizer é que as políticas praticadas nos últimos anos, as do chamado Estado social, não serviram para nada, pelo contrário, "usaram os recursos em burocracia em vez de ajudar as pessoas", sendo pois preciso "pedir com humildade ajuda às instituições que em permanência garantem uma resposta social", ou seja, "menos Estado e mais IPSS". O que equivale, claro, a "melhor política social".
Descontemos, porque o espaço é curto, o facto de as IPSS serem generosamente financiadas pelo Estado e de se estar deste modo a anunciar um reforço desse financiamento; centremo-nos na ideia de que o Estado "não tem funcionado" nessa área. Temos sido, é certo, bombardeados, em notícias, reportagens e discursos partidários, com a certificação de que a desigualdade "tem vindo sempre a aumentar e a pobreza também". À direita e à esquerda as oposições foram coincidentes - e quão - nisso: tudo estava cada vez pior, nada funcionava.
Pouco importa pois que Eurostat e INE demonstrem que entre 2003 e 2009 a percentagem de população em risco de pobreza em Portugal passou de 20,4% para 17,9 (a média da UE é 16,3%), tendo nos idosos diminuído ainda mais, de 28,9% para 21% (o que corresponde a uma descida de 26%), no mesmo período. Pouco importa que o índice de Gini, o indicador da desigualdade na distribuição dos rendimentos, tenha registado uma diminuição recorde, de 0,378 para 0,337 (a média da UE é de 0,303). A propaganda, quer à direita quer à esquerda dos governos PS, decretou que nada disso interessa - ou é "mentira" -, que a pobreza alastrou e as desigualdades se adensaram.
Ora, se aquelas políticas não serviam eram precisas novas, não eram? Ei-las. E se a direita agora no poder nunca escondeu realmente ao que vinha, a esquerda do PCP e do BE pode felicitar-se por ter contribuído com denodo para abrir caminho à política dos restos e do assistencialismo. Quanto ao ministro Mota Soares, pode bem revelar-se um profeta. Num governo que aumenta 20% os transportes e prevê um passe social só "para muito pobres", confisca metade do subsídio de Natal sem explicar porquê, prevê aumentar ainda mais o IVA e quer tornar os despedimentos mais baratos ou mesmo grátis, a previsão de um aumento do risco de pobreza é pura honestidade. Mesmo que não seja. 


IN "DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
12/08/11

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       15 de Ago de 2011 20:00 – 16 de Ago de 2011 19:00


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Portugal é efectivamente um país de tradições e costumes bem enraizados!


"O País perdeu a inteligência e a consciência moral.
v
Os costumes estão dissolvidos e os caracteres corrompidos. 
A prática da vida tem por única direcção a conveniência. Não há princípio que não seja desmentido, nem instituição que não seja escarnecida.
b
Ninguém se respeita. Não existe nenhuma solidariedade entre os cidadãos.
v
Já se não crê na honestidade dos homens públicos.
m
A classe média abate-se progressivamente na imbecilidade e na inércia.
n
O povo está na miséria.
b
Os serviços públicos vão abandonados a uma rotina dormente.
b
O desprezo pelas ideias aumenta em cada dia. Vivemos todos ao acaso.
b
Perfeita, absoluta indiferença de cima a baixo! Todo o viver espiritual, intelectual, parado.
b
O tédio invadiu as almas. A mocidade arrasta-se, envelhecida, das mesas das secretarias para as mesas dos cafés.
b
A ruína económica cresce, cresce, cresce... O comércio definha, A indústria enfraquece. O salário diminui.
v
A renda diminui.
b
O Estado é considerado na sua acção fiscal como um ladrão e tratado como um inimigo."


Eça de Queirós

Texto está actualizadíssimo! Parece da semana passada...e da próxima


Orfeão Universitário do Porto

Sra do Almortão



CASA DA MUSICA 19 de Abril 2009


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4 - MEIA IDADE





Sentença de 1587 - Trancoso, Portugal

Arquivo Nacional da Torre do Tombo

SENTENÇA PROFERIDA EM 1587 NO PROCESSO CONTRA O PRIOR DE TRANCOSO

(Autos arquivados na Torre do Tombo, armário 5, maço 7)

"Padre Francisco da Costa, prior de Trancoso, de idade de sessenta e dois anos, será degredado de suas ordens e arrastado pelas ruas públicas nos rabos dos cavalos, esquartejado o seu corpo e postos os quartos, cabeça e mãos em diferentes distritos, pelo crime que foi arguido e que ele mesmo não contrariou, sendo acusado de ter dormido com vinte e nove afilhadas e tendo delas noventa e sete filhas e trinta e sete filhos; de cinco irmãs teve dezoito filhas; de nove comadres trinta e oito filhos e dezoito filhas; de sete amas teve vinte e nove filhos e cinco filhas; de duas escravas teve vinte e um filhos e sete filhas; dormiu com uma tia, chamada Ana da Cunha, de quem teve três filhas. Total: duzentos e noventa e nove, sendo duzentos e catorze do sexo feminino e oitenta e cinco do sexo masculino, tendo concebido em cinquenta e três mulheres". Não satisfeito tal apetite, o malfadado prior, dormia ainda com um escravo adolescente de nome Joaquim Bento, que o acusou de abusar em seu vaso nefando noites seguidas quando não lá estavam as mulheres. Acusam-lhe ainda dois ajudantes de missa, infantes menores que lhe foram obrigados a servir de pecados orais, completos e nefandos, pelos quais se culpam em defeso de seus vasos intocados, apesar da malícia exigente do malfadado prior.


[agora vem o melhor:]

"El-Rei D. João II lhe perdoou a morte e o mandou pôr em liberdade aos dezessete dias do mês de Março de 1587, com o fundamento de ajudar a povoar aquela região da Beira Alta, tão despovoada ao tempo e, em proveito de sua real fazenda, o condena ao degredo em terras de Santa Cruz, para onde segue a viver na vila da Baía de Salvador como colaborador de povoamento português. El-rei ordena ainda guardar no Real Arquivo esta sentença, devassa e mais papéis que formaram o processo".


7 – Imaginária é a ponte entre 
hoje e amanhã




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HOJE NO
" DIÁRIO  ECONÓMICO"
 
Finanças resolvem défice 
apenas com aumento da receita
A troika explicou as causas do desvio de dois mil milhões de euros no Orçamento do Estado deste ano e adiantou como será resolvido só com subida de receita.

O Governo resolveu o buraco orçamental de dois mil milhões de euros nas contas deste ano só através do aumento das receitas. A garantia de que o problema está encerrado foi dada pela ‘troika' e a soma de todas as medidas adicionais mostra que, afinal, o Governo pode escapar a cortes adicionais na despesa.
Pouco depois de tomar posse, o ministro das Finanças encontrou um desvio no Orçamento do Estado para este ano equivalente a 1,1% do PIB. São dois mil milhões de euros de buraco, provocado por insuficiências em vários sectores. Vítor Gaspar só identificou um dos motivos - a suborçamentação das despesas com pessoal nos ministérios da Administração Interna e da Defesa.
Mas no final da semana passada a ‘troika' identificou muitos mais. As receitas de taxas na Justiça estão abaixo do previsto, há menos dividendos do que o planeado, os fundos comunitários que deveriam ter sido canalizados para pagar salários dos professores afinal não foram, há despesas de capital acima do previsto e desvios na Saúde, enumerou Jürgen Kroeger, o representante da Comissão Europeia na troika.
A somar a esta lista de más notícias, há ainda dois buracos: o prejuízo do BPN que, em termos líquidos, chega a 320 milhões de euros e um buraco encontrado nas contas da Madeira, de 277 milhões de euros. Este último tem que ver com o accionamento de uma garantia prestada pelo Estado a uma empresa pública madeirense que não pagou aos credores.

Como tapar o buraco
Para colmatar o desvio total de dois mil milhões de euros, o Governo não conta, para já, com o contributo de nenhum corte adicional e significativo do lado da despesa. Antes pelo contrário: as medidas previstas são todas do lado da receita. Desde logo, o Governo vai aplicar uma sobretaxa no IRS de 3,5% para todos os rendimentos, que equivale a cerca de metade do subsídio de Natal. Com esta medida, que está prometido que será apenas para este ano, os cofres do Estado arrecadam 840 milhões de euros extra. Em seguida, o Executivo vai antecipar o aumento do IVA na electricidade e no gás, que vão passar para a taxa máxima já em Setembro (ver pág. 18) e soma 100 milhões de euros. Contas feitas, são 900 milhões de euros.
A este valor há que acrescentar cerca de 500 milhões de euros de receitas extraordinárias de concessões, o que dá um total de 1.400 milhões de euros. Por fim, e para o que faltar, o Governo conta com a transferência de fundos de pensões da banca para a Segurança Social. Para este ano as necessidades estimadas pela ‘troika' são de 600 milhões de euros. Contudo, na prática esta medida é uma almofada, válida para vários anos e que permitirá ir buscar tanto quanto for preciso para tapar o buraco (ver pág. 16).
Perante as medidas adicionais tomadas, foi a própria ‘troika' que frisou que "o buraco está fechado", nas palavras do representante da Comissão Europeia. Daí que apesar da reunião do Conselho de Ministros da passada quinta-feira ter durado dez horas, o ministro das Finanças não tenha, afinal, apresentado qualquer corte adicional na manhã de sexta-feira. Nessa mesma manhã, Kroeger precisou ainda durante a conferência de imprensa que o encontro dos ministros teve como objectivo "a definição de tectos de despesa para 2012" e não os cortes para este ano.
Vítor Gaspar tem garantido que vai apresentar cortes na despesa de forma mais genérica no final deste mês, com o relatório de estratégia orçamental. Só no Orçamento para 2012, em meados de Outubro, apresentará medidas mais concretas, garante. Mas a ‘troika' já mostrou que o esforço para tapar o buraco do orçamento já está totalmente acautelado pelo lado da receita.


* Esta "receita" de que se fala traduz-se por saque ao bolso dos contribuintes. Ainda não se vislumbrou qualquer medida eficaz da parte do governo para estimular a economia, continuamos no pântano das promessas e no horizonte só se vêem imagens tenebrosas de desemprego a aumentar e os grandes patrões a enriquecer, só quem não esteve atento aos programas eleitorais dos PSD e CDS tem motivos para estar espantado.

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