AMORRÓIDA PIRATEADA



SONY
Dados dos jogadores da Playstation 
podem estar à venda

As suspeitas de que os piratas informáticos que atacaram os servidores da Playstation Network possam estar a tentar vender os dados pessoais e dos cartões de crédito dos utilizadores são cada vez mais fortes.

Segundo notícias ontem, sexta-feira, divulgadas pelo New York Times e pelo site inglês Digital Spy, especialistas de segurança na Internet tem estado a monitorizar fóruns de piratas informáticos onde detectaram que os 'hackers' terão tido acesso aos dados de, pelo menos, 2,2 milhões dos 77 milhões de membros desta plataforma.

A notícia ganhou maior sustentação depois do especialista em segurança na Net, Brian Krebs, ter posto no seu blogue um vídeo do que pareciam ser quatro piratas a discutir a base de dados.

Nos fóruns, os piratas alegam que entre os dados roubados constam os nomes e apelidos dos utilizadores, endereços completos, países, data de nascimento, endereço e password das contas de e-mail, bem como os números de cartões de crédito, com a respectiva data de expiração e código de segurança CCV.

A Sony nega, no entanto, que os piratas possam estar na posse deste último código, uma vez que ele não consta das suas bases de dados. A hipótese de os piratas poderem estar a fazer bluff é uma das possibilidades em estudo.

Os piratas estarão, alegadamente, a tentar vender a base de dados por um valor superior a 100 mil dólares (mais de 67,5 mil euros). E houve quem sugerisse ao especialista de segurança Kevin Stevens, da TrendMicro, que os piratas teriam mesmo contactado a Sony para comprar de volta a sua base de dados, sem obter resposta.

Enquanto isso, a Sony continua numa luta contra o tempo a tentar quantificar e resolver os danos sofridos, para pôr de novo on-line a plataforma da Playstation - em baixo desde o dia 20 de Abril -, e no seu blogue norte-americano (blog.us.playstation.com) já agradeceu a paciência dos utilizadores e avançou que estão a ser estudadas "formas de mostrar o seu apreço", embora sem nunca falar de qualquer compensação monetária por danos sofridos. Pelas contas da Sony, se houver garantias de que a segurança da Playstation Network está definitivamente restaurada, a plataforma será reactivada já na próxima terça-feira, 3 de Maio.

IN "DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
0/30/04/11

LISBOA PASSEADA DO CÉU





CHEGADA A LISBOA

Aterragem em Lisboa, filmada do cockpit dum avião da TAP
Aqui fica um excelente vídeo de uma magnífica aterragem em Lisboa,
filmada pelo Comandante António Escarduça, da TAP.
Aproximação e aterragem na pista 03 de Lisboa, Portugal (LPPT).
Filmado num regresso a Lisboa, do Rio de Janeiro, manhã - muito - cedo. O Airbus 330 da TAP foi o "tripé" para esta sequência

GLÓRIA REBELO


Por uma atitude renovada

No passado dia 16 de Abril, Juan Somavia, director-geral da Organização Internacional do Trabalho (OIT), destacava num documento divulgado por aquela organização que, em consequência de um crescimento desequilibrado exacerbado pela crise financeira global, é cada vez mais evidente no Mundo o aumento de focos de tensão social.
Mostrando-se extremamente preocupado com os profundos desequilíbrios e desigualdades gerados por esta crise global (dentro e entre países) realçava que um crescimento que não sirva o interesse público global é - no plano económico, social e político - insustentável. E, lembrando que se há países mais endividados onde serão necessários ajustamentos "socialmente dolorosos", recomenda que - para atenuar esses efeitos - se dê, nesses países, prioridade ao emprego e à justiça social, quer na formulação quer na implementação de programas de ajustamento, ao invés de se concentrar exclusivamente na consolidação orçamental.
Mergulhado numa surpreendente crise política desencadeada por uma inesperada coligação negativa que rejeitou o denominado PEC IV e ante um pedido de ajuda externa o nosso país vive um dos períodos mais difíceis da sua história. À semelhança da crise mundial de 1929, esta crise do capitalismo financeiro que afectou as dívidas soberanas europeias - fazendo já recorrer à ajuda externa três países da Zona Euro: primeiro a Grécia, depois a Irlanda e, agora, Portugal - tem, como se sabe, uma gravidade ainda por aquilatar. E perante a ausência de uma necessária e pronta resposta europeia, solidária e concertada, a verdade é que os portugueses serão obrigados a unir esforços no sentido de, colectivamente, procurar superar esta adversidade.
Daí que - perante os enormes desafios do país, condicionantes do seu desenvolvimento a médio e a longo prazo - por um argumento de maioria de razão, se exija hoje aos partidos políticos uma atitude renovada e uma campanha para as legislativas conduzida por um discurso que evite a apresentação de propostas avulsas, desconexas ou mesmo incongruentes e, ao invés, se oriente para políticas concretas, adequadas à realidade socioeconómica portuguesa, que permitam aos eleitores optar por um projecto político capaz de inspirar confiança e estabilidade para a próxima legislatura. 

IN "JORNAL DE NOTÍCIAS"
28/04/11
ACOSMOS

3 – A PERSISTÊNCIA DA MEMÓRIA

TEREZA PAULA BRITO



De: | Criado: 21 de Fev de 2010
A minha pequena "homenagem" à Tereza, uma grande amiga, companheira de muitas viagens pela música, e de muitas noites de convivio musical, mágicas. A sua voz continua connosco.
O Tema do Filme Português "Verdes Anos", da autoria do Guitarrista Carlos Paredes, cantado EM DIRECTO, NUM PROGRAMA DO JÚLIO iSIDRO, pela cantora da banda sonora do referido Filme - TEREZA PAULA BRITO

IMAGENS - RTP Memória
VIDEO: jcg.musica@gmail.com

A VERDADE É QUE OS ÁRBITROS 
NÃO GOSTAM DE MOURINHO

VISITAS EM 24 HORAS AO BLOGUE


30 de Abr de 2011 18:00 – 1 de Mai de 2011 17:00

Visualizações de páginas por país
Portugal
....................................................77
Brasil
........................................................37
Alemanha
..................................................33
Estados Unidos
..........................................17
Canadá
.......................................................1
Israel
..........................................................1
Japão
..........................................................1
México
........................................................1
Rússia
.........................................................1
TOTAL..........169


 6 - A FRUTA TAMBÉM SE COME COM OS OLHOS





6 - ÁFRICA A PRETO E BRANCO






TENHA UM BOM FIM DE SEMANA

.
...se tiver e puder 
                       dê um beijo à mãe


COMPRE JORNAIS E REVISTAS


ainda há quem arreganhe
Estatutos estão aprovados
Depois de quase oito horas de assembleia, 
os novos estatutos da Federação Portuguesa 
de Futebol estão aprovados.
Ao início da tarde, Joaquim Evangelista chumbou duas alíneas do artigo 37.º, porém, insuficientes para reprovar os estatutos na generalidade, já que, o regulamento eleitoral acabou por ser aprovado pela maioria.
No final da Reúnião Magna, Ângelo Brou, secretario-geral da FPF, destacou a importância deste passo no futebol português. «Agora é seguir em frente e aguardar pelos processos burocráticos para colocar em marcha os novos estatutos. O perigo da exclusão das equipas portuguesas nas provas da FIFA e UEFA deixou de existir», disse.
"A BOLA"

paradoxal...ou ilegal???
Menores: Comissão pede dados
A Comissão Nacional de Protecção de Dados promoveu até ontem um concurso no qual pedia a jovens entre os 8 e 17 anos que criassem um ‘slogan’ pela vida privada. Para submeterem a sua ideia, os jovens tinham de preencher um formulário com os seus dados pessoais sem que tivessem de pedir consentimento aos pais.
"CORREIO DA MANHÃ"

no copianço
Eleições: PSD só apresenta programa depois de conhecer quadro de ajuda externa -- Passos Coelho
O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, anunciou hoje que o PSD só vai apresentar o seu programa eleitoral depois de conhecer o quadro de ajuda financeira externa a Portugal, para que os dois sejam compatíveis.
Numa intervenção no encerramento do fórum "Mais Sociedade", no Centro de Congressos de Lisboa, Pedro Passos Coelho questionou: "Alguém levaria a sério o programa que apresentássemos se ele não fosse já um programa compatível com o pedido de ajuda que Portugal fez e com o quadro macroeconómico de ajustamento que vai ser desenhado para permitir o empréstimo a Portugal?"
"LUSA + VISÃO"

são tantos os arranjos...
Câmaras. Governo assume risco de falência
As câmaras municipais estão em risco de ruptura a curto prazo. Quem o diz é o governo e a Associação Nacional de Municípios (ANMP), que admitem que há autarquias em sério risco de colapso financeiro e de deixarem de pagar salários e de cumprirem com os fornecedores.
"Relativamente a algumas câmaras temo o pior dentro de algum tempo em matéria de liquidez", admite ao i o secretário de Estado da Administração Local, José Junqueiro. E "o pior" pode significar o não pagamento a trabalhadores e a fornecedores. Com o agravar da crise financeira e o pedido de ajuda externa, o governante lembra que há câmaras que podem entrar em "falta de liquidez, em incumprimento". Quando questionado sobre se há já autarquias em dificuldades para pagar salários, Junqueiro responde que "ainda não há nenhuma nessa situação, mas temo que isso possa acontecer". Em causa está o facto de "algumas dezenas de câmaras serem tecnicamente inviáveis" e, logo, "vão precisar de uma intervenção específica".
Fernando Ruas, presidente da ANMP confirma a preocupação: "É normal que haja falta de liquidez. Com os cortes que houve como é que não haveríamos de chegar a esta situação? Cada vez há menos impostos municipais, menos receita e mais pessoas a pedir auxílio", explicou ao i.
O risco de incumprimento por parte de algumas autarquias é assim real. E se as câmaras deixarem de poder pagar aos funcionários em breve? Se isso acontecer "não temos na lei uma solução", esclarece José Junqueiro. Ainda não há nenhuma autarquia que tenha entrado em ruptura de pagamentos mas o cenário parece próximo. O governante recorda que ficou pendente na Assembleia da República a lei da tutela administrativa mas que a solução não passa por "injectar mais dinheiro do Orçamento do Estado".
"i"

pobreza
Número de pessoas com RSI volta a subir 
e há menos 608 mil com abono de família
O número de pessoas que recebe o Rendimento Social de Inserção (RSI) voltou a aumentar em Março, depois de meses sucessivos a diminuir, uma tendência que se mantém ao nível das famílias beneficiárias.
De acordo com a análise do PÚBLICO aos dados disponibilizados pelos serviços da Segurança Social, no final de Março existiam 316.862 pessoas a receber esta prestação social, o que traduz uma subida de 663 em relação ao mês anterior.
Para este aumento contribuíram os acréscimos verificados no Porto - o distrito com mais beneficiários do RSI -, que registou um acréscimo de 272 beneficiários para 102.692; e em Santarém: mais 202, para 7159. Em termos globais, incluindo as regiões autónomas, registaram-se descidas em sete distritos e nove subidas.
Em termos homólogos, a tendência dos últimos meses manteve-se, desta feita com uma quebra de 89.728 face a Março de 2010.
Apesar do aumento mensal - o que não acontecia desde Julho do ano passado -, o saldo acumulado desde o início deste ano ainda é negativo: menos 6842 pessoas.
Para estas reduções contribuiram os cortes decretados pelo Governo e a nova lei da condição de recursos, que entrou em vigor em Agosto do ano passado.
O PÚBLICO tentou obter uma explicação junto do Instituto da Segurança Social para a primeira subida mensal desde que o Governo começou a restringir as condições na atribuição das várias prestações familiares, mas sem sucesso até à hora de fecho desta edição. O valor médio por beneficiário foi de 88,15 euros, ligeiramente acima dos 87,16 processados em Fevereiro, mas abaixo dos 88,69 euros de Janeiro.
Os dados da Segurança Social revelam ainda que o universo de famílias a beneficiar desta prestação social, que sucedeu ao rendimento mínimo garantido criado no Governo de António Guterres, era de 118.745 no final de Março. Este número representa uma quebra de 40.659 famílias relativamente a Março de 2010. Em termos mensais, a quebra é de 892. Ainda assim, registaram-se aumentos em dez distritos, com Santarém à cabeça (mais 80), seguido por Coimbra com 65. A maior quebra (906) ocorreu no Porto, que continua a ser o distrito com mais agregados familiares a receber o RSI (40.306). Lisboa aparece a seguir com 22.332. No caso do Porto, o número representa uma diminuição de 17.058 em termos homólogos. Em Lisboa, as quebras são de 5935 (homóloga) e de 84 (mensal).
"PÚBLICO"

adoptar para Portugal
Divórcio
As queixas feitas pelos filhos
Raiva, tristeza e medo. São essas as principais mensagens dos miúdos norte-americanos nos desenhos enviados para o site Postcards from Splitsville (postais da cidade do divórcio). Criado em 2007 por Kara Bishop, uma designer gráfica que dá apoio a crianças de pais divorciados, numa organização de voluntários, o site quer mostrar o que os filhos sentem depois da separação.
A ideia surgiu numa das sessões de terapia da Divorce Recovery, a organização de voluntários de Tucson, no Arizona. Kara Bishop trabalha com um grupo de crianças entre os 10 e os 12 anos. “Comecei quando o filho de um amigo foi acusado de ser traidor por querer passar tempo com o pai”, diz Kara Bishop à SÁBADO. Uma vez pediu aos miúdos para desenharem num papel o que sentiam em relação ao divórcio. Os desenhos impressionaram-na. Estava lá tudo. A raiva das discussões, a confusão por terem de escolher entre o pai ou a mãe e o medo de perderem um deles.
Para a psicóloga clínica Rita Ribeiro, a perda do afecto é o maior receio dos filhos nos divórcios. “No mais íntimo da criança está o medo de que os pais deixem de gostar dela. E esse medo pode manifestar-se de diferentes maneiras: medo do escuro, não querer ir para a escola, fazer chichi na cama.” Quando a separação não é consensual, os filhos podem sentir-se quase órfãos. Nenhuma criança reage bem a um divórcio. “No início é normal uma reacção adversa, mas, dependendo da atitude dos pais, as crianças devem conseguir ultrapassar e reorganizar-se em seis meses a um ano”, explica a psicóloga.
Os desenhos deram uma ideia a Kara Bishop. Fã do Post Secret, o site que publica postais com segredos, Kara pediu autorização ao seu criador e imaginou o Postcards from Splitsville. Este site disponibiliza uma cópia de um postal para imprimir e pede às crianças que não revelem o nome dos pais. Em breve os postais serão publicados num livro sobre as regras do divórcio. “Pedi aos miúdos que escrevessem aquilo que os pais podiam e não podiam fazer, e regras como ‘não me tornes um mensageiro’ e ‘não digas mal do meu pai’ aparecem sempre. Se ao menos conseguíssemos que os pais as cumprissem!”
"SÁBADO"

que atraia turismo
Jorge Lorenzo  garante "pole" em MotoGP
O campeão e atual líder do Mundo, Jorge Lorenzo (Yamaha) continua a mostrar que se dá bem no circuito do Estoril.
O espanhol garantiu este sábado a pole position para o Grande Prémio de Portugal em Moto GP, sendo esta a quarta vez consecutiva que sai na frente na prova portuguesa.
Para o campeão do Mundo, a pole do Estoril é também a primeira do ano, sendo assim o grande favorito para a prova de domingo, num circuito onde também já ganhou por 3 vezes. O piloto da Yamaha sai à frente do italiano Marco Simoncelli (Honda Gresini) e do compatriota Dani Pedrosa (Honda). Quem desiludiu foi Valentino Rossi, a não conseguir melhor que o nono tempo.
"RECORD"

arrufos corporativos
Ordem quer médicos 
a denunciar falhas nos hospitais
Bastonário criou conta 'online' para receber queixas sobre qualidade do tratamento. Enfermeiros falam de casos diários.
Falhas no material para cirurgias, familiares obrigados a comprar remédios para quem está internado e cobrança dos tratamentos para a hepatite B nas farmácias hospitalares. Os cortes financeiros nos hospitais estão a preocupar a Ordem dos Médicos, que apela aos clínicos para denunciarem todos os casos em que o tratamento esteja a ser prejudicado pelas restrições nos serviços públicos. E criou um e-mail específico para essas queixas.
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"

"pingo" de arrogância
Abertura do Pingo Doce 
no 1.º de Maio gera indignação
O Sindicato do Comércio, Escritórios e Serviços (CESP), afecto à CGTP, criticou hoje a «persistência e arrogância» do grupo Jerónimo Martins ao decidir abrir as lojas Pingo Doce no domingo, Dia do Trabalhador.
«Jerónimo Martins é o único grupo que mantém a persistência e arrogância de abrir no 1.º de Maio e, por isso, protestamos», afirmou à agência Lusa o dirigente do CESP Jorge Pinto, após uma conferência de imprensa junto ao «Pingo Doce» da Avenida da Boavista, no Porto.
Jorge Pinto enalteceu o facto de várias empresas terem, «finalmente», decidido não abrir as suas lojas no 1.º de Maio, respeitando a tradição do feriado em homenagem aos trabalhadores.
Jumbo, Lidl, Dia/Mini Preço, Ikea e El Corte Inglés são algumas das lojas que vão estar fechadas no domingo, assim como «alguns Leclerc e muitos Continente ex-Modelo», disse o sindicalista.
Jorge Pinto considerou a decisão da Jerónimo Martins «uma certa vingança contra os sindicatos e o 1.º de Maio».
"SOL"

como?
Apoiar Portugal pode beneficiar Finlândia
O líder do partido "Verdadeiros Finlandeses", Timo Soini, a terceira força política do país, disse numa entrevista à televisão pública finlandesa 'YLE' que apoiar Portugal pode ser benéfico para a Finlândia.
Segundo a 'Rádio Renascença', que cita a agência 'Reuters', este é o primeiro sinal claro de que aquele partido de extrema-direita pode deixar passar no Parlamento nacional os planos de resgate da União Europeia a Portugal.
Durante a campanha, o partido "Verdadeiros Finlandeses", que é agora a terceira força política, criticou a ajuda a governos endividados, incluindo Portugal.
Questionado pela televisão pública finlandesa sobre se o seu partido poderia ver a ajuda a Portugal como a melhor opção para a Finlândia, Timo Soini afirmou: "Isso é possível. Mas mantendo a autonomia do povo finlandês. Isso é o essencial".
De acordo com a 'Rádio Renascença', na quarta-feira deverá ser tomada a posição finlandesa sobre o programa de assistência financeira a Portugal, como assegurou ontem o primeiro-ministro eleito da Finlândia, Jyrki Katainen, numa entrevista à estação de televisão pública 'YLE'.
"EXPRESSO"

sem palavras...
Patrões despedem 362 pessoas por dia
Primeiro trimestre registou também 1319 vítimas
de despedimento colectivo em 143 empresas
Os centros de emprego receberam, no primeiro trimestre do ano, 32 637 desempregados que alegaram ter sido despedidos. Números oficiais mostram também que os despedimentos colectivos retomaram o crescimento: 1319 despedidos por 143 empresas.
Neste Dia do Trabalhador, 1.º de Maio, as centrais sindicais tentam mobilizar os cidadãos para protestar contra ataques aos direitos de quem tem um posto de trabalho. Uma boa altura para traçar também o panorama de quem não pode defender o que não tem.
"JORNAL DE NOTÍCIAS"

21- ILUSTRES PORTUGUESES DE SEMPRE »»» vitorino magalhães godinho


 

 

Vitorino Magalhães Godinho
Nascimento 1918
Lisboa, Portugal
Morte 2011
Lisboa
Nacionalidade Portuguesa Flag of Portugal.svg
Influências
Escola/tradição Universidade de Lisboa, Universidade de Paris, Escola dos Annales e Universidade Nova de Lisboa
Principais interesses Filosofia
História
História de Portugal
Sociologia
Economia
Ensino
 


Vitorino Barbosa de Magalhães Godinho (Lisboa, 9 de Junho de 1918 — Lisboa, 26 de Abril2011) foi considerado um dos mais notáveis académicos portugueses, sendo um dos nomes da corrente historiográfica que se começou a desenvolver em torno da "Revue des Annales" - Annales d'histoire économique et sociale (em português, Anais de História Econômica e Social), fomentada pelos historiadores franceses Marc Bloch e Lucien Febvre, então da Universidade de Estrasburgo. de
Foi Professor Catedrático da Universidade Nova de Lisboa, do Departamento de Sociologia da FCSH, sendo Doutor ès-Lettres pela Sorbonne, Faculdade de Letras da Universidade de Paris, Paris, França, país onde sedimentou grande parte da sua vida académica e científica. O seu nome académico identifica-se, em grande parte, com a Universidade Nova de Lisboa: o Professor Vitorino Magalhães Godinho foi um dos pioneiros das Ciências Sociais em Portugal e fundador da Sociologia da Nova. O seu espírito crítico, a sua atitude problematizadora, a sua capacidade de elaboração teórica constituíram-se como referência absoluta para a construção da instituição, onde existe uma fusão aprofundada entre a Historiografia e a Sociologia, muito na linha da segunda fase e da terceira fase da "Revue des Annales". O Professor Vitorino Magalhães Godinho é o académico português que melhor representa essa corrente historiográfica, muito próxima da Sociologia.

Biografia

Filho de Vitorino Henriques Godinho — oficial do Exército e político republicano — e de D. Maria José Vilhena Barbosa de Magalhães. Conclui os estudos secundários em Lisboa, frequentando os Liceus de Gil Vicente e de Pedro Nunes, licencia-se em Ciências Histórico-Filosóficas pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (1940). Professor da Faculdade de Letras de Lisboa (19411944), investigador do Centre National de Recherches Scientifiques (1947–1960), Doutor ès-Lettres pela Faculdade de Letras da Universidade de Paris (1959), professor catedrático do Instituto Superior de Estudos Ultramarinos (19601962), Doutor honoris causa e professor na Faculté des Lettres et Sciences Humaines da Universidade de Clermont-Ferrand (19701974), professor catedrático da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa e coordenador do departamento de Sociologia (19751988). Prix d’Histoire Maritime da Académie de Marine (1970) e Prémio Balzan (1991), sócio correspondente da Academia Brasileira de Letras e da Royal Academy (Londres). Dirigiu várias colecções, nomeadamente nas Edições Cosmos, e fundou e dirige a Revista de História Económica e Social (1979). Foi ministro da Educação e Cultura dos segundo e terceiro governos provisórios, tendo tomado posse a 18 de Julho de 1974 e apresentado a sua demissão a 30 de Novembro do mesmo ano. Foi também Director da Biblioteca Nacional (1984).

Obra

Tendo começado os seus estudos pela Filosofia (Razão e História – Introdução a um problema, 1940; Esboço sobre alguns problemas da Lógica, 1943) cedo passou a interessar-se pela História. E de imediato inicia pesquisas sobre a História dos Descobrimentos e da Expansão Portuguesa. Duas são as linhas de investigação inicial: um minucioso trabalho erudito sobre as fontes (Documentos para a História da Expansão Portuguesa, 1943–1956) a partir de uma problemática muito ampla (A Expansão Quatrocentista portuguesa, 1944) e uma tentativa de reconstituição das culturas e civilizações antes da chegada dos portugueses (História económica e social da Expansão Portuguesa, 1947; O "Mediterrâneo saariano" e as caravanas do ouro — séculos XI ao século XVI, 1956). Só assim, na conjugação destas duas linhas de trabalho, se conseguirá proceder à construção da história portuguesa e do seu impacte no Mundo nos séculos XV e XVI. Tendo prosseguido os seus trabalhos na École Pratique des Hautes Études em Paris — junto de Lucien Febvre, Fernand Braudel e Ernest Labrousse –, aí apresenta Prix et monnaies au Portugal: 1750–1850 (1955) e L’économie de l’empire portugais — XVème–XVIème siècles (1966), obra esta que foi tese de doutoramento (editada em português, com acrescentos, em 1963–1971, Os descobrimentos e a economia mundial, com edição definitiva em 1983–1984).
Integra a corrente historiográfica que se desenvolve em torno da "Revue des Annales" (Escola dos Annales). Destacou-se pela resistência à ditadura (o que lhe valeu por duas vezes o afastamento da universidade portuguesa) e também pela sua intervenção cívica em democracia, de que resultaram várias publicações: O Socialismo e o futuro da Península (1970), Portugal. A Pátria bloqueada e a responsabilidade da cidadania (1985). Apresentou propostas originais para reforma do sistema educativo português: Um rumo para a educação (1974).
Deve-se-lhe a actualização e a renovação dos estudos de história da expansão portuguesa numa perspectiva mundial. Partindo das reflexões e investigações de Oliveira Martins, Jaime Cortesão e Duarte Leite consegue ir muito mais longe e construir explicações muito enriquecedoras. A economia dos descobrimentos henriquinos (1962) e Os descobrimentos e a economia mundial revelam essa largueza de preocupações, mostrando como se entrelaçam e conjugam aspectos vários das disciplinas das ciências sociais na investigação histórica. Os Descobrimentos são o cadinho onde se forjam um tipo social novo – chamar-lhe-emos o cavaleiro-mercador? –, uma nova constelação social – o senhorio capitalista –, uma reestruturação dos laços político-económicos – o Estado nacional mercantilista-nobiliárquico. Velhas formas e velhas atitudes mentais vestem e enformam actividades jovens, exercendo-se em quadros geográficos dantes insuspeitados para onde se transpõem experiências e rotinas vindas de trás.De cerca de 1409 a cerca de 1475, a expansão portuguesa alterna entre as modalidades e feixes de objectivos vários. A um lado, uma política de conquistas territoriais pela «cruzada» contra o Islame maghrebino; a outro, a metódica devassa do oceano desconhecido para desenvolver os circuitos mercantis, e colonização dos arquipélagos ermos. Crise financeira da nobreza e necessidades de mercados, e escápulas da burguesia.O ouro do mundo negro como alvo dominante, mas também os escravos, as cores tintoriais, o trigo e o açúcar. Políticas ora acerbamente opostas ora em convergência. Forma-se assim um complexo económico-social de configuração geográfica bem desenhada: abrange o Noroeste africano? Marrocos, Saara e Sudão atlânticos, bem como as ilhas dos Açores, Madeira, Cabo Verde, Canárias.
Também no domínio da História de Portugal, moderna e contemporânea, escreveu estudos fundamentais e promoveu investigações que refizeram muitas temáticas: A estrutura da antiga sociedade portuguesa (1971), Mito e mercadoria, utopia e prática de navegar, séculos XIII–XVIII (1990). Igualmente se lhe deve a indicação de novos temas e novos problemas para investigações e dissertações que dirigiu, em especial durante o seu magistério na Universidade Nova de Lisboa.
Das suas lições de rigor erudito, de alargamento metodológico e da problematização das fontes como objecto cultural, de ensaio de quantificação e de cruzamento com as diferentes ciências sociais, de fundamentação teórica e de aplicação de uma visão histórica aos diferentes domínios do saber, de cidadania activa resultou uma notável renovação dos estudos de história em Portugal. Como escreveu numa das suas primeiras obras, "não é possível analisar os problemas da realidade portuguesa contemporânea sem os inserir na trama da evolução do nosso país, quer dizer, sem estudar as condições de formação do mundo em que vivemos, a génese da nossa cultura, da nossa sociedade, da estrutura político-económica de Portugal". Levando longe a sua proposta de que a história deve ser pensada na dialéctica da globalidade e de que a história é uma forma de pensamento, fundamenta uma visão da contemporaneidade muito rica e estimulante.
Vitorino Magalhães Godinho é, frequentemente, considerado um dos historiadores portugueses mais notáveis de sempre e dos que tem o maior número de títulos publicados, com um tipo de abordagem sociológica da Historiografia, próxima da pura Sociologia, visto que, durante a ditadura de Salazar, publicou vários livros de pura Sociologia, e é considerado, habitualmente, um das referências académicas e científicas mais relevantes do Departamento de Sociologia da FCSH, para além de ter sido o principal académico que configurou a estrutura do Departamento e também da FCSH, onde fez alguns discípulos e influenciou a investigação sociológica de vários docentes do Departamento, como Moisés Espírito Santo e David Justino.

Sobre ele, diz David Justino:
Hoje tive a honra inestimável de colaborar na apresentação do último livro de Vitorino Magalhães Godinho. Partilhei essa responsabilidade com o General Loureiro dos Santos e com o Sr. Presidente da Assembleia da República. Vitorino Henriques Godinho – Pátria e República (Edição da AR-D. Quixote) é a mais importante obra publicada sobre a história da I República portuguesa. Trata-se de uma biografia exemplar que combina a narrativa de grande erudição e rigor com uma visão profunda dos problemas da sociedade portuguesa.
O biografado, pai do autor, participou enquanto oficial de infantaria na Revolução de 5 de Outubro (uma descrição magistral!), foi deputado à Constituinte e ao Parlamento, participou na preparação do Corpo Expedicionário Português e integrou-o na sua 2.ª Divisão que combateu em La Lys. Posteriormente foi Adido Militar em Paris, Ministro dos Negócios Estrangeiros e Ministro do Interior, tendo mais tarde assumido a Direcção-geral de Estatística do Ministério da Fazenda de onde foi saneado por Salazar.
Através deste percurso, Vitorino Magalhães Godinho escreve não só a biografia, mas faz uma nova história da República.
Do melhor que tenho lido.
Com 87 anos, VM Godinho deixa um legado científico, cultural e cívico, a um País que pouco lhe deu e muito lhe recusou. O seu querer, a sua paixão pelo ofício de historiador e pela sua Pátria, ainda podem aumentar esse legado. Aqueles que, como eu, tiveram o raro privilégio de partilhar os últimos 30 anos do seu trabalho, sabem o valor inestimável desse contributo.
Mário Soares refere-o "um cidadão exemplar. Um homem probo, de uma inteireza de carácter excepcional e de uma honestidade moral e intelectual invulgar. Tem uma obra que o classifica entre os maiores historiadores portugueses. A par de um Herculano, de um Oliveira Martins, de um Damião Peres, de um Paulo Merêa, ou de um Jaime Cortesão. Na juventude dos seus noventa anos, não pára de trabalhar. Tem ainda muito para fazer, como sempre, ao serviço de Portugal." O Professor Vitorino Magalhães Godinho é uma figura maior da investigação mundial sobre a Economia dos Descobrimentos. Não admira, por isso, que os seus textos mais significativos possuam uma pertinência e uma lucidez que atraem os estudiosos e quantos desejem, com seriedade e rigor, conhecer as condições económicas e sociais que marcaram a História mundial da primeira Globalização.
Em face deste percurso académico e científico invulgar, torna-se muito premente a publicação das obras completas de Vitorino Magalhães Godinho, de todos os seus textos, bem como a sua tradução para inglês, a fim de se solidificar, com maior consistência, a projecção internacional de um dos mais notáveis nome científicos portugueses de sempre.

WIKIPÉDIA


MUNICÍPIO DE AROUCA
Distrito de Aveiro







Arouca é uma vila portuguesa da Grande Área Metropolitana do Porto, situada no Distrito de Aveiro. Pertence à Região Norte, pertenceu, no passado, à província do Douro Litoral, e localiza-se na subregião do Entre Douro e Vouga, sede de um município com 327,99 km² de área e 23 663 habitantes (2008) [1], subdividido em 20 freguesias.
Apesar de fazer parte do distrito de Aveiro, a identidade autóctone do concelho de Arouca (em termos físicos, orográficos, geológicos, culturais, étnicos, arquitectónicos e linguísticos) insere-se na identidade dos municípios do distrito do Porto, situa-se na bacia hidrográfica do rio Douro, para onde corre o rio Arda a partir do vale de Arouca; a cidade de referência dos arouquenses sempre foi a cidade do Porto. O contacto dos arouquenses com a cidade de Aveiro é fugaz, escasso e, quando existe, é meramente administrativo. A parte noroeste do concelho, freguesia de São Miguel do Mato, que faz fronteira com o concelho de Gondomar, encontra-se, em linha recta, a cerca de 10/15 km da cidade do Porto. As outras duas freguesias do denominado «Fundo do Concelho», para além de São Miguel do Mato, que são Escariz e Fermedo (que pertenciam às antigas Terras de Santa Maria), já sofrem uma forte influência do temperamento dos concelhos industriais limítrofes do Grande Porto e situam-se mais próximas de outros centros urbanos, como São João da Madeira, Santa Maria da Feira, Oliveira de Azeméis ou Vale de Cambra, do que da vila de Arouca, sede do município.

O município de Arouca é limitado a noroeste por Gondomar e por Santa Maria da Feira, a sudoeste por Oliveira de Azeméis e a sul por Vale de Cambra, a norte pelos municípios de Castelo de Paiva e Cinfães, a leste por Castro Daire, a leste e a sul por São Pedro do Sul. O território do município de Arouca insere-se, integralmente, na região Norte (Portugal) e não na região Centro ou num hipotético e fantasioso Centro-Norte. Mesmo as freguesias de transição, situadas a leste e a sul, como Albergaria da Serra, Cabreiros, Janarde e Covelo de Paivô (situadas numa zona montanhosa e muito pouco populosas, muito pouco desenvolvidas e bastante periféricas em relação às freguesias centrais que constituem o núcleo identitário do concelho de Arouca no vale do Arda ou que sofrem a sua influência : e esse núcleo identitário é constituído pelas freguesias de Arouca, Moldes, Burgo, Santa Eulália, Urrô, Várzea, Rossas e Tropeço que têm uma identidade que se enquadra, integralmente, no Douro Litoral) são ainda subsidiárias da identidade da região Norte (Portugal), apesar de já possuírem um pouco do temperamento da sub-região de Dão-Lafões, que é uma fronteira real entre o Douro Litoral e a Beira Alta ainda com algumas das características dos vales do Douro Litoral que existem entre serras e montanhas : Dão-Lafões é uma zona de transição entre a região demarcada do vinho verde (e Arouca pertence, integralmente, à região demarcada do vinho verde, cuja sede administrativa está localizada na cidade do Porto) e o vinho da região do Dão, onde existe o vinho de Lafões, que é um vinho de transição entre os verdes e os maduros do Dão, com menos acidez do que os verdes, mas igualmente muito fresco, ainda que mais frutado e encorpado. Portanto, apesar das freguesias de transição como Albergaria da Serra, Cabreiros, Janarde e Covelo de Paivô, situadas numa zona montanhosa, já possuírem um pouco do temperamento da sub-região de Dão-Lafões, sub-região que já é influenciada pelo temperamento da Beira Alta, a verdadeira identidade autóctone do município de Arouca insere-se, integralmente, na Bacia Hidrográfica do Douro, Douro Litoral, distrito do Porto, região Norte (Portugal), e a cidade de referência dos arouquenses sempre foi a cidade do Porto, onde moram milhares de arouquenses na contemporaneidade, por ser o espaço urbano com o qual têm uma afinidade espontânea, vendo o Porto quase como o prolongamento de Arouca e vice-versa.

A Verdadeira Identidade do Concelho de Arouca: Bacia Hidrográfica do Douro, Douro Litoral, distrito do Porto, região Norte

Arouca é um concelho da Grande Área Metropolitana do Porto, região Norte (Portugal), tendo pertencido à antiga província do Douro Litoral: apesar de fazer parte do distrito de Aveiro, a identidade autóctone do concelho de Arouca insere-se na identidade dos municípios do distrito do Porto, a cidade de referência dos arouquenses sempre foi o Porto, onde têm a maioria dos familiares radicados em espaços urbanos e onde os jovens arouquenses frequentam, na sua grande maioria, o Ensino Superior, e onde os arouquenses se deslocam, frequentemente, para consultas médicas mais especializadas que não existem em Arouca, sendo comum muitos arouquenses terem uma casa secundária no Porto ou viverem no Porto durante a semana e durante o fim-de-semana em Arouca, havendo transportes diários de autocarro entre o Porto e Arouca: num passado recente, os expressos rodoviários eram comummente denominados 'Expresso Arda-Douro', o que indica a forte ligação dos arouquenses ao Porto. Também é comum serem proprietários de estabelecimentos comerciais na cidade do Porto, do qual é exemplo a célebre Padaria Ribeiro. O Porto sempre foi a cidade principal que escolhem para adquirir a cultura erudita e urbana, há vários séculos. Foi, na cidade do Porto, que muitos arouquenses ilustres alcançaram cargos profissionais de muito prestígio quer na estrutura do Estado quer em instituições privadas. A parte noroeste do concelho, que faz fronteira com o de Gondomar, encontra-se, em linha recta, a cerca de 10/15 km do Porto. O contacto dos arouquenses com a cidade de Aveiro é fugaz, escasso e meramente administrativo, em relação à qual os arouquenses não manifestam qualquer sentimento de pertença. Perante esta situação real, torna-se um paradoxo que o concelho de Arouca, até ao presente, ainda não tenha uma ligação rodoviária moderna e funcional até à cidade do Porto quer até ao nó de auto-estrada de Santa Maria da Feira quer pelo denominado «Fundo do Concelho», visto que o Porto sempre foi a sua cidade de referência, para além de também ser paradoxal o facto do poder autárquico de Arouca, o Município e as Freguesias, ainda não se ter empenhado no abandono administrativo do concelho de Arouca do distrito de Aveiro com a sua consequente integração, em termos definitivos, no Distrito do Porto, ao qual, pela sua natureza, pertence. Num horizonte temporal a médio-prazo, também faria muito sentido o Metro do Porto chegar até à vila de Arouca, na sequência da sua actual expansão para Gondomar, concelho limítrofe do concelho de Arouca, e da sua expansão futura (da qual já muito se fala) para Santa Maria da Feira, para Oliveira de Azeméis e para São João da Madeira, visto que, numa proposta feita ao Governo, a Junta Metropolitana do Porto, prevê uma extensão da rede do Metro do Porto aos concelhos mais a sul da Área Metropolitana do Porto, servindo localidades como Vila d'Este, Carvalhos, Lourosa, Europarque, Santa Maria da Feira, São João da Madeira, Oliveira de Azeméis e Espinho, estando prevista a inclusão parcial da linha do Vale do Vouga no Metro do Porto e a sua respectiva reconversão

Doçaria conventual de Arouca

A doçaria conventual e senhorial de Arouca é uma requintada doçaria monástica e senhorial. Confeccionada pelas casas senhoriais e pelas freiras, era considerada o ex-libris do convento: a sua continuidade foi preservada por transmissão familiar até aos presentes dias, utilizando os métodos ancestrais e o cariz e fórmulas primitivas.

Pão-de-ló de Arouca
Entre os ingredientes utilizados, encontram-se os ovos, açúcar e amêndoas. São exemplos da doçaria conventual desta vila as castanhas doces, as roscas de amêndoa, as barrigas de freira, o manjar de língua, o pão de S. Bernardo, as morcelas e os charutos.

Carne arouquesa

Arouca também é conhecida por ser um concelho onde se confeccionam pratos de grande qualidade da carne de gado arouquês, raça autóctone, nomeadamente a vitela assada no forno e os famosos bifes de Alvarenga.

Danças e Corais Tradicionais

Danças Arouca viveu, durante alguns séculos, num comunitarismo agro-pastoril que lhe era imposto pela situação geográfica e por certo isolamento rural, entrecortado por contactos frequentes com o povo duriense e da beira-mar, geralmente por altura das grandes festas e romarias de então. Devido a esse facto, as danças autóctones/tradicionais mantiveram-se intactas até a um passado recente, cuja identidade se enquadra na região do Douro Litoral, que se confinam a dois períodos de actividade coreográfica, o de tensão e o de distensão, reguladas por um cantador integrado no suporte rítmico, como a Cana Verde, o Senhor da Pedra, o Verdegar/Verdegalo, a Rabela, a Tirana ou a Rusga.A antiga província do Douro Litoral tem como capital o Porto. As danças do Douro Litoral são muito animadas, não tanto como as do Minho, mas muito mais alegres do que as das Beiras, do Alentejo ou de Trás-os-Montes.
Corais polifónicos Os corais polifónicos da região de Arouca não são fáceis de descrever : têm uma solenidade que ultrapassa qualquer singeleza lírica. São cantos antiquíssimos que foram guardados, sobretudo, entre as mulheres. É a voz feminina que povoa todas as palavras e faz, da mais simples quadra, uma declaração solene de uma beleza pouco explicável. É como que todo um tempo se condensasse nas gargantas das cantadeiras; é o manto das gerações que as cobre e faz tornar sublime o que parece vulgar e aparente. São corais femininos cantados a duas vozes(canto escontriado) ou três, a possibilidade dum coral a três vozes paralelas ou sobrepostas.A mulher arouquense só cantava em uníssono junto do berço e, fora de casa, na horta, à eira e no lavadoiro, e não o fazia em trânsito desacompanhada. Com outras ao pé, é que funciona.O canto arouquense só tomou aspecto folclórico depois que o etno-musicólogo Prof. Virgílio Pereira o descobriu e dele se ocupou para proclamar:«O cancioneiro de Arouca é o mais rico e significativo do país.Vocês, arouquenses, não sabeis a riqueza folclórica que tendes nos cantos populares da vossa gente rural, espécies raras dos velhos «fabordões» e «gymeis».«Arouca é um centro difusor, como verifiquei por Resende e Cinfães, dessas vossas maravilhosas espécies musicais».Facto é que Arouca dispõe dum acervo musical particularmente rico e significativo, como resulta da apreciação do mais categorizado etno-musicólogo que o prospectou e registou no livro «CANCIONEIRO DE AROUCA», que a extinta Junta de Província do Douro Litoral havia de editar e que Associação da Defesa da Cultura Arouquense reeditou. As 531 espécies musicais ali coligidas são, só já pelo número, particularmente significativas.
Os grupos etnográfico arouquenses que melhor preservaram e promovem as suas danças e corais tradicionais são o Conjunto Etnográfico de Moldes de Danças e Corais Arouquenses e o Grupo Etnográfico de Danças e Cantares de Fermedo e Mato: dois grupos enquadrados, desde a sua origem, na região do Douro Litoral.


Frecha da Mizarela

Eventos Importantes

Geoparque Arouca

Arouca está a preparar a candidatura de um geoparque à Rede Europeia de Geoparques, e consequentemente à Rede Mundial de Geoparques da UNESCO. Esta candidatura está a ser preparada pelo município com o apoio de diversas universidades e de uma empresa privada de extracção, e deverá ser apresentada em 2008.[2] O futuro Geoparque Arouca pretende valorizar os bens geológicos presentes no concelho, como a paisagem de xisto e granito da Serra da Freita, a Frecha da Mizarela, as quedas de água do rio Paiva, os fósseis de trilobites do Ordovício, e os vestígios de extracção mineira do tempo romano. Arouca, prepara-se também para a consequente criação do "Geoporto" nas palavras do actual Presidente da Câmara Municipal de Arouca, Artur Neves. Esta estrutura será de cariz altamente inovador e pretende ser algo de realmente único no país.
O Geopark Arouca, correspondendo à área administrativa do Concelho de Arouca, é reconhecido pelo excepcional Património Geológico de relevância internacional, com particular destaque para as Pedras Parideiras da Castanheira, as Trilobites Gigantes de Canelas e os Icnofósseis do Vale do Paiva. O valioso e singular Património Geológico inventariado, cobrindo um total de 41 geossítios, constitui a base do projecto Geopark Arouca, aliados a uma estratégia de desenvolvimento territorial que assegurará a sua protecção, dinamização e uso. Em simultâneo e em complementariedade, associam-se outros importantes valores, como os arqueológicos, ecológicos, históricos, desportivos e/ou culturais e ainda a promoção da etnografia, artesanato e gastronomia da região, tendo em vista a atracção de um turismo de elevada qualidade baseado nos valores da Natureza e da Cultura. Em Abril de 2009, o Geopark Arouca foi reconhecido pelas Redes Europeia e Global de Geoparks, sob os auspícios da UNESCO. A entidade responsável pela gestão do Geopark Arouca é a AGA - Associação Geopark Arouca. Foi, em várias dessas belas paisagens do Geopark, de Arouca, que o video-clip de Pedro Abrunhosa,(cantor e compositor que tem origens familiares em Arouca), Fazer o que ainda não feito, do álbum Longe (álbum), foi gravado.

Espécies Autóctones

Os vales e as zonas de serra do concelho de Arouca têm diversas espécies autóctones (de matriz mediterrânica), domésticas e selvagens. As espécies domésticas são o podengo português médio (cão coelheiro / coelheiro / cão de caça aos coelhos), utilizado na caça aos coelhos e como cão de guarda nas antigas casas dos lavradores e proprietários rurais; o perdigueiro português, cuja raça foi apurada, precisamente, nalgumas das casas senhoriais de Arouca. A raça arouquesa, que fornece a deliciosa carne arouquesa : animais de pequeno porte, uma raça endógena que não é proveniente de uma fusão de raças anteriores, de corpulência mediana, esqueleto regular e musculado e com pelagem castanha clara.

Mosteiro de Arouca

Nos terrenos de monte, a partir do início da estação de Outono, os cogumelos comestíveis da espécie 'Macrolepiota procera, Scop. ex. Fr, Sing' são abundantes no concelho de Arouca. 
Uma das espécies autóctones mais importantes é a truta fário, existente em abundância, sobretudo, no rio Urtigosa: nascido nas faldas da Serra da Freita e afluente do Arda, onde desagua na freguesia de Rossas, é ,talvez, um dos melhores exemplos de preservação dos rios em Arouca. Ordenamento, regulamentação, acções de limpeza regulares, sensibilização, acções de repovoamento com trutas fario, monitorização da qualidade da água e das espécies, fiscalização ( é, talvez, o único rio do país onde existe um Polícia Florestal Auxiliar), Zonas de Protecção e de Abrigo, Concessão de Pesca Desportiva, e, sobretudo, a adesão dos pescadores que, mais do que pescar, ajudam a preservar, bem como a população em geral. Sendo de realçar também o rio Paivó e o Rio de Frades, que desagua no primeiro nas proximidades de Bouceguedim - são sem receio de exagerar, os rios de águas mais puras e cristalinas de Arouca, com uma paisagem envolvente monumental, sobretudo à medida que se caminha para a nascente. Por ser de tal importância para o concelho, por constituir um ecossistema ímpar neste país, os rios Paivó e Frades têm de ser objecto urgente de um projecto de ordenamento sistemático e preservação. Até ao início do século passado, as populações do vale de Arouca não se alimentavam do peixe dos rios, porque o considerarem repugnante, enquanto que, para as populações ribeirinhas das freguesias do interior do concelho, o peixe do rio sempre fez parte da sua dieta alimentar. As espécies piscícolas abundantes, nos rios de Arouca, são, para além da truta fário (Salmo trutta fario), considerado, pelos locais, o peixe mais nobre, por ser o mais difícil de pescar, de temperamento irrequieto e individualista, a enguia (Anguilla anguilla), o escalo (Leuciscus leuciscus), também denominado bordalo, e a boga (Chondrostoma polylesis), estes dois últimos vivem em cardumes e são considerados de menor valor. No rio Paiva, podem-se encontrar também o barbo (Barbus barbus) e a carpa (Ciprinus carpio).Junto às margens dos rios, regista-se a ocorrência de muitos mamíferos, répteis e aves. Entre os mamíferos podemos registar: Lontra; a raposa; o javali; a gineta; o toirão; a doninha; o ouriço-cacheiro. Entre as aves será importante salientar duas, que são características dos rios e ribeiros de montanha: o melro-de-água; o guarda-rios. Depois,podemos assinalar: a rola; o pombo torcaz;o chapim-real;o pisco-de-peito ruivo;o gaio-comum; a pega rabuda; a trepadeira-azul; a alvéola-amarela; a garça-real;o gavião da Europa; o mocho galego; a coruja do mato. Em relação aos répteis e anfíbios podemos assinalar, como exemplos: a cobra-de-água de colar; o sardão; a salamandra de pintas amarelas; a rã verde; o sapo-comum; o tritão-de-ventre-laranja. A vegetação e a flora assumem particular exuberância na bacia hidrográfica dos rios do concelho de Arouca. Dos rios Arda e Urtigosa podemos salientar algumas espécies: o castanheiro; o carvalho-negral; o amieiro; o freixo; a gilbardeira; o feto-real; o feto-fêmea; o feto-macho; o hipericão-do-Gerês; o trovisco, etc…

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Os primeiros e terceiros domingos de cada mês continuam a ser «Domingos do Agricultor». A Feira de Produtos do Campo continua a povoar a Praça Brandão de Vasconcelos, trazendo cores, aromas e sabores genuínos, oriundos dos campos de Arouca. A feira volta a realizar-se no próximo dia 1 de Maio, a partir das 10:00. Durante todo o dia de domingo, encontrará na Praça Brandão de Vasconcelos uma grande variedade de produtos agrícolas, e ainda espaços de animação e convívio.

Caminhada Exótica

Pelos caminhos do vale do Urtigosa, em plena freguesia de Rossas, delicie-se com as paisagens e aproveite o ar puro e as belezas naturais, numa «Caminhada de Primavera». A associação «Unidos de Rossas» promove, no próximo dia 8 de Maio, a partir das 9 horas, uma caminhada ao longo do PR2 «Caminhos do vale do Urtigosa». A concentração para este percurso será junto à Igreja Matriz de Rossas, e as inscrições são gratuitas.

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