Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
05/06/2011
A diferença entre
o CORRECTO e o JUSTO
Coincidentemente, dois juízes encontram-se no estacionamento de um motel e, constrangidos, reparam que cada um está com a mulher do outro.
Após alguns instantes e mantendo a compostura própria de magistrados, em tom solene e respeitoso um diz ao outro:
Nobre colega, inobstante este fortuito imprevisível, sugiro que desconsideremos o ocorrido, crendo eu que o CORRECTO seria que a minha mulher venha comigo, no meu carro, e a sua mulher volte com Vossa Excelência no seu.
Ao que o outro responde:
Concordo plenamente, nobre colega, que isso seria o CORRECTO, sim... no entanto, não seria JUSTO, levando-se em consideração que vocês estão saindo e nós estamos entrando...
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1 - Escravos da Superstição
Richard Dawkins
Escravos da superstição é um vídeo sobre como rituais irracionais de fé baseados em nenhuma evidência lucran bilhões de dólares por ano enganando as pessoas com falsas esperanças. O que resulta no esvaziamento de suas mentes e carteiras. Traduzido e legendado pela distribuidora La dignidad Rebelde, difusión libertaria.
MANUEL ANTÓNIO PINA
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Afinal a bactéria que tem andado a infectar e matar alemães e viajantes chegados do Norte da Alemanha é, revelou a Organização Mundial de Saúde, uma nova estirpe da familiar "escherichia coli". Os pepinos espanhóis (desta vez a coisa demorou menos tempo a apurar do que sucedeu no caso do incêndio do Reichstag) foram só o bode expiatório das autoridades alemãs.
Feios, PIGS e infecciosos
Afinal a bactéria que tem andado a infectar e matar alemães e viajantes chegados do Norte da Alemanha é, revelou a Organização Mundial de Saúde, uma nova estirpe da familiar "escherichia coli". Os pepinos espanhóis (desta vez a coisa demorou menos tempo a apurar do que sucedeu no caso do incêndio do Reichstag) foram só o bode expiatório das autoridades alemãs.
Um bode expiatório, como os comunistas em 1933, perfeitamente credível para o alemão comum, já que a Espanha é, com Portugal, Irlanda e Grécia, um dos tenebrosos PIGS, os países feios, porcos, maus, preguiçosos e gastadores da periferia do "lebenraum" comunitário da senhora Merkel cujos problemas a impecavelmente asseada Banca alemã "ajuda" a resolver a generosos juros usurários enquanto se ajuda não menos generosamente a si mesma.
Países que não sabem governar-se e que, por isso, tem que ser a sempre esforçada Alemanha, por interposta UE, a governá-los e, como na Grécia, a cobrar-lhes os impostos e encarregar-se da privatização das suas empresas e serviços públicos (e a altura chegará em que os próprios governos dos países "ajudados" terão que ter o "agreement" do chanceler de serviço em Berlim).
A declaração de inocência dos pepinos PIGS faz supor que - disse-o à BBC Reinhard Burger, presidente do Instituto Koch - possa nunca vir a ser descoberta a origem do surto infeccioso. Principalmente se a origem for, digo eu, a carne alemã.
IN "JORNAL DE NOTÍCIAS"
03/06/11
ALMORRÓIDA GENEROSA
Banco Alimentar: 64 toneladas
recolhidas pela internet
O Banco Alimentar Contra a Fome obteve na Internet 64 toneladas de alimentos até às 12h30 de hoje, no âmbito da campanha iniciada no dia 26 e que termina à meia-noite, disse à agência Lusa a presidente da instituição.
De acordo com Isabel Jonet, a recolha de bens através da Internet, realizada pela primeira vez pelo Banco Alimentar, obteve donativos de muitos cidadãos fora de Portugal.
O site (www.alimentestaideia.net) foi visitado por pessoas de 94 países: "Foi muito gratificante ver doações de tantos países". A maior parte das contribuições veio de Portugal, seguindo-se Angola, Brasil, Suíça e Reino Unido. Muitos emigrantes terão "contribuído para a sua região", afirmou Jonet. "Até ao fim do dia ainda vai ter mais" doações, declarou a responsável pelo Banco Alimentar.
No portal podem ser consultadas as quantidades de alimentos pagos por esta via - 24.723 litros de leite, 10.328 quilos de açúcar, 10.458 litros de azeite, 2.461 quilos de atum, 6.852 quilos de salsicha e 9.306 litros de óleo.
IN "CORREIO DA MANHÃ"
05/06/11TENHA UM BOM DOMINGO
... ala que se faz tarde, vá votar
COMPRE JORNAIS E REVISTAS
e são os primeiros a queixar-se
Mais de 60% dos eleitores
não alteram férias para votar
No total, 63% dos eleitores portugueses confessam que não vão alterar o período de férias para ir votar neste domingo, caso a data colida com as eleições.
A conclusão é de um estudo do IPAM – The Marketing School, revelado este sábado, que adianta que, apesar disso, 69% não têm dúvidas de que as eleições legislativas são benéficas para o futuro do País.
Quando questionados sobre a forma como decidem em quem votar, 46% referem que têm por base o programa eleitoral.
Um em cada três eleitores decide o seu sentido de voto em função da personalidade do candidato e sete por cento mostram-se fiéis à sua ideologia política: vota sempre no mesmo partido.
Já 82% dos eleitores referem que a situação de crise político-económica que o País atravessa vai pesar “muito” na decisão sobre em quem votar.
A taxa de abstenção e o voto em branco são outros dos itens a que o trabalho dá resposta: 93% consideram que, perante a situação de crise político-económica, “boicotar” a ida às urnas não é a solução.
Por outro lado, 79% acreditam mesmo que a sua cruz no boletim “faz a diferença”. Todavia, o voto em branco é interpretado, por 85%, como uma manifestação de desagrado para com a classe política.
O estudo ‘Perfil do Eleitor Português’, elaborado pelo IPAM, teve por base um inquérito electrónico, realizado entre os dias 5 e 30 de Maio. O universo deste estudo é constituído por indivíduos de ambos os sexos com idade igual ou superior a 18 anos, recenseados e residentes em Portugal Continental. Para efeitos de estudo, foram tidos como válidos e contabilizados 536 inquéritos realizados.
"CORREIO DA MANHÃ"
desmazelo governativo
Portugueses no Brasil sem boletins de voto
Nem todos os portugueses residentes em São Paulo poderão exercer, neste domingo, o seu direito de voto nas eleições legislativas, por falha atribuída aos serviços diplomáticos.
Na véspera da votação, ainda há imigrantes que não receberam a correspondência do governo de Portugal e, por isso, não poderão manifestar a sua escolha.
É o caso de Hugo Pinho, que se mudou para o Brasil em Fevereiro no âmbito de um programa de estágio. Assegura que se inscreveu no consulado assim que foi marcada a data da eleição, mas o boletim ainda não chegou.
“Ainda quero ver se consigo votar. Além de ser um direito meu, é um dever”, disse à Agência Lusa.
O comerciante Arménio Antunes também corre o risco de ficar sem voto nestas eleições.
“Até fui a um endereço antigo, mas a correspondência também não chegou lá”, afirmou.
“Eu estou com a minha ficha em dia no consulado e sempre fiz questão de votar. Isso é falta de organização”, criticou.
Funcionários do Consulado-Geral de Portugal em São Paulo dizem que os boletins ainda podem chegar hoje.
O Estado de São Paulo possui o maior número de eleitores portugueses no estrangeiro, com 48 mil inscritos.
Até sexta-feira, o consulado português emitiu quatro mil certidões de eleitor, documento que precisa ser enviado juntamente com o voto.
"SOL"
desde que não paguem para destruir
Saída para a crise pode estar na agricultura
O setor agrícola pode "ajudar o país a sair da crise" se houver uma aposta no crescimento da produção nacional e se as novas gerações abraçarem uma profissão que se tornou mal amada.
"Há muita necessidade de mão de obra nesta actividade. Se as pessoas quiserem têm imensas oportunidades. É uma das actividades que vai poder ajudar o país a sair da crise", disse João Coimbra, agricultor, à agência Lusa.
Com produção numa área que não necessita de grandes quantidades de mão de obra -- cerca de 350 hectares, na esmagadora maioria milho, mas também floresta, que empregam oito pessoas a tempo inteiro -- João Coimbra assegura que "se as pessoas quiserem dedicar-se a esta actividade têm imensas oportunidades".
No seu entender, este setor pode absorver a mão de obra desempregada, sublinhando que as condições de trabalho atuais no campo são incomparavelmente melhores que as que criaram um estigma em volta do trabalho agrícola. Para João Coimbra, é essencial que se atinja o objetivo da "auto suficiência em valor", isto é que a produção nacional cubra o consumo e se compensem os produtos que forçosamente o país tem que importar, por não ter condições para os produzir, exportando outros em que possamos ser excedentários.
Há água e terra em Alqueva
"Por exemplo, no milho temos muito caminho a fazer. Temos uma região enorme no Sul de Portugal, com o grande investimento que se fez no Alqueva, onde há terrenos e água disponível", disse.
A sua esperança é que "haja novos agricultores, novas gerações" a apostarem no setor, sendo esse porventura "um dos maiores desafios que temos pela frente, o da renovação e da vinda de novos empresários, com mais formação e com vontade de ter uma profissão digna e com um rendimento que faça com que haja mais atração por esta actividade".
A sua empresa não se esgota na produção de milho. Possui uma área florestal -- montado, eucalipto e pinheiro -- virada para a indústria e a exportação (cortiça, pasta de papel, madeira), uma actividade "bastante interessante" e também ela a precisar de mais gente a investir, disse.
Produzir cá é dinheiro que não sai do país
"Fala-se muito no apoio às empresas exportadoras, na internacionalização das empresas, mas esquece-se a agricultura, em que tudo o que conseguir produzir é valor que não se importa", disse. João Coimbra aponta duas vantagens da não importação, é dinheiro que não sai do país e "não temos que gastar energia para levar os nossos produtos para o estrangeiro".
"Os apoios ao setor têm um retorno muito rápido", disse, lembrando Luís Mira, Secretário-geral da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) que, em cada 100 euros investido na agricultura, o agricultor paga 70, a União Europeia 24 e o Estado português apenas 6, sem contar com o que recebe depois em impostos gerados.
Também Libério Alcobio, que produz no modo biológico, aponta o setor como um potencial a explorar. Na área em que apostou a procura é crescente -- o que produz não chega para as encomendas -, sobretudo de nichos de mercado no
estrangeiro, que procuram produtos de altíssima qualidade.
"Nós, como país pequeno, com o clima e os solos que temos, só tínhamos que produzir essa qualidade que éramos auto suficientes. Devia haver uma aposta muito grande do Ministério da Agricultura", disse à Lusa.
"LUSA/EXPRESSO"
a que preço????
A guerra contra a droga falhou.
Chegou a hora de descriminalizar
A palavra "guerra" aparece rasurada na capa do relatório de 24 páginas que a Comissão Global de Políticas sobre Drogas apresentou ontem em Nova Iorque. Até porque o documento não peca pela brandura, com os signatários a apontar o dedo aos culpados: todos os países que, "50 anos depois do lançamento da Convenção Única das Nações Unidas sobre Estupefacientes e 40 anos depois de o presidente [Richard] Nixon ter lançado uma guerra às drogas pela administração norte-americana", continuam a "criminalizar, a marginalizar e a estigmatizar as pessoas que consomem drogas mas que não fazem mal a ninguém".
Não são novas as palavras, mas são novas (e até inéditas) as posições de quem as subscreve. Presidida por Fernando Henrique Cardoso, antigo presidente do Brasil, a Comissão inclui nomes de peso, como o do actual primeiro-ministro grego, George Papandreous, dos escritores Carlos Fuentes e Mario Vargas Llosa, do ex-chefe da diplomacia da UE Javier Solana e até de Kofi Annan, ex-secretário- -geral da ONU.
Ao todo, são 19 as personalidades que compõem o grupo que ontem apresentou o seu relatório a Ban Ki-moon; seguem--se intervenções junto dos governos nacionais. Com um único objectivo: pedir a descriminalização imediata do consumo de drogas.
"i"
orgulho português
Prémio Pritzker
Obama compara Souto de Moura
a Thomas Jefferson
"Como Jefferson, [Souto de Moura] passou a sua carreira não apenas a redefinir as fronteiras da sua arte, mas a fazê-lo de maneira que serve o bem público", disse Barack Obama na entrega do Pritzker 2011 ao arquiteto português, em Washington.
Ao lado da primeira-dama, Michelle Obama, o presidente enalteceu "as formas simples e linhas limpas" dos trabalhos de Souto de Moura, que se enquadram facilmente no ambiente circundante.
"Souto de Moura desenhou casas, centros comerciais, galerias de arte e estações de metro, tudo num estilo tão natural quanto belo. É um especialista no uso de diferentes materiais e cores", adiantou o presidente norte-americano.
Obama adiantou que o Estádio de Braga é "talvez a obra mais famosa" do arquiteto portuense, relevando em particular a solução de construí-lo ao lado de uma montanha.
"Também teve grande cuidado para posicionar o Estádio de maneira a que quem não possa ter bilhete pudesse ver o jogo dos montes circundantes. Como o [estádio de basebol em Chicago] Wrigley Field, em versão de Portugal", ironizou
"VISÃO"
homofobia ileglizada
Um casamento gay por dia
no primeiro ano da nova lei
A palavra passa. Que cartório? Que restaurante? Há noivos à procura de sítios para casar sem risco de ter empregados a rir. A nova lei que prevê o casamento entre pessoas do mesmo sexo faz um ano dia 5 de Junho.
Namorava há 15 anos. Horrorizava-o a ideia de ter um homofóbico a celebrar o seu casamento. Sonhara tanto com aquele momento. Tudo tinha de ser perfeito. No dia da promulgação da lei que prevê o casamento entre pessoas do mesmo sexo, João Paulo encontrou uma simpática vizinha na garagem. "Agora, já o posso casar." Não percebeu o que ela queria dizer com aquilo. "O que faz?", perguntou-lhe. Ela sorriu: "Casamentos." Ele alegrou-se: "A sério? Qual é o seu cartório?"
A vizinha de João Paulo trabalha no Porto. O distrito ocupa o segundo lugar na tabela de casamentos entre pessoas do mesmo sexo - apenas Lisboa o ultrapassa. Desde que a lei entrou em vigor, a 5 de Junho do ano passado, registaram-se 380 no território nacional - a que se juntam outros 30 nos consulados portugueses no estrangeiro.
O responsável pelo portal Portugal Gay não correu para o cartório. Casou a 4 de Outubro. Queria uma festa a sério. E teve-a. Recebeu 150 convidados numa quinta. Só numa marcha ou num arraial do "orgulho" se teria visto tantos activistas LGBT - Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgéneros. Até corria uma piada: "Se caísse uma bomba, morria 90 por cento do activismo".
"PÚBLICO"
estamos em primeiro
Postiga garante a liderança
PORTUGAL VENCE (1-0) NORUEGA
NO ESTÁDIO DA LUZ
Avançado português marcou aos 53 minutos, após um centro preciso de Nani, num jogo em que a Seleção Nacional, apesar de todo o domínio evidenciado, encontrou algumas dificuldades para superar o muro defensivo norueguês. Portugal volta a entrar em campo no dia 2 de setembro, em Chipre.
"RECORD"
votem mesmo, o direito é um dever
As primeiras legislativas para quase
200 mil portugueses
Desde 2009, entre 180 mil e 200 mil jovens
ganharam o direito de votar
O DN falou com cinco eleitores que hoje vão às urnas escolher o Parlamento pela primeira vez.
Conheça as histórias de Sara, que vive com a mãe em Silvares, Tondela, e no próximo ano quer estar em Coimbra, na faculdade, a estudar Economia; de João, que em Cascais se prepara para repetir o 12.º ano para acertar no curso superior que quer; de Joana Pereira, que tem a família na Alemanha e vai tirar um ano de "sabática" antes da universidade; de Joana Duarte, que faz pontaria a um curso ligado à informática; e de Julien, que chegou há sete anos a Portugal, vindo de França com a mãe, está a acabar o primeiro ano da faculdade, em Braga.
Os estudos mostram que estes jovens são território fértil para a abstenção, diz a investigadora Marina Costa Lobo, mas não é o caso destes cinco que falaram com o DN.
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
filmar a realidade
Filmes do Festróia abordam crise financeira
É uma 27ª edição do Festróia dominada pela grave recessão económica. Ainda com o usufruto do Auditório da Anunciada, como 'sala emprestada', e as obras paradas do Fórum Municipal Luísa Tódi. "Recomeçarão em Agosto e terminarão em 2012", informou a Directora do Festróia, Fernanda Silva, sábado passado, durante o discurso da sessão de abertura.
É uma 27ª edição do Festróia dominada pela grave recessão económica. Ainda com o usufruto do Auditório da Anunciada, como 'sala emprestada', e as obras paradas do Fórum Municipal Luísa Tódi. "Recomeçarão em Agosto e terminarão em 2012", informou a Directora do Festróia, Fernanda Silva, sábado passado, durante o discurso da sessão de abertura. .
Talvez por isso, não deixe de ter uma curiosidade suplementar a passagem na Secção Oficial de um filme finlandês, cujas personagens vivem à custa da Segurança Social e enfrentam graves problemas financeiros, sendo que a felicidade de um jovem casal depende da compra de uma 'box' para a TV digital.
O filme chama-se 'Odisseia na Lapónia' e é exibido este domingo, às 21h30, no Auditório da Anunciada, em Setúbal.
Entretanto, ainda de manhã, pode ser descoberto (ou revisto) o filme de Marco Martins 'Como Desenhar Um Círculo Perfeito' e, já à tarde, a oportunidade de ver mais um filme integrado na homenagem que o Festróia presta à cinematografia da Turquia, com a exibição de 'Destino', de Zeki Demirkubuz, realizado em 2006.
"SÁBADO"
bons de pinga
Dez vinhos portugueses conquistaram
medalhas de ouro em concurso internacional
Dez vinhos portugueses e quatro da Galiza, Espanha, conquistaram medalhas de ouro num concurso internacional de vinho Alvarinho que terminou este sábado em Melgaço, disse à Lusa o presidente da Câmara local.
Segundo Rui Solheiro, os 10 vinhos portugueses são todos da sub-região de Monção e Melgaço, sendo dois do primeiro concelho e oito do segundo.
"Isto só prova a qualidade do vinho Alvarinho que aqui é produzido", referiu Solheiro, sublinhando a "craveira " do júri do concurso, constituído por 12 especialistas internacionais.
Nesta primeira edição do "Alvarinho International Wine Challenge" concorreram 70 amostras de vinhos daquela casta, oriundas da sub-região de Monção e Melgaço, de outras regiões portuguesas e ainda da Espanha, Estados Unidos da América e Uruguai.
Do júri faziam parte escansões, chefes de cozinha, jornalistas e críticos de vinhos, oriundos do Brasil, Espanha, Estados Unidos, Alemanha, Suíça, Dinamarca e Portugal.
"JORNAL DE NOTÍCIAS"
também jogam...
Grupo H: Dinamarca vence Islândia
e passa para a frente
A Dinamarca foi vencer à Islândia por 2-0 e passou a somar 10 pontos no Grupo H de qualificação para o Euro-2012, o mesmo em que está inserida a Selecção portuguesa.
Os dinamarqueses só na segunda parte encontraram o caminho para o golo, com o «suplente» Lasse Schøne (entrou após o intervalo) a inaugurar o marcador aos 60 minutos. Christien Eriksen, aos 75 minutos, completou a vitória.
Com este resultado, a Dinamarca passa a somar 10 pontos em cinco jogos, os mesmos que a Noruega e Portugal vencedor do jogo de ontem.
"A BOLA"
26 - ILUSTRES PORTUGUESES DE SEMPRE »»» jaime cortesão
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Jaime Cortesão (Ançã/Cantanhede, 29-4-1884 – Lisboa, 14-8-1960) foi um intelectual que, privilegiando concomitantemente a investigação, a reflexão e a acção, ocupou um lugar proeminente na cultura política e na cultura histórica do seu tempo, sobretudo pela afirmação de um duplo combate – político e de reavivar a consciência histórica e cívica – presente na produção escrita e na acção cultural e cívica.
O impulso dinamizador e o sentido da convergência foram os traços mais característicos da sua personalidade. Foi sobretudo um «polarizador de doutrina», um «catalisador» de ideias, como o definiu Aquilino Ribeiro, mais «congraçador» do que «hostilizador dos homens», como o considerou José Rodrigues Miguéis.
A partir da compreensão do universo mental e moral do autor e das múltiplas facetas da sua obra e da sua acção – enquanto poeta, dramaturgo, ficcionista, pedagogo, político e historiador – percebemos que compatibilizou a reflexão com a intervenção crítica activa, no contexto convulsionado do Portugal da I República, da Ditadura Militar e do Estado Novo. Desde o início da sua vida pública definiu uma linha de orientação e acção que permaneceu, no essencial, como matriz medular estruturante, ao longo do seu itinerário: a consciência indelével das responsabilidades inerentes ao seu estatuto social e intelectual de intervenção no curso dos acontecimentos, pela palavra e pela acção, com o propósito inviolável de estimular a formação de cidadãos activos, conscientes, críticos e intervenientes, ou seja, sem descurar o exercício de uma pedagogia cívica responsável e pertinente.
A indecisão na escolha da sua formação académica, que se manifesta no longo percurso pelo ensino superior (de 1898 a 1910) e pela frequência de diversos cursos (em Coimbra, Porto e Lisboa), não se define por uma ausência de convicções, antes como uma procura incessante de intervir no real e um prenúncio claro do seu percurso multiforme e da assumpção do polígrafo. Após a frequência do curso de Medicina, na Escola Médico-Cirúrgica do Porto, conclui a sua formação em Lisboa com a apresentação da tese licenciatura – A Arte e a Medicina. Antero de Quental e Sousa Martins (1910) – em que contesta, no essencial, a teoria de Sousa Martins sobre Antero. As reflexões que esboça nesta obra remetem para a crítica ao cientismo naturalista, à visão determinista dos fenómenos sociais e humanos, ao materialismo, ao determinismo fatalista, ao positivismo, e, por outro lado, expressam a empatia e a admiração pelo «divino Antero», a elevação vitalista e heróica da Arte, fundamentalmente da Poesia, a crença no «idealismo», na «livre metafísica» e numa «vasta e individualizada religiosidade». Cortesão exerceu durante muito pouco tempo Medicina, talvez porque o recurso à vida clínica, diria a Pascoaes em 1913, importaria a «morte moral» e a anulação das suas mais íntimas ambições: as «ambições de Artista».
O sentimento poético e a vocação para a escrita da poesia emergem durante os conturbados tempos de estudante em Coimbra e no Porto e, embora a sua produção seja mais intensa nos primeiros anos da República, a presença do Poeta será uma constante na produção literária e histórica, bem como na intensa actividade cívica. Antes do seu primeiro, e mais conhecido, livro de poesia – A Morte da Águia (1910), poema heróico – Cortesão publica algumas composições poéticas em periódicos de Coimbra e do Porto, sendo destacar a sua colaboração na Nova Silva (1907), revista que evidencia tendências anarquistas, libertárias e anticlericais e da qual foi fundador com Leonardo Coimbra, Álvaro Pinto e Cláudio Basto. As suas poesias surgem, na generalidade, imbuídas de panteísmo, romantismo, religiosidade, misticismo naturalista e de espiritualismo, inserem-se no movimento literário do Saudosismo, pela confluência de contrastes, sentimentos e ideais, forma de expressão e de estilo, mas integram um elemento que as singulariza, como assinalou Fernando Pessoa: o impulso/dinamismo heróico. A mesma tendência se esboça na escrita dos seus dramas históricos – O Infante de Sagres (1916) e Egas Moniz (1918) – e em Adão e Eva (1921), que ilustra o ambiente convulsionado do Portugal do pós-guerra. Neles se encontra subjacente o objectivo pragmático que atribui à produção dramática, como «instrumento de educação popular», moral e cívica colocado «ao serviço do ressurgimento heróico de Portugal».
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O ambiente de pessimismo finissecular, a consciência da decadência do presente, a necessidade do exercício de uma pedagogia cívica activa e moralizadora, determinam o envolvimento de Cortesão em projectos de intervenção cívica, educativa e cultural: a Renascença Portuguesa (1912) e, em moldes diferentes e noutro contexto, a Seara Nova (1921), com Raul Proença e Câmara Reis, entre outros. No primeiro deles, o «profeta dessa ideia» procurava, em conjunto com uma plêiade de intelectuais e artistas, despertar a vontade adormecida ou paralisada pelo cepticismo e por sentimentos decadentistas, num esforço colectivo que pudesse dar à revolução republicana um «conteúdo renovador e fecundo», possibilitasse a revivescência da Pátria e a revelação do carácter nacional. No seio deste projecto, que fez d’A Águia o seu órgão (dando-lhe «uma feição orientadora, educativa e crítica»), manifestavam-se as divergências e a comunhão com António Sérgio e Raul Proença que recusavam a filiação exclusiva do movimento no Saudosismo, como pretendia Teixeira de Pascoaes. A intransigência deste último determinou o afastamento de ambos do movimento. Cortesão adopta uma atitude conciliadora, para que as posições dos representantes de uma «ala de renascentes» – Proença e Sérgio – não inviabilizassem a concretização do ideal supremo de congregação e consensualização de vontades, com vista à renovação cultural e moral da nação. Ainda que filiando-se no «saudosismo prospectivo» de Pascoaes, Cortesão define-se como «poeta da acção» e procura dinamizar no movimento projectos pedagógicos, numa acção idealista, voluntarista, altruísta e educativa, fundando as Universidades Populares e a revista A Vida Portuguesa (1912-1915), da qual foi director e onde mantém uma acesa polémica com António Sérgio, vislumbrando o que os separava em relação à ideia de história e à própria função da Renascença. A Seara Nova, embora considerada por Cortesão como «a renascença da Renascença», pressupunha uma orientação muito mais interveniente na vida política, alicerçada na consciência da crise moral vigente. Propunha-se «renovar a mentalidade da elite portuguesa», capaz de auxiliar na formação de «uma opinião pública consciente, clamorosa, insofismavelmente imperativa»; promover o desenvolvimento de um vasto e completo plano de reformas da sociedade e das mentalidades que, para Cortesão, deveriam concomitantemente partir da resolução de dois problemas básicos: o educativo e o económico, apresentando como solução imediata a formação de um governo de competências nessas áreas fundamentais. Nos anos da Seara Nova o valor do estudo do heróico passado nacional mantém-se, mas surge vinculado à disciplina interior e crítica, à reflexão e introspecção, activando a inata capacidade do homem para ascender à perfeição, de herança iluminista, como concretiza nas Cartas à Mocidade (1921-1940). Já não considera, como nos tempos da Renascença (então em confronto com Sérgio), que o estrangeirismo fosse causa da decadência, capaz de desvirtuar a identidade portuguesa. Privilegia agora a urgência de educar «para e pelo trabalho» e, ainda, a necessidade da reforma da educação considerar a assimilação de ideias do exterior, para que Portugal reintegrasse a «elite da Humanidade, à qual durante os séculos XV e XVI pertenceu».
O pensamento político de Jaime Cortesão parte da simpatia pelas ideias anarquistas, libertárias e altruístas, tal como eram defendidas por outros académicos e publicistas, e que se vislumbra pela colaboração em revistas como a Nova Silva (1907) e A Vida (1909), pela dinamização do grupo dos Amigos do ABC e pela participação activa no movimento académico de forte contestação às práticas de ensino vigentes, despoletado em Coimbra em 1907. Defensor incondicional do republicanismo democrático, do igualitarismo reformista e idealista, em que a missão das elites surge continuamente afirmada, Cortesão, que ingressou na Maçonaria em 1911, participou activamente na propaganda republicana e, uma vez consumada a mudança política, empenhou-se na efectiva democratização do regime e das consciências. Este combate fez-se no seio dos movimentos e projectos de acção cívica e educativa mas não excluiu a intervenção política directa: no movimento revolucionário de 14 de Maio de 1915; na propaganda intervencionista [dirigindo o diário democrático O Norte (1914-15), redigindo A Cartilha do Povo (1916) e participando na I Grande Guerra, como capitão-médico voluntário (Memórias da Grande Guerra, 1919)]; na eleição como deputado pelo Partido Democrático de Afonso Costa, em 1915, do qual se afasta, em 1917, propondo a formação de um governo nacional com representação de todas as forças políticas (mais tarde, na Seara Nova, sugere a formação de um governo de competências e, em conjunto com outros seareiros, o recurso a uma «governação excepcional», de carácter transitório e reformador); na luta contra o Sidonismo e as sublevações monárquicas (Escalada de Monsanto – 1919).
Embora no final da Grande Guerra adopte um posicionamento apartidário, próximo de Sérgio e Proença, nunca deixou de assumir uma postura crítica, de vigilância e exigência, face ao poder político, como se pode entrever pelos artigos que publica na Seara Nova, pela sua intervenção no Grupo de Propaganda e Acção Republicana (1922) e na União Cívica (1923). A actividade política, tendo com esteio fundamental a imperiosa e indelével revolução cultural, moral e espiritual, na linha de Antero (veja-se o seu drama Adão e Eva e a polémica com Rodrigues Miguéis, nos inícios dos anos 30, em conjunto com Proença e Sérgio), prossegue com a participação activa na tentativa revolucionária de Fevereiro de 1927, que lhe valeu a demissão do cargo de director da Biblioteca Nacional, que exercia desde 1919 em estreita colaboração com Raul Proença, e a partida forçada para o exílio.
Em França e em Espanha até 1940 (ano em que regressa a Portugal, tendo sido preso em Peniche e no Aljube), e depois no Brasil até 1957, Cortesão empenha-se em dois combates, nunca relegando a responsabilidade cívica, moral e intelectual: 1º– a luta pelo restabelecimento da democracia em Portugal, lutando veementemente contra a Ditadura Militar e o Estado Novo [assim foi em França, com a activa participação na Liga de Paris, 1927-1930; em Espanha, a partir de 1931, com a dinamização do grupo de emigrados republicanos oposicionistas – Grupo dos Budas; e no Brasil com outras figuras da oposição democrática: Jaime de Morais, Moura Pinto e Sarmento Pimentel]; 2º– a prossecução da investigação e produção histórica, que já havia iniciado em Portugal, publicando estudos autónomos, colaborando em diversas publicações periódicas e em importantes empreendimentos colectivos (História do Regime Republicano em Portugal, 1929; História de Portugal, 1931-1934; História da Expansão Portuguesa no Mundo, 1940). A liberdade de acção e as afinidades históricas, culturais e linguísticas com o Brasil, permitem-lhe, a par da actividade conspirativa e oposicionista, um aprofundamento e alargamento dos estudos relacionados com a história da expansão portuguesa, com destaque para o Brasil colonial. O interesse pela história, que se radica nos inícios da sua vida pública, corresponde a uma exigência cívica, alicerçada na ideia de história enquanto lição de moral, mestra da vida (Cícero), adquirindo um propósito moralizante e pragmático; enquanto arte (Oliveira Martins e Fidelino Figueiredo), procurando e realizando «a verdade por meio da imaginação construtiva»; e, ainda, enquanto «escola de formação moral», capaz de, pelos exemplos cívicos e morais a vulgarizar, «extrair do passado as premissas do futuro, transformando-as numa regra de vida». Na escrita da história, sobretudo a partir do final da segunda década do século XX, revela-se um progressivo esforço reflexivo de interrogação e crítica, encarando a história como uma exigência de pesquisa fundamentada, que supera (embora não anule) o universo de divulgação com intencionalidade doutrinária e pragmática. A vinculação inicial à teoria do romantismo heróico de Carlyle, que mais tarde reformulará, bem como o recurso ao lendário, a necessidade de regeneração pela educação, a partir de uma «ensimesmação na história», no heróico passado nacional, conferindo ao ensino uma orientação nacionalizadora, percorrem a obra do pedagogo e do historiador, sem que comprometa a sua fidelidade à verdade e ao rigor em história, a sua «irrepreensível seriedade intelectual» (Jacinto Batista). Da sua vasta produção histórica, com enfoque nos Descobrimentos Portugueses, cuja fase mais produtiva ocorre no exílio, destacam-se como contributos inovadores: a abrangência de uma diversidade de factores no estudo da formação de Portugal e no início da expansão; a abordagem pluridisciplinar dos fenómenos históricos; a síntese crítica e a visão de conjunto que apresentou da expansão e da colonização portuguesas; as teses que formulou e as hipóteses que levantou, retomando alguns dos tópicos mais polémicos da historiografia portuguesa oitocentista sobre os Descobrimentos, permitindo o relançamento do debate e por ele a contestação, mas também a reformulação, ampliação e renovação dos estudos históricos sobre este período.
No Brasil colabora em diversos periódicos, realiza inúmeras conferências, rege cursos em algumas universidades brasileiras e é encarregue da organização da Exposição Histórica comemorativa do IV Centenário da cidade de São Paulo (1954). Aquando do seu regresso definitivo a Portugal, em 1957, prossegue o combate cívico pelo restabelecimento da legalidade democrática, colabora no Directório Democrático-Social, tendo o seu nome sido indigitado para candidato da oposição à Presidência da República, convite que declinou (como antes havia recusado assumir outros cargos políticos, num curioso jogo de sugestão mútua com António Sérgio), envolve-se na campanha de Humberto Delgado, é preso pela última vez em 1958 (com António Sérgio, Vieira de Almeida e Azevedo Gomes), ano em que foi eleito presidente da Sociedade Portuguesa de Escritores.
A exigência de cultivar e elevar o sentimento patriótico e a necessidade de alimentar a memória histórica e a consciência nacional percorrem o espírito de Cortesão, fundamentam o seu discurso pedagógico e moral e constituem uma exigência cívica. A coerência do seu percurso é marcada pela constante incorporação destes sentimentos e ideias. O que o singulariza? É a forma como a consciência histórica, o conhecimento do passado, determinou a sua conduta cívica e a forma como se integrou na sociedade do seu tempo.
O que permanece, ao longo da sua vivência pública, é uma exigência e um ideal de cidadania activa e imperativamente interveniente que o levaram a «militar e participar da luta em todos os campos, não excluindo o político». Esta consciência moral e histórica revê-se na prática de uma pedagogia cívica, imbuída de um imperativo ético e de exigência moral e altruísta, empenhada na formação moral e cívica dos cidadãos, como condição essencial da revitalização da identidade nacional e da democratização efectiva do regime republicano.
1. Bibliografia Activa (de indispensável consulta os inventários de Neves Águas)
por Elisa Neves Travessa
IN "http://cvc.instituto-camoes.pt/figuras/jcortesao.html"
ILHAVO
Distrito: AVEIRO
A cidade de Ílhavo é sede de um município com 75,05 km² de área e 41 271 habitantes (2008), subdividido em 4 freguesias. O município é dividido em três por braços da Ria de Aveiro e é limitado a norte e nordeste pelo município de Aveiro (limite terrestre a noroeste e através da ria a norte) e a sul por Vagos.
O concelho recebeu foral de D. Dinis em 13 de Outubro de 1296, tendo sido elevado a cidade em 9 de Agosto de 1990.
A cidade é famosa pela sua indústria de porcelana Vista Alegre. O município de Ílhavo engloba duas cidades: Gafanha da Nazaré e Ílhavo. No concelho de Ílhavo, na localidade da Barra, existe o Farol da Barra, o mais alto dos 48 faróis marítimos de Portugal. O Farol e praia da Barra fazem parte da freguesia de Gafanha da Nazaré. Já a Costa Nova do Prado integram a freguesia da Gafanha da Encarnação. A praia da Costa Nova do Prado é também um dos locais de excelência do município, sendo de visita obrigatória por quem passa na zona. As casas típicas desta praia (designadas por Palheiros), caracterizam-se por fachadas (originalmente em madeira, na actualidade em betão), listadas com cores vivas e alegres, alternadas com a cor branca. A cidade de Ílhavo é também conhecida pelo famoso Pão de Vale de Ilhavo, confeccionado de forma artesanal e cosido em forno a lenha. O Pão de Vale de Ílhavo tem a Pada com forma mais conhecida, mas também existe o Folar ou Pão Doce (com ou sem ovos) comercializado nas alturas da Páscoa.
Ílhavo está profundamente ligada à pesca do bacalhau; com efeito, durante todo o século XX, a maioria dos capitães que faziam companhas de longo curso eram originários da, então, vila de Ílhavo. Igualmente oriundos das localidades vizinhas foram muitos dos pescadores.
Esta, e outras ligações, de Ílhavo com o mar podem ser vistas no Museu Maritímo de Ílhavo, que para além do edificío, tem o único arrastão lateral de pesca do bacalhau sobrevivente. O navio faz parte integrante do Museu e alberga exposições temporárias.
HISTÓRIA
Certos vestígios arqueológicos tornam plausível a hipótese de ter existido, num dos extremos da povoação (no local da Malhada), um povoado romanizado. A referência documental mais antiga remonta aos anos de 1037 a 1065, e encontra-se no cartulário do Arquivo Nacional da Torre do Tombo, designado por Livro Preto da Sé de Coimbra, vindo mencionada a doação de Recemondo ao Mosteiro da Vacariça, em meados do século XI, um ano depois da tomada definitiva de Coimbra, parecendo dever concluir-se que tanto os direitos como a terra remontam à primeira Reconquista Cristã, sendo já referida como Vila, “(…) in villa iliauo (...)", constituindo uma unidade rural.
Muitos houve que acreditaram que Ílhavo deve a sua origem a colónias pelágicas, fenícias, ítalo-gregas, nada havendo que se possa provar, embora “(…) segundo a tradição, pelos anos de 1372 a.C., Baco, filho de Semele, acompanhado de muitos gregos, aportou à Lusitânea, e relacionando-se com os povos daquela região, deu-lhes para rei Lysias.” Foi provavelmente por aquela época, ou pouco depois, que uma colónia de gregos, da formosa raça pelágica, entrou pela foz do Vouga e se estabeleceu nas suas margens. Dessa colónia procedem, embora já muito cruzados com outras raças, os ilhavenses, que ainda hoje conservam o tipo gracioso e elegante daquela formosa raça.” Ainda no século XI, 1088, o Conde Sesnando faz doação da Ermida de S. Cristóvão ao presbítero Rodrigo, que por sua vez, em 1095 a dá de doação à Sé de Coimbra. Os Forais Já no século XIII, D. Dinis encontra Ílhavo bem povoado, concedendo-lhe, a 13 de Outubro de 1296, o seu primeiro foral, dando-lhe várias regalias expressas na Carta Régia. A 8 de Março de 1514, D. Manuel I, no âmbito da reforma dos forais iniciada pela carta régia de 22 de Novembro de 1497, concede-lhe foral novo; foral este que viria a reger a vida concelhia até à lei de Mousinho da Silveira, de 13 de Agosto de 1832, que em todo o país extingue os forais e anulou as doações Régias. Terra reguenga, a sua jurisdição passou por vários donatários, vindo a fixar-se ainda no reinado de D. Manuel I na família dos Borges Pereira de Miranda, mantendo-se na sua posse até 1854, ano em que faleceu o Conde de Carvalhais, seu último donatário. O Concelho de Ílhavo foi criado pelos decretos de 09 de Novembro e 31 de Dezembro de 1836. Em 21 de Novembro de 1895, para grande surpresa e descontentamento dos ilhavenses, o concelho era suprimido e anexado ao de Aveiro, mas passados três anos, o mesmo era restaurado e era-lhe devolvida a sua antiga autonomia, tendo sido celebrada entusiasticamente pelos Ilhavenses, a 31 de Dezembro de 1898. Elevação a Cidade E passado quase um século da restauração do seu poder concelhio, a Vila de Ílhavo vê-se elevada a Cidade, a 13 de Julho de 1990, fruto do desenvolvi mento socio-económico e crescimento urbano.A Vila da Gafanha da Nazaré segue-lhe o exemplo e é elevada a Cidade a 19 de Abril de 2001. Concelho desde sempre dedicado ao mar, cedo as suas gentes descobriram a sobrevivência económica através dele. A criação de pequenas comunidades piscatórias ao longo do litoral português, são sinónimo da sua forte vivência com o mar. O Grande Desafio - O Futuro A pesca do bacalhau e toda a sua epopeia vivida nos mares frios da Gronelândia e da Terra Nova, está presente na memória colectiva, sendo um património dos portugueses, onde os pescadores e capitães desta terra foram baluartes. Paralelamente à existência de uma agricultura intensiva (pois eram estas terras as melhores do Baixo Vouga), nascia nos finais do século XIX, a Fábrica de Porcelana da Vista Alegre, que pela sua dimensão na época e influência cultural exercida, foi um factor de forte desenvolvimento do concelho, bem como de zonas limítrofes. A localização privilegiada e a vocação marítima, propiciou o aparecimento de zonas portuárias, particularmente de pesca longínqua, com todas as actividades de construção e reparação naval, bem como indústrias de secagem e de frio, que foram um factor marcante no desenvolvimento económico e social. Ao longo das últimas duas décadas do Século XX, Ílhavo sofreu profundas mutações sociais, culturais e económicas, que ficaram a dever-se à diminuição da oferta de emprego no sector das pescas, obrigando as gentes Ilhavenses , que quase nasciam com o destino marcado no mar, a virar-se para outras actividades, ligadas ao comércio marítimo e a outros sectores, nomeadamente a indústria. Também a construção do Porto de Aveiro com as suas instalações centradas no nosso concelho, bem como a construção da IP5/A25 que liga as belas praias da Costa Nova e Barra ao interior do país e à fronteira, e a implantação de duas zonas industriais no Município, a zona industrial da Mota e a zona industrial das Ervosas, vieram propiciar novas condições de dinamização económica, com predominância nos sectores industriais e no turismo. |
Rede Municipal de Trilhos Ambientais e Ciclovias | |||||
O importante Património Natural que está subjacente ao Concelho de Ílhavo tem potencial para constituir um pólo de sensibilização e educação ambiental para os valores da Conservação da Natureza. É com esse objectivo que foi criada a Rede Municipal de Trilhos Pedestres («Entre a Ria e o Mar», «Costa Nova», «Entre a Ria e a Floresta», «Rota das Padeiras» e «Cidade de Ílhavo»), a qual permitirá a visitação e a descoberta de valores naturais de forma sustentada, bem como a importante continuidade que daremos à infraestruturação da rede municipal de ciclovias, cada vez mais abrangente no espaço e nos ciclistas. O Concelho de Ílhavo reúne de facto condições naturais multifacetadas de elevado valor ambiental. Uma das características mais singulares do Património Natural do Concelho é a elevada diversidade de habitats que resulta da associação única e privilegiada com a Ria de Aveiro e o Mar. É desta envolvência que resultam importantes pólos de riqueza faunística, destacando-se várias espécies de aves de interesse comunitário, bem como elevados sistemas naturais e/ou naturalizados de grande valor para a Conservação da Natureza. Este facto determinou a integração de parte do Concelho de Ílhavo em Zona de Protecção Especial (ZPE), sendo que nesta qualidade a Ria de Aveiro integra a Rede de Sítios Natura 2000.
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Navio Museu Santo André | ||
O Arrastão Santo André, que tantas viagens realizou à pesca do Bacalhau, abriu ao público como Navio-Museu e Pólo do Museu Marítimo de Ílhavo, no dia 23 de Agosto de 2001, com a inauguração da exposição "Terra Nova - Terra do Bacalhau". Para que conheça melhor este Navio, contamos-lhe um pouco da sua história. O arrastão do bacalhau – arrasto lateral – Santo André, foi construído em DEEST na Holanda, no ano de 1948, para o Armador Português Empresa de Pesca de Aveiro e, foi registado na Capitania do Porto de Aveiro em 1949, com o n.º A-2309-N Principais características: - comprimento total – 71,40 m - boca máxima – 11,00 m - pontal – 6,00 m - motor propulsor Verkspoor – 1700HP - capacidade inicial dos porões – 20.000 quintais - construção em aço Fez a primeira viagem aos mares da Terra Nova em 1949, comandado pelo Capitão Ilhavense José Pereira Bela, e a última à Noruega em 1997, pelo Capitão Manuel Silva Santos. Em Maio de 1974 foi vendido à Empresa Ilhavense Tavares Mascarenhas Neves & Vaz, Ld.ª e manteve-se ao serviço deste Armador até Fevereiro de 1990. Em Março de 2000, foi vendido à empresa António do Lago Cerqueira, Ld.ª detentora de participação de Pescas Tavares Mascarenhas, S.A., que no dia 04 de Julho de 2000 assina protocolo de doação à Câmara Municipal de Ílhavo, sob a lei do Mecenato Cultural. Ao longo de quase 50 anos foi arrastão salgador, congelador, pesca com redes de emalhar, operando nos mares da Terra Nova, Angola e Gronelândia. É, actualmente, um Navio Museu, como pólo do Museu Marítimo de Ílhavo, perpetuando ao longo dos tempos a memória da Pesca do Bacalhau nos mares do Norte, estando disponível para ser apreciado e visitado no Jardim Oudinot (Forte da Barra) na Gafanha da Nazaré. |
Museu da Vista Alegre |
Situado no terreno da fábrica de porcelanas com o mesmo nome, o museu da Vista Alegre expõe o registo da evolução no fabrico da porcelana portuguesa. Inaugurado no ano de 1947, tem patente ao público uma vasta gama de magníficos exemplares da porcelana decorativa e doméstica. O visitante é convidado a entrar no mundo dos primeiros vidros fabricados, nas peças únicas dos finais da monarquia portuguesa, nas peças comemorativas de datas assinaláveis, e nas diversas decorações executadas ao longo destes 176 anos de fábrica. Anexo à Fábrica-Mãe do Grupo Vista Alegre, o museu constitui por si só um bom motivo para visitar o lugar da Vista Alegre, com a possibilidade de aquisição de porcelana na loja anexa, ou simplesmente, uma visita à memória viva do complexo social da Vista Alegre, um dos primeiros do país. Contacto: Museu da Vista Alegre Tel. ++ 351 234 320 600 Fax: ++ 351 234 320 782 centro.visitas.va@vaa.pt Horário do Museu: De Terça-feira a Sexta-feira 09h00 – 18h00 Sábado e Domingo 09h00 – 12h30 ~ 14h00 – 17h00 Encerra às Segundas e nos seguintes feriados: - 1 de Janeiro - Sexta-feira Santa - Domingo de Páscoa - 1 de Maio - 25 de Dezembro |
Museu Marítimo de Ílhavo | ||||
O Museu Marítimo de Ílhavo nasceu a 8 Agosto de 1937. Lugar da memória dos ilhavenses que o criaram, o Museu começou por assumir uma vocação etnográfica e regional. Foi e é testemunho da forte ligação dos ílhavos ao mar e à Ria de Aveiro. A “faina maior” (a pesca do bacalhau à linha com dóris de um só homem) nos mares da Terra Nova e da Gronelândia e as fainas agro-marítimas da Ria são as referências identitárias do Museu. A cada um dos temas corresponde uma exposição permanente que oferece ao visitante a possibilidade de reencontrar inúmeros vestígios de um passado ainda recente. Na Sala dos Mares, a terceira exposição permanente do Museu, mostra-se uma rica colecção de instrumentos náuticos e miniaturas de embarcações de outros tempos. Além da riqueza das suas colecções e exposições, o edifício onde hoje habita o Museu Marítimo de Ílhavo, inaugurado a 21 de Outubro de 2001, é só por si uma obra de arte pública. É um belo exemplar de arquitectura moderna, num preto e branco bem conjugado com a volumetria dos espaços. Visitar o Museu Marítimo de Ílhavo é embarcar numa aventura dos sentidos; conhecimento e lazer. Condições técnicas: Auditório com capacidade para 180 pessoas sentadas; Biblioteca; Horário:Terça-feira a Sexta-feira 09h30 ~ 18h00 Sábado e Domingo 14h00 ~ 18h00 Responsável: Dr. Álvaro Garrido |
ARTESANATO
Falar de artesanato no Concelho que tem por lema O Mar por Tradição é realçar a importância que tem para a sua população tudo o que se relacione com as artes marítimas. Sendo o artesanato uma forma de expressão intemporal e que define a alma de um povo, deixamos-lhe uma pequena amostra do que poderá admirar.
Com uma larga tradição na cerâmica e na porcelana, devido à implantação da Fábrica Vista Alegre no ano de 1824 naquela localidade do Concelho, existe uma grande quantidade de pequenos ateliers de pintura à mão em porcelana. Estes artesãos adquirem a porcelana branca e fazem pequenas maravilhas decorativas.
A sua principal incidência geográfica...
Artes marítimas
Depois de dedicarem uma vida inteira à faina marítima, os reformados da vida do mar dedicam-se a realizar verdadeiras miniaturas de barcos em madeira. O trabalho em madeira vai moldando pouco a pouco os cascos, os mastros e os diversos lugares de verdadeiros lugres de outrora, evidenciando uma memória colectiva de um povo que nasceu e viveu para o Mar...
Os registos de santos, o trabalho do barro em formas caricaturadas, a pintura em azulejos e painéis, os nós de marinheiro e, em desuso, os arranjos florais em escamas de peixe, são artes que poderá encontrar no Concelho de Ílhavo.
Tem sido preocupação da Autarquia fomentar e promover estas formas de expressão popular...
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