12/08/2011

- UMA GRAÇA PARA O FIM DO DIA


As delícias do casamento.....

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Ontem à noite eu estava sentado no sofá, a ver televisão, quando ouvi a voz da minha mulher vinda da cozinha:
- "O que tu vais querer para o jantar, meu amor ? Frango, croquetes  ou pernil ?"
Eu disse:
- "Vou querer frango querida, obrigado."
Ela respondeu:
- "Tu vais é comer sopa ! Eu estava a falar com o cão."

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MACHÍSSIMO





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BAPTISTA BASTOS


 

O Marcelo diz que não percebe!


Disse o Marcelo Rebelo de Sousa: "Não percebo porque é que o trabalho paga, e o capital não." Claro que o Marcelo percebe muito bem o porquê do facto. Mas o Marcelo gosta muito de dizer coisas e de dissimular os factos. Não é com a aplicação de reajustamentos incidentais que o mundo se recompõe e Portugal melhora. O Marcelo, inteligente e perverso, nada tolo e muito ligeiro, é daqueles comentadores do óbvio que não arriscam nenhuma opinião contrária às opiniões dominantes. Irrita um pouco, à direita e à esquerda, mas trata-se de brotoeja passageira.

A afirmação do Marcelo, no comentário habitual, aos domingos, na TVI, constitui a repetição, dramática por ser repetição, do conteúdo do seu método de ideias. Acaso ele desejasse criar contenciosos, desfazer compromissos de classe e outros, atacar o preço pago pelo poder, tudo isso seriam razões do nosso contentamento. Sobretudo, do nosso esclarecimento fundamental. Mas não. No essencial, o Marcelo cala, consente, desvia, e crê, com cinismo e advertida fidelidade, no sistema louco que nos destrói e liquida lentamente.

O que é grave. O Marcelo é um intelectual muito arguto, muito lido e muito capaz de nos surpreender. Assim, torna mais pesada a responsabilidade que lhe cabe nesta cumplicidade tenebrosa. O espectáculo mediático, por ele protagonizado, todos os domingos, é o fácil recurso à atenção dos outros. Claro que gosto de o ver e de o ouvir. E admito, sem reticências, que o aprecio pessoalmente. Não faz batota. Ou, melhor, a batota que pratica é outra: pertence aos domínios da prestidigitação e do malabarismo. Sabe, como nenhum outro preopinante das televisões, utilizar a frase-chave, a locução com efeito pirotécnico, a contradição como testemunho da diferença.

O Marcelo dá umas bicadas, pequeninas para não degenerarem em infecção, mas, infelizmente, nunca nos informa, nunca toma posição antagónica àquela que pertence ao discurso e à acção reinantes. "Não percebo porque é que o trabalho paga, e o capital não." A frase contém, no seu bojo, algo de degradante, por imoral. O sistema de que é paladino permite e estimula a indignidade, aquela e outras mais.

O Marcelo, lido em Keynes, tem, desde há muito, conhecimento de que o capitalismo é autofágico porque não sobrevive à tentação de "fornecer os ricos com meios para que fiquem mais ricos". E, também, de que esta etapa acelera o processo de dissolução do sistema, quando se lhe pode aplicar a metáfora de Dostoievski, Os Irmãos Karamazov: "Se não há Deus, tudo é permitido."
Os factos estão ao alcance do nosso julgamento. As leis do "mercado" são- -nos impostas sem debate, sem a formulação necessária para que as compreendamos.

O Marcelo diz que não percebe! Não percebe? Homessa!

IN "DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
09/08/11


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2 - MEIA IDADE




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6 – Imaginária é a ponte entre 
hoje e amanhã







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HOJE NO
" DIÁRIO  DE NOTÍCIAS"


IVA sobre electricidade e gás 
sobe já este ano
Numa curta conferência de imprensa sem direito a perguntas, o ministro das Finanças, Vítor Gaspar, anunciou esta manhã que o IVA da electricidade e do gás vai passar da taxa reduzida para taxa normal, de 23%, já no último trimestre do ano.

"É antecipado para o último trimestre deste ano o aumento da taxa do IVA sobre electricidade e gás natural", afirmou o governante.
O memorando de entendimento com a 'troika' previa que a subida do imposto da taxa reduzida de 6% para a normal (23%) acontecesse apenas no primeiro semestre do próximo ano.

O Governo espera conseguir assim uma receita adicional de 100 milhões de euros ainda este ano.
A antecipação justifica-se, segundo Vítor Gaspar, porque foi detectado um desvio "previsível" de 1,1% do objectivo do défice orçamental. Ou seja, mesmo contabilizando a taxa extraordinária sobre o subsídio de Natal criada pelo Governo, a execução orçamental passou de um défice previsto de 5.9% para 6,3% do PIB.
"O impacto deste aumento sobre os consumidores de menores recursos será minorado pela tarifa social", acrescentou Vítor Gaspar.
O ministro das Finanças anunciou ainda que "será aplicado já em Setembro o congelamento das progressões remuneratórias no Ministério da Administração Interna e no Ministério da Defesa".
Vítor Gaspar fez ainda questão de constatar "com satisfação" "a avaliação positiva [da troika] sobre o cumprimento do programa de austeridade".
A missão de avaliação da troika está em Portugal a avaliar o cumprimento do acordo de ajuda externa. As conclusões desta missão serão divulgadas ainda esta manhã.

* Sem electricidade ou sem gás nada se produz em Portugal, portanto vai aumentar TUDO mais de 10%,  a tarifa social beneficia 5 portugueses em cada 100.



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