12/09/2010

FERNANDO MADRINHA






 A arte da fuga

Na semana em que um organismo europeu responsável e geralmente rigoroso veio dizer que o desemprego em Portugal atingiu os 11 por cento em maio e junho, tendo caído em julho para os 10,8 por cento, o primeiro-ministro não teve nada a dizer sobre o assunto. Recusou-se a comentar e mandou um secretário de Estado enfrentar as câmaras de televisão para pôr em causa a validade desses números e a entidade que os subscreveu. Não é bonito, nem politicamente aceitável, nem sequer útil para o primeiro-ministro imaginar que se resguarda e passa incólume pelas más notícias só porque foge de as comentar.

José Sócrates tem o direito de escolher os temas sobre os quais pretende pronunciar-se e de falar ou de se remeter ao silêncio quando os jornalistas lhe fazem perguntas sobre assuntos incómodos. Mas cada português tem, por seu lado, o direito de avaliar o que diz o chefe do Governo e o que prefere calar, formando o seu juízo sobre tal atitude. E a atitude de Sócrates neste caso foi especialmente chocante por razões óbvias. Porque, desde sempre, o primeiro-ministro aproveita todos os sinais positivos, mesmo os mais insignificantes, para proclamar um otimismo infrene e perigoso, já que ilude os cidadãos quanto à situação real do país. E porque, na semana anterior à divulgação destes números, multiplicou esses discursos com base em valores do crescimento económico que, sendo positivos em relação às previsões do Governo, se mostram irrelevantes ou mesmo negativos no confronto com os índices de crescimento na Europa em que a economia portuguesa se insere. Além disso, são dramáticos quando tomados na perspetiva de recuperação dos níveis de emprego nos tempos mais próximos.

Ora, um primeiro-ministro que sobrevaloriza de forma sistemática o que está menos mal mas ignora ostensivamente o maior problema que a sociedade portuguesa enfrenta é um primeiro-ministro que deliberadamente se alheia da realidade nacional. A velha coragem e frontalidade com que fez o seu caminho nos primeiros tempos de mandato deram lugar a esta arte da fuga em que se especializou, mas que não o enobrece, nem à função que desempenha.
O polvo e a nuvem

Cada um de nós é sempre mais do que um, pelo que não devemos surpreender-nos com o Carlos Queiroz que se apresentou na SIC para uma entrevista serena, segura e queixosa acerca do caso que o envolve. Aquele não era o mesmo Carlos Queiroz que recebeu uma brigada antidoping com impropérios, que se envolveu à pancada com um comentador desportivo em pleno aeroporto de Lisboa, que insultou publicamente um jornalista do "Sol" para se desresponsabilizar de uma observação que fizera, ou que, numa entrevista ao Expresso, acusou um vice-presidente da sua entidade patronal de ser a "cara do polvo" que o quer derrubar. Mas houve um momento, na SIC, em que os dois Carlos Queiroz se cruzaram, um momento em que o sereno entrevistado denunciou o outro Carlos Queiroz que há em si: quando explicou o significado da palavra "polvo".

Disse ele, sem se rir do que dizia, que polvo equivale a "nuvem", sendo "nuvem" uma metáfora muito pessoal da desgraça que lhe aconteceu. Ora, o professor de Educação Física e ainda selecionador nacional andou na Universidade, é um homem com mundo, deve passar os olhos pelos jornais e pelas televisões, deve ler o seu livro de vez em quando. Mas afirma não conhecer a conotação da palavra polvo com a máfia. E quando Rodrigo Guedes de Carvalho, já enfadado com a desfaçatez, lembrou que até houve uma série televisiva sobre o assunto, ele insistiu no seu cândido entendimento, explicando que talvez não estivesse em Portugal quando essa série passou por cá.

Alguém que assim procede, em vez de assumir e justificar o que diz ou, então, apresentar as devidas desculpas - o mesmo que lhe teria ficado bem fazer perante os médicos da operação antidoping, quando os recebeu com injúrias na Covilhã -, dá de si a imagem de quem se dispõe a fazer o que for preciso, não para defender a honra e a reputação, mas apenas para se safar de uma embrulhada. Algo que liga mal, muito mal, com a função que desempenha na condução de jovens, os quais, nem por serem milionários, na maior parte dos casos, deixam de precisar do exemplo de quem os dirige. Assumir a responsabilidade quando se erra também é uma forma de se defender a honra e a reputação.

Os vários casos Queiroz e os processos a que a cena da Covilhã deu origem puseram a nu um selecionador vulnerável por comportamentos impróprios, além de uma Justiça desportiva que julga conforme as conveniências de quem tem mais força na Federação e que imita o que tem de pior a Justiça portuguesa nos processos ditos mediáticos. Puseram igualmente em evidência a irresistível tentação do Governo de interferir nessa mesma Justiça, de forma direta ou enviesada. Neste ponto tem Carlos Queiroz toda a razão. Mas isso, infelizmente, já não lhe chega para continuar a ser, como pretende, um selecionador nacional com todas as condições para o desempenho do cargo. Serve apenas para tornar claro que, além dele, há mais gente no meio que diz e faz o que não deve - desde os órgãos dirigentes da Federação de Futebol ao secretário de Estado do Desporto. E que uma varredela geral seria a melhor forma de resolver o assunto a favor da imagem e do trabalho da seleção nacional, agora em "piloto automático". Só que essa varredela, bem o sabemos, jamais ocorrerá. Não está na natureza de quem manda ou governa em Portugal resolver os problemas pela raiz, seja qual for a instituição em crise.

in "EXPRESSO"
10/09/10

AS DIFERENÇAS




















Sokrátes Sócrates




Sokrátes buscava o Conhecimento. O seu método para alcançá-lo era o diálogo e a humildade de formular todas as perguntas.

Sócrates prefere o Desconhecimento. O seu método para alcançá-lo é o monólogo e a arrogância de calar todas as perguntas.

Um pensamento de Sokrátes - Quatro características deve ter um juiz: ouvir cortesmente, responder sabiamente, ponderar prudentemente e decidir imparcialmente.

Um pensamento de Sócrates - Quatro características deve ter um juiz: não ouvir escutas, responder obedientemente, ponderar nos riscos que corre e decidir se quer continuar a ter emprego.


Sokrátes provocou uma ruptura sem precedentes na Filosofia grega.

Sócrates provocou uma ruptura sem precedentes na Auto-Estima portuguesa.

enviado por D.A.M.

MÁRIO SOARES


Mário Soares
Presidente de  Portugal
Mandato: 10 de março de 1986 - 9 de março de 1996
Precedido por: António Ramalho Eanes
Sucedido por: Jorge Sampaio
Primeiro-ministro de  Portugal
Mandato: 23 de julho de 1976 - 28 de agosto de 1978
Precedido por: Vasco de Almeida e Costa
Sucedido por: Alfredo Nobre da Costa
Primeiro-ministro de  Portugal
Mandato: 9 de junho de 1983 - 6 de novembro de 1985
Precedido por: Francisco Pinto Balsemão
Sucedido por: Aníbal Cavaco Silva

Nascimento: 7 de Dezembro de 1924 (85 anos)
Lisboa, Portugal
Primeira-dama: Maria Barroso
Partido: Partido Socialista - PS
Profissão: advogado, historiador, professor e político
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Mário Alberto Nobre Lopes Soares  (Lisboa, 7 de Dezembro de 1924) é um político português.
Nascido em Lisboa, é filho de João Lopes Soares, professor e  pedagogo, ministro na I República e combatente do Salazarismo, e de Elisa Nobre Baptista. Co-fundador do Partido Socialista de Portugal, a 19 de Abril de 1973, Mário Soares foi um dos mais famosos resistentes ao Estado Novo, pelo que foi preso doze vezes (num total de cerca de três anos de cadeia) e deportado sem julgamento para a ilha de São Tomé, em 1968, até se exilar em França, em 1970.
Licenciou-se em Ciências Histórico-Filosóficas na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, em 1951, e em Direito, na Faculdade de Direito da mesma universidade, em 1957.[1]. Foi nos tempos de estudante que, com apoio do seu pai, iniciou o seu percurso político. Pertenceu ao MUNAF - Movimento de Unidade Nacional Anti-Fascista, em Maio de 1943, e, depois, foi membro da Comissão Central do MUD - Movimento de Unidade Democrática, sob a presidência de Mário de Azevedo Gomes (1946), fundador o MUD Juvenil e membro da primeira Comissão Central. Foi Secretário da Comissão Central da Candidatura do General Norton de Matos à Presidência da República, em 1949. Integrou o Directório Democrático-Social (1955), dirigido por António Sérgio, Jaime Cortesão e Azevedo Gomes e, em 1958, pertenceu à Comissão da Candidatura do General Humberto Delgado à Presidência da República.
Foi professor do Ensino Secundário Particular e chegou a dirigir o Colégio Moderno, fundado pelo seu pai. Como advogado defensor de presos políticos, participou em numerosos julgamentos, realizados no Tribunal Plenário e no Tribunal Militar Especial. Representou a família de Humberto Delgado na investigação do seu alegado assassinato, tendo contribuído para desvendar as circunstâncias desse crime cometido pela PIDE.
Na década de 1950 foi membro da Resistência Republicana e Socialista. Foi redactor e signatário do Programa para a Democratização da República em 1961, tendo sido candidato a deputado pela Oposição Democrática, em 1965, e pela CEUD, em 1969.
Aquando do seu exílio em França, foi Chargé de Cours nas universidades de Paris VIII (Vincennes) e Paris IV (Sorbonne), e igualmente Professor Associado na Faculdade de Letras da Universidade da Alta Bretanha, em Rennes, de que é hoje Doutor Honoris Causa.
A 28 de Abril de 1974, depois da Revolução de 25 de Abril, desembarcou em Lisboa, vindo do exílio em Paris no chamado "Comboio da Liberdade". Foi recebido, entre uma multidão de portugueses.[2] Dois dias depois, esteve presente na chegada a Lisboa de Álvaro Cunhal. Ainda que tivessem ideias políticas diferentes, subiram de braços dados, pela primeira e última vez, as ruas da Baixa Pombalina e a avenida da Liberdade.
Durante o período revolucionário que ficou conhecido como PREC foi o principal líder civil do campo democrático, tendo conduzido o Partido Socialista à vitória nas eleições para a Assembleia Constituinte de 1975.
Foi Ministro dos Negócios Estrangeiros, de Maio de 1974 a Março de 1975, e um dos impulsionadores da independência das colónias portuguesas, tendo sido responsável por parte desse processo.
A partir de Março de 1977 colaborou no processo de adesão de Portugal à CEE, vindo a subscrever, como Primeiro-Ministro, o Tratado de Adesão, em 12 de Julho de 1985.
Foi primeiro-ministro de Portugal nos seguintes períodos:
Presidente da República entre 1986 e 1996 (1º mandato de 10 de Março de 1986 a 1991, 2º mandato de 13 de Janeiro de 1991 a 9 de Março de 1996).
  • Deputado ao Parlamento Europeu entre 1999 e 2004. Foi candidato a presidente do parlamento, mas perdeu a eleição para Nicole Fontaine, a quem não teve problema em chamar «dona de casa» (no sentido pejorativo do termo).
Em 13 Dezembro de 1995 assume a Presidência da Comissão Mundial Independente Sobre os Oceanos; em Março de 1997 a Presidência da Fundação Portugal África e a Presidência do Movimento Europeu; em Setembro a Presidência do Comité Promotor do Contrato Mundial da Água. Como ex-presidente da república, é também Conselheiro de Estado.
Foi, em 2005, aos oitenta anos, o segundo candidato - após Jerónimo de Sousa pelo PCP - a assumir a candidatura à Presidência da República (o que seria um inédito terceiro mandato) após algumas crispações no PS, principalmente com o seu amigo de longa data Manuel Alegre. Na eleição, a 22 de Fevereiro de 2006, obteve apenas o terceiro lugar, com 14% dos votos.
Em 2007 foi nomeado presidente da Comissão de Liberdade Religiosa. Preside ao Júri do Prémio Félix Houphouët-Boigny, da UNESCO, desde 2010, e ao Comité Promotor do Contrato Mundial da Água, desde Janeiro de 1998. É patrono do International Ocean Institute, desde 2009.
Publicou os livros Ideias Políticas e Sociais de Teófilo Braga (1950), A Justificação Jurídica da Restauração e a Teoria da Origem Popular do Poder (1956), Escritos Políticos (1959), Le Portugal Baillonné (1973), Portugal Amordaçado (1974), Entre Militantes PS (1975), Escritos do Exílio1975), Portugal's Sttrugle for Liberty, A Europa Connosco (1976), Crise e Clarificação (1977), O Futuro Será o Socialismo Democrático (1979), entre outros. (

Eleições presidenciais de 1986

Primeira volta

26 de Janeiro de 1986
Candidato votos  %
Freitas do Amaral 2.629.597


46%
Mário Soares 1.443.683


25%
Salgado Zenha 1.185.867


21%
Maria de Lurdes Pintasilgo 418.961


7%
Ângelo Veloso desistiu --

Segunda volta

16 de Fevereiro de 1986
Candidato votos  %
Freitas do Amaral 2.872.064


48%
Mário Soares 3.010.756


51%

Eleições presidenciais de 1991

Única volta

13 de Janeiro de 1991
Candidato votos  %
Basílio Horta 696,379


14%
Mário Soares 3.459.521


70%
Carlos Carvalhas 635,373


13%
Carlos Marques 126,581


3%

Mário Soares em 2007

Eleições presidenciais de 2006


Candidato votos  %
Aníbal Cavaco Silva 2.746.689


50,6%
Manuel Alegre 1.125.077


20,72%
Mário Soares 778.781


14,34%
Jerónimo de Sousa 466.507


8,59%
Francisco Louçã 288.261


5,31%
Garcia Pereira 23.622


0,44%
Abstenção 3.303.972


37,39%

Obras publicadas

  • As Ideias Políticas e Sociais de Teófilo Braga, com prefácio de Vitorino Magalhães Godinho, Centro Bibliográfico, Lisboa, 1950.
  • A justificação jurídica da Revolução e a teoria da origem popular do poder político, Jornal do Foro, Lisboa, 1954.
  • Escritos Políticos, 4 edições do Autor, Lisboa, 1969.
  • Destruir o sistema, construir uma nova vida – relatório do Secretário Geral do PS aprovado no Congresso de Maio de 1973, Roma, 1973.
  • Portugal Amordaçado, Lisboa, 1974; tradução francesa condensada (Le Portugal bailloné) publicada em Paris pela Calman-Levy em 1972; e depois traduzida em inglês com o título Portugal’s struggle for Liberty, em 1973; em alemão, 1973; em espanhol, com um prólogo de Raul Morodo, em 1974; na Venezuela em 1973; em grego, em 1974; e em chinês, em 1993.
  • Caminho Difícil: do salazarismo ao caetanismo, Rio de Janeiro, 1973
  • Escritos do Exílio, Livraria Bertrand, Lisboa, 1975
  • Democratização e Descolonização, publicações D. Quixote, Lisboa, 1975
  • Portugal: quelle révolution? Entretiens avec Dominique Pouchin, Calman-Lévy, Paris, 1976; traduzido em português em 1976 ; em alemão, 1976; em italiano, 1976 e em espanhol, Caracas, 1976.
  • PS, fronteira da Liberdade – do Gonçalvismo às eleições intercalares, prefácio e selecção de Alfredo Barroso, Lisboa, 1974
  • A árvore e a floresta , Lisboa, 1985
  • Intervenções, dez volumes: textos do Presidente da República, Março de 1986 a Março de 1996, Lisboa, Imprensa Nacional.
  • Mário Soares e Fernando Henrique Cardoso: o mundo em português - um diálogo, publicado em Lisboa e em São Paulo em 1998 e traduzido em espanhol, México, e em romeno, 2000.
  • Português e Europeu , Círculo de Leitores, Temas e Debates, Lisboa 2000
  • Porto Alegre e Nova Iorque: um mundo dividido?, Lisboa, 2002
  • Mémoire Vivante - Mário Soares - Entretien, Flammarion, 2002
  • Mário Soares - Memória Viva, com prefácio e anexos inéditos exclusivos para a edição portuguesa, Edições Quasi, Janeiro 2003
  • Incursões Literárias, Temas e Debates, 2003
  • Um Mundo Inquietante, Temas e Debates, 2003
  • Um Mundo Inquietante, Círculo de Leitores, 2003
  • Mário Soares e Sérgio Sousa Pinto - Diálogo de Gerações , Temas e Debates, 2004
  • Poemas da Minha Vida, Público, 2004
  • A Crise. E agora?, Temas e Debates, 2005

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ANTÓNIO BARBOSA DE MELO





Político de Flag of Portugal.svg Portugal
Mandato: Presidente da Assembleia da República
Precedido por: Victor Crespo
Sucedido por: António de Almeida Santos

Nascimento: 2 de Novembro de 1932 (77 anos)
Lagares, Penafiel
Profissão: Advogado
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António Moreira Barbosa de Melo (nasceu em Penafiel, Lagares, 2 de novembro de 1932) é político, advogado e parlamentar português. [1]

Vida 

Licenciado e doutorado em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, onde foi Professor Catedrático convidado.Foi um dos fundadores do então Partido Popular Democrático (PPD/PSD), juntamente com Francisco Sá Carneiro, Francisco Pinto Balsemão, Joaquim Magalhães Mota, Carlos Mota Pinto, João Bosco Mota Amaral, Alberto João Jardim e António Marques Mendes.

Ele integrou a Comissão para a Elaboração da Lei Eleitoral para a Assembleia Constituinte, em 1974, no qual era adjunto.
Foi eleito o 9.º Presidente da Assembleia da República durante a 6.ª Legislatura (7 de Novembro de 1991 - 26 de Outubro de 1995).
Membro do Conselho de Estado Português, e Presidente da Assembleia da República, no mesmo período.
Na sua vida profissional destacou-se também pela especial ligação aos temas da administração pública e da emancipação do poder local.
Foi membro da comissão instaladora do INA (Instituto Nacional de Administração) e fundador do Centro de Estudos e Formação Autárquica (CEFA), instituições vocacionadas para a formação dos quadros da administração pública (central e local).
Manteve-se à frente desta última por mais de 10 anos, até à sua eleição para Presidente da Assembleia da República. Ali lançou as bases de um sistema de formação profissional dirigido à qualificação dos serviços públicos, alicerçado numa ideia de valorização pessoal e cultural do indivíduo, de desenvolvimento de aptidões multidisciplinares e da instituição do mérito como critério fundamental de recrutamento para o desempenho de funções na administração.
Político e jurisconsulto de matriz vincadamente humanista.

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XIII GOVERNO CONSTITUCIONAL

O XIII Governo Constitucional tomou posse a 28 de Outubro de 1995, sendo constituído pelo Partido Socialista com base nos resultados das eleições de 1 de Outubro de 1995. Terminou o seu mandato em 25 de Outubro de 1999, na sequência do termo normal da legislatura.
Foi o primeiro governo monopartidário sem apoio parlamentar maioritário a completar a duração correspondente a uma legislatura inteira desde o 25 de Abril de 1974.

ANTÓNIO GUTERRES

António Guterres
Primeiro-ministro de  Portugal
Mandato: 28 de outubro de 1995
a 6 de abril de 2002
Precedido por: Cavaco Silva
Sucedido por: Durão Barroso

Nascimento: 30 de Abril de 1949 (61 anos)
Santos-o-Velho, Lisboa
Partido: Partido Socialista
Profissão: professor
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António Manuel de Oliveira Guterres GCC (Santos-o-Velho, Lisboa, 30 de Abril de 1949) é um políticoportuguês tendo sido primeiro-ministro de Portugal.
Ainda jovem, demonstrou deter as capacidades de dedicação ao estudo que lhe valeram mais tarde um prémio para os melhores alunos dos liceus, em 1965. Frequentou o Instituto Superior Técnico, tendo-se licenciado em Engenharia Electrotécnica, com distinção. Durante a universidade, Guterres não se envolveu na oposição estudantil ao regime de Salazar, dedicando-se ao estudo e à acção social promovida pela Juventude Universitária Católica. Em 1971, terminado o curso, iniciou uma efémera carreira académica, como Assistente do IST/UTL.
Em 1973 aderia ao Partido Socialista e, pouco depois, dedicar-se-ia integralmente à política. Após o 25 de Abril colaborou na organização interna do partido. Apesar de alguma oposição interna, muito devido ao facto de se afirmar católico num partido cujos militantes são maioritariamente ateístas ou agnósticos, e com forte influência da Maçonaria, Guterres exercerá uma série de funções. Chega a secretário-geral, e vence as eleições legislativas de 1995 e de 1999, chefiando os XIII e XIV Governos Constitucionais. Pelo meio presidiu à Internacional Socialista.
Exercia o cargo de Primeiro-Ministro quando se demitiu, após as eleições autárquicas de Dezembro de 2001, em que o PS sofreu uma derrota significativa. No acto inesperado da demissão declara demitir-se para evitar que o país caia num «pântano democrático», devido à falta de apoio ao Governo que os resultados eleitorais indicavam. Sucederam-lhe Ferro Rodrigues, na liderança do PS, e José Manuel Durão Barroso, no Governo.

Cargos e diplomas

Esteve presente na reunião deste ano dos Bilderberg na Alemanha, já na qualidade de Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados. O seu nome continua a ser uma hipótese para outros voos, designadamente o Palácio de Belém, em 2011 ou 2016.

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MANUEL MARIA CARRILHO






Nascimento 9 de Julho de 1951 (59 anos)
Viseu
Ocupação professor universitário e político
Cônjuge Bárbara Guimarães
Manuel Maria Carrilho
Ministro de Flag of Portugal.svg Portugal
Mandato: XIII Governo Constitucional
  • Ministro da Cultura
Precedido por: António Coimbra Martins
Sucedido por: Augusto Santos Silva

Partido: Partido Socialista
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Manuel Maria Ferreira Carrilho (n. Viseu, 9 de julho de 1951), professor universitário e político português.
Viveu em Viseu até aos dezoito anos de idade, onde o pai, Manuel Engrácia Carrilho, foi Governador Civil e Presidente da Câmara Municipal. Já na capital, licenciou-se em Filosofia, pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (1975), de onde passou para a Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova, doutorando-se em Filosofia Contemporânea (1985). Aí encetou a sua carreira académica, tendo realizado provas de Agregação (1993) e ascendido a Professor Catedrático (1994). A sua investigação incide sobretudo nas áreas da filosofia do conhecimento e das ciências, nas teorias da argumentação e da retórica e nos problemas de comunicação e política. Participou num sem número de academias e outras instituições internacionais (como o Collège International de Philosophie ou a International Society for the Study of Argumentation) e, além disso, criou e dirigiu as revistas Filosofia e Epistemologia1979-1984), Crítica (1987-1993) e foi colaborador da Argumentation, Culture/Europe e Hermes. É autor dos livros Razão e Transmissão da Filosofia (1987), Elogio da Modernidade (1989) Rhétorique de la Modernité (1992), Aventuras da Interpretação (1995), Rationalités (1997), Hipóteses de Cultura (1999), O Estado da Nação (2001) e O Impasse Português (2005). (
Fora do ensino, exerceu, pontualmente, funções de natureza política. Militante do Partido Socialista desde a década de 1980, teve um lugar na Comissão Política do PS (1996) e foi chamado a integrar os XIII e XIV Governos Constitucionais, chefiados por António Guterres, como Ministro da Cultura (1995-2000). Foi nessa altura responsável pela institucionalização e definição de objectivos centrais do Ministério da Cultura, até então inexistente. Em 2000 foi para a Assembleia da República, como deputado eleito pelo Círculo do Porto, participando nas Comissões Parlamentares de Negócios Estrangeiros e de Assuntos Europeus, além de ser vice-presidente do seu Grupo Parlamentar (2002-2008). Candidato do PS à presidência da Câmara Municipal de Lisboa (2005), perdeu para Carmona Rodrigues, ficando como vereador (2005-2006). Actualmente é Representante Permanente de Portugal na UNESCO, em Paris (desde 2009).
Na imprensa, publicou crónicas no jornal francês Le Monde e nos nacionais Expresso, Público, Jornal de Letras, Artes e Ideias e Diário de Notícias, onde manteve uma coluna semanal até ao fim de 2008.
Distinguido várias vezes, recebeu a Medalha Picasso-Miró da UNESCO (1998), o European Archaeological Heritage Prize (1999), foi agraciado com a Gran Cruz da Orden de Merito Civil, por Juan Carlos de Espanha (1966), com a Grã-Cruz da Ordem do Rio Branco, por Fernando Henrique Cardoso (1997), e com a Grand Officier da Légion d' Honneur, por Jacques Chirac (1999).
Manuel Maria Carrilho tem três filhos e é casado com Bárbara Guimarães.

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ANTÓNIO SOUSA FRANCO







Ministro de Flag of Portugal.svg Portugal
Mandato: V Governo Constitucional
  • Ministro das Finanças
XIII Governo Constitucional
  • Ministro das Finanças

Nascimento: 21 de setembro 1942
Oeiras
Falecimento: 9 de Junho de 2004 (61 anos)
Matosinhos
Partido: Partido Social Democrata (1974 - 1980), Associação Social-Democrata Independente e Frente Republicana e Socialista (coligação) (1980 - 1985), Partido Socialista (1985 - 2004)
Profissão: Professor universitário
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António Luciano Pacheco de Sousa Franco OMC, OMSTE (Oeiras, 21 de setembro 1942Matosinhos, 9 de Junho de 2004), professor catedrático da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, sendo docente nas áreas de Finanças Públicas e Direito Financeiro, Direito da Economia e Direito Comunitário.

VIDA


Filho de António de Sousa Franco e esposa Maria de Jesus Pacheco, por sua vez irmã de Óscar Pacheco (Setúbal, São Julião, 10 de agosto de 1904 - 17 de fevereiro de 1970), Isabel Pacheco e Clóvis Pacheco e filha de Joaquim Pacheco, nascido em Setúbal, e esposa Deolinda Baptista.
Casou em Coimbra na Sé Velha, com Maria Matilde Pessoa Figueiredo de Magalhães, nascida em São Domingos de Benfica, Lisboa, em 8 de julho de 1943, licenciada em História, filha de João Correia de Figueiredo de Magalhães (Vouzela, 2 de março, 1908), oficial do Exército Português, e esposa (casados Lisboa, Benfica, 27 de julho de 1935) Carlota Matilde Sérgio Pessoa (Lisboa, São Jorge de Arroios, 19 de novembro de 1912 - Lisboa, 11 de fevereiro de 2006), uma sobrinha materna de António Sérgio.
Entrou para o Partido Popular Democrático, que adoptou o nome de Partido Social Democrata (Portugal)Francisco Sá Carneiro. Exerceu o cargo de Ministro das Finanças entre 1 de Agosto e 17 de Dezembro de 1979, no governo de Maria de Lourdes Pintasilgo. PPD/PSD, em 1976. Em 1978, foi líder interino do partido, devido à ausência
Era presidente do Tribunal de Contas e teve aproximação ao Partido Socialista (Portugal), durante os governos de Aníbal Cavaco Silva. Mais tarde aproximou-se do PS, tendo sido de novo Ministro das Finanças no primeiro governo de António Guterres (18 de Outubro de 1995 a 25 de Outubro de 1999). No mesmo ano voltou para a sua carreira acadêmica. Em 2004 foi cabeça de lista do PS ao Parlamento Europeu, falecendo na lota de Matosinhos, em 2004 de ataque cardíaco durante a campanha, poucos dias antes das eleições, como resultado de uma tentativa de impedir uma desavença entre dois elementos do seu Partido.
Em sua honra foi estabelecido, por acordo entre a Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa e a Universidade Católica Portuguesa, o prémio Professor António Sousa Franco, destinado a galardoar trabalhos inéditos na área do Direito Comunitário.

Funções governamentais exercidas

Funções partidárias exercidas

  • Presidente do Partido Social Democrata

Condecorações

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